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Mercado financeiro e de capitais
Curso: Mercado financeiro e de capitais > Unidade 8
Lição 1: O Sistema Bancário e Monetário- Bancos 1
- Bancos 2: Declaração de receita de um banco
- Bancos 3: Reserva bancária fracionária
- Bancos 4: Efeito multiplicador no fornecimento de dinheiro
- Bancos 5: Introdução aos títulos bancários
- Bancos 6: Títulos bancários e cheques
- Bancos 7: Dar empréstimos sem dar o ouro
- Bancos 8: Coeficientes de reservas
- Bancos 9: Mais sobre coeficientes de reservas (Som ruim)
- Bancos 10: Introdução a alavancagem (Som ruim)
- Bancos 11: Um banco de reservas
- Bancos 12: Tesouro (dívida do governo)
- Bancos 13: Operações em mercado aberto
- Bancos 14: Taxa dos fundos federais
- Bancos 15: Mais sobre a taxa dos fundos federais
- Bancos 16: Por que taxas alvo X fornecimento de dinheiro
- Bancos 17: O que aconteceu com o ouro?
- A taxa de desconto
- Acordos de recompra (operações de reporte)
- Balanço patrimonial da reserva federal
- Comentário sobre reservas bancárias fracionárias 1
- Comentário sobre reservas bancárias fracionárias 2: Seguro de depósito
- Comentário sobre reservas bancárias fracionárias 3: Visão geral
- LIBOR
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Bancos 9: Mais sobre coeficientes de reservas (Som ruim)
Vendo como as taxas de reserva limitam o quanto de empréstimo eu posso fazer. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
Vamos conversar um pouco mais
sobre depósitos compulsórios, e, se tivermos tempo, quero falar
sobre um outro tópico, quase relacionado, e muitas vezes confundido, que é a alavancagem. Vamos lá, depósitos... compulsórios. Vamos supor que, em qualquer jurisdição
ou mundo que eu viva, os depósitos devem ser de 10 por cento. Isso significa que, para cada dólar
de passivo em conta corrente ou em notas bancárias que eu tenha, eu tenho que manter no mínimo
10 por cento disso em espécie, seja lá que moeda for essa. No nosso mundo, temos usado o ouro. No mundo real, não é o ouro. Na verdade, são notas de dólar. Mas vamos ficar no mundo do ouro, e depois sairemos desse padrão ouro e vemos como funciona. Vamos iniciar um novo exemplo outra vez e ver quão grande meu balanço pode ficar e ver como isso me impede
de ficar grande demais. Então eu tenho o meu banco,
como eu sempre tive. Digamos que meu prédio
vale 100 peças de ouro, e que eu capitalizo isso com
outras 200 peças de ouro. Esse é o prédio. E esse é o patrimônio líquido
com que eu começo. Então eu começo com 300 de patrimônio, 300 peças de ouro de
patrimônio líquido. Eu vou desenhar o patrimônio
em uma cor diferente, pois às vezes ele se confunde
com o passivo, uma vez que ambos estão do lado direito. Então esse é meu patrimônio líquido. Depois eu posso receber alguns depósitos. Eu não quero deixar esse
diagrama muito grande. Então vamos dizer que eu recebo outras
100 peças de ouro em depósitos, 100 peças em depósitos à vista. Depois eu tenho as contas correntes dessas pessoas que as depositaram. Vou desenhá-las em roxo. Essas são as contas correntes, ou contas de notas bancárias das pessoas. Essas são meus passivos. Minha pergunta é: se esses são todos os
depósitos que tenho, ou essas são todas as
reservas que eu tenho, quanto eu posso emprestar? Ou, quanto posso expandir
meu balanço patrimonial? Bom, o depósito compulsório diz que minhas reservas sobre o total
de contas correntes que tenho em meu passivo e as notas bancárias que eu emito, minhas reservas não podem ser mais que, ou tem que ser no mínimo
10 por centro disso. Então agora eu só tenho 100. Ops, apertei o botão errado. Agora eu só tenho 100 peças de ouro depositadas em contas correntes. Eu não vou me preocupar muito com as notas bancárias agora. Elas são a mesma coisa, pelo menos no ponto de vista do balanço. Enfim, eu tenho 300 peças de ouro. Na verdade, eu tenho mais reservas
do que tenho em contas correntes, pois na verdade eu me pré-capitalizei com um pouco do meu
patrimônio inicial. Então quantos empréstimos
eu posso fazer? Bom, o depósito compulsório diz que eu só posso expandir essas
contas de depósito à vista até que isto seja pelo menos
10 por cento delas, essas 300 peças de ouro sejam
pelo menos 10 por cento disso. Correto? Essa é minha reserva efetiva. Vamos olhar dessa maneira. Minhas reservas têm que
se igualar a 10 por cento. Eu tenho 300 peças de ouro em reservas: 100 de depósitos, 200 que eu coloquei adiantado
para abrir o meu banco, que era meu próprio ouro. Acima, o valor total, vou chamar apenas de contas correntes, não vou me preocupar que sejam
depósitos à vista e notas bancárias, vou manter a simplicidade por enquanto,
você entendeu a ideia. Depósitos. Então podemos fazer alguns cálculos. Vamos ver. Multiplicar... então 10 por cento das contas correntes
tem que ser igual a 300, ou divido os dois lados por 0,1,
e então você diz "Bom, eu poderia ter até 3.000 peças
de ouro em contas correntes." Então quanto eu poderia
expandir meu balanço? Bom, eu poderia continuar
concedendo empréstimos até eu ter 3.000 peças de ouro
em contas correntes. Deixe-me começar a conceder empréstimos. Então alguém tem um projeto que requer, digamos, 900 peças de ouro
para construir uma fábrica. Eu digo "Claro, pode levar.
900 peças de ouro." Vou desenhá-las um pouco
menor do que deveria, se fosse para ficar proporcional. Empréstimo de 900 peças de ouro. E eu não entrego ouro àquela pessoa, eu só lhe dou uma conta corrente. Uma conta corrente de 900. Claro que eles vão usar isso,
talvez emitir cheques para seus funcionários ou empreiteiros, qualquer um que vá construir a fábrica. Então vamos ver, quanto eu tenho sobrando agora em termos de contas correntes? Eu tenho 900 mais 100. Tenho 1.000. Então tenho 2.000 sobrando. Digamos que alguém tem
um grande projeto. Vão construir uma ponte sobre
um rio, ou algo assim, e vão cobrar pedágio, e eu acho que é ótima ideia, pois as pessoas provavelmente
usarão essa ponte. Então eu faço um empréstimo a essa pessoa. Eu empresto 2.000 peças
de ouro a essa pessoa. Empréstimo de 2.000. E, ao invés de entregar
ouro de verdade a eles, crio uma conta corrente para eles. Eu poderia emitir notas bancárias,
é a mesma ideia. 2.000 em conta corrente. Aí acabou, certo? Quanto tenho no total em contas correntes? 2.000 mais 900 mais 100. Tenho 300 no total em contas correntes. Na verdade, todos os meus passivos
agora são em conta corrente. Eu poderia ter captado dinheiro
de outra forma, mas não vou me preocupar com isso agora. Então a razão entre as
minhas reservas, 300, e minhas contas correntes,
que é essa parte aqui, que são essencialmente todos
os meus passivos agora, é de 10 por cento. E o que isso permite, por causa do depósito compulsório, isso me impede de continuar
concedendo empréstimos, eu já maximizei o que eu poderia fazer sob essas regras de depósito compulsório. E o que ele diz, ele permite 10 por cento, isso garante que eu tenha
liquidez suficiente, garante que quando as pessoas
para quem eu disse que a qualquer momento podem
pedir seu dinheiro de volta, e se elas realmente quiserem seu dinheiro em termos de ouro... Lembre-se, eles podem usar esse dinheiro. Eles podem emitir cheques, ou
se fossem notas bancárias, poderiam negociar essas notas bancárias. Mas, se alguém, quem quer que tenha
acesso a essa conta, a qualquer momento de fato
quiser seu ouro, tenho que manter ao menos
10 por cento reservado, considerando que não mais de 10 por cento
precisam dele de uma vez. Isso são depósitos compulsórios. Eles me mantém líquido. Liquidez significa que quando alguém
pede o seu ouro de volta, eu tenho o ouro para devolvê-lo. Agora uma questão à parte é: eu sou solvente? Solvente significa "estou coberto pelo dinheiro?" Ser solvente é uma questão de "seus ativos são maiores
que os seus passivos?" Nesse momento neste mundo,
o que são meus ativos? Eu tenho 3.000 mais meu
patrimônio líquido inicial. Isso eram esses 100 aqui. Então meus ativos são 3.300. Então eu também sou solvente. Desde que meus ativos, que é tudo que está à esquerda
no balanço patrimonial, desde que meus ativos sejam
maiores que meus passivos, eu sou solvente, o que significa que mesmo em um mundo, digamos, um mundo em que,
por qualquer motivo, as pessoas quisessem seu ouro, elas viriam a mim, e digamos que eles quisessem
400 peças de ouro. Eu não teria liquidez nessa situação, porque eu não tenho 400 peças de ouro para entregar-lhes imediatamente. Eu teria um problema de liquidez. Talvez eu tivesse que pegar ouro
emprestado de alguém, mas eu seria solvente, já que esses dois empréstimos
ainda estão cobertos. Se alguém me desse tempo suficiente, esses empréstimos poderiam
ser quitados, ou talvez eu pudesse vender esses
ativos que são esses empréstimos, para alguém, e receber 900
peças de ouro por eles, e então poderia pagar a essas pessoas o ouro que elas precisam. Eu só queria mostrar a diferença entre liquidez e solvência. Na verdade, acabo de perceber que usei
quase todo meu tempo. Então, no próximo vídeo, eu vou falar sobre alavancagem com você. Alavancagem e os condições de
alavancagem tem muito mais a ver com solvência do que com liquidez. E só para adiantar um pouco, trata-se de que margem de
segurança você tem que ter antes que se torne insolvente, antes que seus passivos se tornem
maiores que seus ativos. Quanto você pode perder antes de acabar quebrando? Enfim, nos vemos no próximo vídeo. Esse acabou sendo apenas sobre
depósitos compulsórios. No próximo, vou tratar de alavancagem. [Traduzido por Pedro Barros]
[Revisado por Pablo Vieira]