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Segurança na Internet
Curso: Segurança na Internet > Unidade 1
Lição 5: Mais informações sobre navegação seguraHistórico de navegação
Você se sentiria confortável se todo o seu histórico de navegação fosse compartilhado com o mundo inteiro? Uma lista de todos os sites que você visitou, quando você os visitou e quanto tempo você passou neles? Em uma pesquisa informal feita com meus amigos, 80% disseram que não, que eles não gostariam muito disso.
Contudo, nosso histórico de navegação não é completamente privado. Ele pode ser monitorado por sites, navegadores, ISPs e até mesmo pelo governo.
Sites que monitoram o histórico de navegação
Um site pode monitorar quais de suas próprias páginas um usuário visitou, o que provavelmente não é nenhuma surpresa.
Contudo, um site também pode monitorar o histórico de navegação de um usuário em outros sites por meio de cookies de terceiros, contanto que todos os sites carreguem o cookie a partir do mesmo domínio.
Para evitar o monitoramento em diversos sites, a maioria dos navegadores permite que os usuários desabilitem os cookies de terceiros.
Como alternativa, alguns navegadores têm como padrão a opção de desabilitar cookies de terceiros.
Navegadores que monitoram o histórico de navegação
Os navegadores armazenam o nosso histórico de navegação por toda a internet, um recurso que facilita na hora de reencontrar sites que já visitamos e autocompletar as URLs que estamos digitando.
Esse recurso prático significa que qualquer pessoa que tenha acesso ao nosso computador, como nossos pais, colegas e amigos, também podem ver os sites que visitamos.
Contudo, a maioria dos navegadores dá aos usuários opções para limpar o histórico de navegação. Em alguns navegadores, você pode até optar por limpar o histórico de navegação toda vez que o navegador é reiniciado.
Muitos navegadores também fornecem um modo de navegação anônimo, abrindo uma nova janela que não armazena nenhum tipo de histórico de navegação. Uma vez fechada a janela, ele também elimina todos os cookies gerados durante a sessão.
Roteadores que monitoram o histórico de navegação
Qualquer pessoa que tenha acesso ao roteador que encaminha um pacote de dados pode monitorar o destino das solicitações HTTP.
Um Provedor de Acesso à Internet (ISP) administra os primeiros roteadores pelos quais um pacote passa (com exceção de conexões de casa/escritório/escola), portanto o ISP pode ver todas as solicitações HTTP que são enviadas por meio desses roteadores. Os usuários podem usar sites com segurança HTTPS para ocultar os conteúdos de suas solicitações, mas o HTTPS ainda vai revelar os nomes dos domínios. Os ISPs podem usar essa informação para encontrar clientes que estão envolvidos em atividades ilegais, como baixar filmes piratas.
Contudo, os ISPs não são os únicos que possuem acesso aos roteadores. Organizações governamentais descobriram diversas formas de ter acesso aos roteadores e aos dados que estes encaminham. Nos Estados Unidos, a Agência de Segurança Nacional (NSA) supostamente instalou programas secretos de monitoramento de vigilância em roteadores antes que eles fossem exportados para clientes estrangeiros. start superscript, 1, end superscript
Para os governos, monitorar a atividade on-line pode ser uma forma de descobrir comportamentos que eles consideram perigosos ou indesejados. Para os cidadãos, o monitoramento governamental pode reduzir sua privacidade e ameaçar sua liberdade de expressão. Jornalistas relataram que agora é mais difícil pesquisar histórias sobre atividades governamentais, já que suas fontes têm medo de se comunicarem por meio da internet aberta. squared
Usuários preocupados têm algumas opções para aumentar a privacidade de seu histórico de navegação.
Uma opção popular, especialmente entre jornalistas, é uma Rede Privada Virtual (VPN, do inglês Virtual Private Network). Ao usar uma VPN, o computador envia um pacote de dados criptografados com um destino do servidor VPN para o ISP. O servidor VPN descriptografa os dados, descobre para onde o usuário de fato deseja enviar o pacote e então o encaminha para esse destino.
O servidor VPN conhece o histórico de navegação do usuário, mas o ISP não. Além disso, outros roteadores que vêm depois da VPN vão ver somente que o pacote veio do endereço de IP da VPN, e não do endereço de IP do usuário. Contudo, a assinatura de uma VPN normalmente é cara e a parada adicional ao longo do caminho pode resultar em lentidão na experiência de navegação. Os benefícios podem ser maiores do que os custos para jornalistas, mas as VPNs ainda não são utilizadas pelo usuário padrão da internet.
Outra opção é o Tor, um programa de código aberto para tornar o tráfego da internet anônimo. Ao usar o Tor, o computador envia um pacote criptografado por meio de um grande número de repetidores voluntários. Os dados são empacotados de forma que cada repetidor saiba somente de onde o pacote veio e para onde ele vai, e nenhum repetidor conhece nem o endereço de IP de quem enviou nem o endereço de IP de destino.
O Tor pode fornecer uma navegação verdadeiramente anônima, mas ele também deixa a experiência de navegação muito mais lenta, já que é necessário saltar por diversos repetidores voluntários que podem estar localizados em qualquer lugar na internet.
Uma última opção é pressionar os ISPs e os governos para reduzirem o monitoramento ou estreitarem seus processos no que diz respeito a acessar o histórico de navegação dos usuários. Por exemplo, a Electronic Frontier Foundation (EFF) é uma organização sem fins lucrativos que pesquisa questões relacionadas à privacidade digital e procura realizar mudanças por meio de litígios, tecnologia e ativismo.
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