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Mercado financeiro e de capitais
Curso: Mercado financeiro e de capitais > Unidade 8
Lição 5: Câmbio e comércio- Introdução ao câmbio
- Efeito da moeda no comércio
- Revisão sobre efeito da moeda no comércio
- Indexação do yuan
- Banco Central chinês compra títulos do Tesouro
- Circuito da dívida americana/chinesa
- Razão por trás dos circuitos de endividamento e seus efeitos
- China mantém indexações, mas diversifica participações
- Fundamentos de Carry Trade
- Comparando o PIB entre países
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Fundamentos de Carry Trade
A mecânica de um Carry Trade. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
Digamos que a economia do país A está estagnada e que, talvez,
enfrente uma deflação. O Banco Central tenta emitir
o máximo de moeda e reduzir a taxa de juros. Um investidor vai a este país
e faz um empréstimo em moeda local a 1% de juros. Digamos que no resto do mundo,
particularmente no país B, pode-se, aparentemente, fazer
investimentos seguros a uma taxa de juros
mais alta na moeda local. Digamos que se obtenha
um retorno de 5% Podemos imaginar que
investidores oportunistas dirão "Ótimo, posso emprestar
em moeda do país A", e que eles vão até o país A
para emprestar a uma taxa de 1%.
Digamos que peguem 100. Vou chamá-los de 100 "A", o nome da moeda do país A é A. Eles pegam 100 A emprestado, e digamos que
o câmbio neste dado momento seja 1 A = 2 B.
Eles vão a casas de câmbio e trocam 1A por 2B, resultando em 200 B.
Eles os investem, investem na moeda B.
Assim, emprestam em moeda A e investem em moeda B.
O que poderia acontecer? Bem, eles ganharão 5%
sobre o valor em moeda B. 5% de 200, eles ganham 10 B,
digamos, ao ano. Eles ganham 10 B de juros ao ano,
o que podem converter. Eles podem converter os 10 B.
Se supusermos o câmbio estável, teremos 5 A, se nos basearmos no mesmo câmbio.
Então, teremos 5 A, pagando-se apenas 1 A de juros,
eles terão 4 A ao ano. Se imaginarmos um
câmbio estável, terão 4 A ao ano de graça.
Imaginando-se que continuem, podem tomar os 4 As,
convertê-los a Bs ou qualquer outra moeda. Então, pode-se dizer
que ganham 4 As livres ao ano ou 8 Bs a cada ano.
Este pequeno processo, este comércio, ou pequena
arbitragem bem aqui, é chamada de 'carry trade'.
Talvez você se pergunte onde isso vai dar errado,
e a principal parte seria ao se emprestar em A
e, então, se investir em B, se o câmbio de A sobe
especificamente em relação a B, pois o que acontece é que,
mesmo se tenha esta discrepância na taxa de juros aqueles 10 Bs renderão cada
vez menos As caso seu câmbio continue subindo.
De outra forma, embora você pense que só
deve 1% de juros em A, este 1% também vai subir
em relação a B, ou seja, você vai acabar devendo mais
B a cada ano caso A continue a subir.
Agora, a característica mais popular
de <i>carry trade</i>- começando no meio dos
anos 1990, quando as pessoas começaram a tomar empréstimos
no Japão, por sua baixa taxa de juros e começaram a investir em outros lugares,
como nos EUA ou Islândia - é a tendência que cada vez mais
pessoas façam o mesmo. Várias pessoas fazendo isso,
o que causa um grande efeito gregário.
Você tem um monte de pessoas emprestando em A e
convertendo para B. Pegam esta moeda e convertem
em moeda mais barata. Se isso acontece, tem-se o
efeito contrário: você tem um benefício no
topo da discrepância da taxa de juros pois significa
que a demanda por Bs sobe e que a
demanda por As cai. Isto é basicamente o que aconteceu
com o Japão e com vários outros países durante um período que se estende
até 2008. [legendado por: José A. dos Santos Junior]
[Revisado por: Karoline]