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Bancos 8: Coeficientes de reservas

Como os requisitos de reservas limitam a quantidade de empréstimos que um banco pode fazer. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

No último vídeo, eu dei o exemplo deste banco que eu tenho usado, e neste exemplo, ao contrário de entregar ouro para fazer empréstimos e ser usado em projetos em que o ouro é redepositado e depois emprestado outra vez, o que nós fizemos neste exemplo é que toda vez que o banco empresta, ele fez um empréstimo, e isso criou um ativo, que tem o seu passivo correspondente. Esse passivo pode ser uma conta corrente que o empreendedor pode usar, ou notas bancárias, que são essencialmente dinheiro que o empreendedor pode usar para pagar seus empregados ou comprar terras ou o que ele precisar. Então uma questão óbvia é: quanto um banco poderia fazer isso? Quando isso para? Ele pode seguir aumentando o lado esquerdo e o direito de seu balanço patrimonial? Para responder a essa questão, vamos introduzir a ideia de depósito compulsório. Revisando um pouco, só para garantir que estamos entendendo esse balanço patrimonial. Deixa eu colocar os nomes aqui, às vezes penso que todos sabem. Lembre-se, esses são os ativos. Os ativos são todos esses. Vou fazer uma linha mais grossa aqui. Todos esses são ativos deste banco, incluindo este prédio e este cofre aqui. E depois os passivos. Vou escrever em vermelho. Gosto do vermelho. Esses são os passivos em vermelho, estou colorindo agora. E o patrimônio líquido -- quem quer que seja o dono do banco, podem ser acionistas ou um indivíduo, talvez eu seja o dono -- é o que sobra. Vou escrever numa cor neutra. Esse é o patrimônio líquido. A questão é: quanto o banco pode -- deixe-me fazer isso, todos esses são passivos. Passivos. Então a questão é: quanto um banco pode continuar emprestando dinheiro e aumentando seus ativos e passivos? Toda vez que ele faz um empréstimo, como este aqui, ele concedeu um empréstimo equivalente a 100 peças de ouro para D -- ao invés de dar 100 peças de ouro para D, ele simplesmente criou uma conta corrente para D, com a qual D pagou a A, e é por isso que está escrito A aqui. Deixe-me rotular outra coisa também, o ouro tem outra cor para você ver o ouro. Essa parte do ativo é de ouro. Vou deixar bem claro, tudo isso aqui é ouro. Vou colorir um pouco mais. Tudo isso é ouro, e há 500 peças de ouro. Então vamos introduzir o conceito de taxa de reserva. Taxa de reserva. Vamos começar pensando no que é uma reserva afinal. Uma reserva é algo que você mantém à parte pois você pode precisar algum dia. Nessa situação, todos esses passivos -- sejam essas notas bancárias em circulação neste exemplo ou essas contas correntes -- são passivos que alguém pode vir ao banco em qualquer dia e dizer: "ei, eu quero meu ouro agora." Por qualquer razão. Talvez eu esteja saindo da cidade, talvez eu não confie mais no banco, ou qualquer motivo. Talvez eles só queiram produzir joias. Qualquer motivo para que as pessoas queiram seu ouro de volta. Essas são contas correntes. Contas correntes. E essas são notas bancárias, que podem ser trocadas por ouro a qualquer momento. Nós falamos um pouco sobre isso antes quando começamos toda essa discussão sobre o setor bancário. Enfim, você tem que guardar um pouco de ouro para o caso de alguém querer seu ouro de volta. Essa quantidade de ouro que você guarda como uma reserva, em relação ao total de depósitos que você tem daquele ouro, essa é a taxa de reserva (depósito compulsório). Nesta situação, neste mundo que criamos, a reserva de valor é ouro. Mais tarde nós vamos abandonar esse sistema ouro, e aí a reserva de valor vai ser o próprio dinheiro, mas por enquanto eu acho que é mais fácil de entender com ouro. Vamos continuar com ouro. A taxa de reserva para este banco é a quantidade de ativos em ouro -- você não vai ver essa definição formal em nenhum lugar porque a maior parte da pessoas não usa mais o padrão ouro -- mas é o montante de ativos em ouro dividido pelo total -- eu não quero dizer total de passivos porque o banco pode contrair empréstimos que não são depósitos à vista. Tudo que está no passivo agora são depósitos à vista, o que significa que quem quer que possua aquele passivo pode voltar e trocá-lo por ouro a qualquer momento. Mas o banco poderia ter contraído um empréstimo normal, que pode não ser resgatável na hora. Um empréstimo normal pode ser um que o banco não precisa pagar durante dez anos, e neste caso não há razão para que o banco tenha que guardar um pouco do ouro para pagá-lo de volta. Então vamos definir não como total de passivos, mas total de passivos exigíveis no curto prazo. Então qual seria o total de passivos exigíveis no curto prazo? Neste caso, seria o total de notas bancárias -- notas bancárias é algo que depois nós vamos sair do mundo onde todo banco emite notas bancárias, mas eu só queria dar um contexto histórico de como as notas bancárias começaram. Total de notas bancárias e de contas corrente. Contas corrente. Então vamos ver como fica esse nosso banco. Nosso total de ativos em ouro é 500, e qual é nosso total em contas corrente? 100 mais 100 mais 100, 100, 200, 300, 400, 600, e acho que esses são outros 100 aqui, 700. Acabamos de descobrir que o total de passivos exigíveis no curto prazo é 700, e os ativos em ouro neste banco são 500. Assim, a taxa de reserva deste banco agora é bem alta, 5/7. Eu não sei quanto dá 5/7. Não sei. Quantas vezes 7 cabe dentro de 5? Calculando de cabeça, algo perto de 62 porcento. 50 dividido por 7... não, não, 50 dividido por 7 dá 7, então é algo como 71 porcento. Isso, 7 vezes 7 dá 49, 71 porcento. Então essa é sua taxa de reserva. E o que impede os bancos de continuar emitindo mais ativos e passivos para aumentar o seu balanço patrimonial é uma taxa de reserva compulsória. Agora nos Estados Unidos, apesar de não vigorar o padrão ouro, mas você pode imaginar isso no nosso mundo, os reguladores bancários poderiam dizer que sua taxa de reserva sobre contas corrente, o montante de ouro que você guarda para contas corrente, chamamos de reserva compulsória. Vou mudar de cor só para não ficar chato. A reserva compulsória, eles podem dizer que a reserva compulsória é de -- digamos que sejam conservadores -- digamos que eles a definem em 20 porcento. Nos Estados Unidos agora é 10 porcento, apesar da reserva de valor não ser mais ouro. Digamos que a reserva compulsória é de 20 porcento. Isso significa que, em qualquer momento, desde que mais de 20 porcento dessas pessoas não peçam seu dinheiro de volta, o banco vai ter liquidez. O banco será capaz de cumprir sua promessa, pois todas essas pessoas pensam que podem ir ao banco buscar seu ouro a qualquer momento. Para que esse sistema funcione, é preciso haver confiança, e para haver confiança, o banco tem que honrar seu compromisso toda vez que alguém pedir seu dinheiro. Então o banco tem que ter liquidez. Essencialmente, taxa de reserva é o que o regulador acha que o banco deve guardar para se manter líquido. Do jeito que nosso banco está, ele tem uma taxa de reserva de 71 porcento. Então desde que não mais que 71 porcento dessas pessoas, alguns desses empréstimos podem durar um ou dois anos, então desde que -- nesses um ou dois anos de empréstimo -- desde que não mais que 71 porcento não venham resgatar seu ouro, o banco ficará bem. Se de repente, por qualquer motivo estranho, eu não sei, 80 porcento dessas pessoas que têm depósitos à vista ou notas bancárias vierem e quiserem trocar seu dinheiro por ouro, esse banco vai ficar sem ouro e isso é uma corrida aos bancos. Há dois motivos para isso ser muito ruim. Um é que, de repente, essas contas corrente de repente essas contas corrente não parecem ser tão boas, pois você não consegue resgatar o seu ouro, pois mais pessoas estão exigindo seu ouro do que há ouro disponível. O outro problema é que, de repente, todos perderão a confiança no sistema, e todos vão pensar: "esses bancos têm esses prédios que parecem cofres, mas talvez eles não sejam tão seguros quanto eu pensava." Então todos começam a resgatar seu dinheiro. Isso se chama corrida aos bancos. Nesse exemplo, se eu considero que esse empréstimo realmente vale 300 peças de ouro e que vai ser pago de volta e que este empréstimo aqui realmente vale 100 peças de ouro e que realmente vai ser pago de volta, esse banco é solvente. Ele tem mais ativos do que passivos. Então se ele tiver tempo suficiente, ele será capaz de pagar todos os seus passivos. Mas se todas as pessoas de repente entram no banco e querem não apenas 500 peças de ouro, se eles quiserem 600 peças de ouro, eles têm direito a 700, então se eles quiserem 600 de repente todos vão perder a confiança no sistema. Essas pessoas provavelmente -- se elas não conseguirem isso, provavelmente vão querer todo o seu dinheiro de volta, então todos os passivos serão exigidos, e talvez o banco tenha que tentar vender todos os seus ativos, esses empréstimos, para outra pessoa, ou tentar cobrar de outros, mas como você pode imaginar, é uma bagunça imensa, e todo o sistema, que depende de confiança, vai começar a ruir. Mas enfim, a questão inicial é: qual é o limite que você pode expandir os lados do ativo e do passivo do balanço patrimonial criando esses empréstimos e contas correntes? Esse limite é determinado pela taxa de reserva, que é definida pelos reguladores. Enfim, nos vemos no próximo vídeo. [Traduzido por Pedro Barros]