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Mercado financeiro e de capitais
Curso: Mercado financeiro e de capitais > Unidade 8
Lição 2: Flexibilização quantitativa- Operações no mercado aberto do Fed (banco central americano)
- Flexibilização quantitativa
- Mais sobre flexibilização quantitativa (e flexibilização de crédito)
- Visão geral sobre operações no mercado aberto e flexibilização quantitativa
- Outro vídeo sobre flexibilização quantitativa
- Flexibilização quantitativa americana e japonesa
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Flexibilização quantitativa
Visão geral sobre flexibilização quantitativa. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
Em tempos normais na economia,
o Banco Central tenta controlar a quantidade existente
de atividade econômica, fixando a taxa básica de juros. É a taxa sobre a qual se ouve falar
nos noticiários, que o Banco Central tem por objetivo
ver os bancos usando nos empréstimos interbancários
de urgência. Como vimos no vídeo anterior,
se o Banco Central não gostar da taxa praticada, se nem mesmo o anúncio
da taxa básica de juros leva os bancos a temer uma intervenção por não emprestarem àquela taxa, o Banco Central pode realmente intervir
operando no mercado aberto, e comprar títulos do Tesouro, geralmente do mercado. E isso aumenta a quantidade
de dinheiro em circulação, o que reduz a demanda por dinheiro,
aumenta a oferta, e deve baixar a taxa de juros. O Banco Central tenta manter
essa taxa de juros dentro de certo limite,
em torno de certo alvo. Os títulos que o Banco Central compra,
normalmente, são os de curto prazo, porque é menos arriscado,
e às vezes pode ser um acordo temporário. Dirão: "Compro isso de você agora,
só se você comprar de volta em uma data futura, por certo preço". E isso se chama um contrato de recompra.
Farei outro vídeo só sobre isso. Mas a razão das operações
de mercado aberto é fixar a taxa de juros para empréstimos. Mas eles geralmente lidam
com títulos de curto prazo pois é mais seguro e expõe o Banco Central
a um risco menor na taxa de juros. Pode-se imaginar o que acontece
se o Banco Central ficar baixando a taxa de juros para estimular a economia. A redução sucessiva da taxa de juros de quatro para três por cento
e depois para dois por cento, talvez indo até zero por cento, o tempo todo imprimindo moedas e comprando valores de curto prazo. Talvez, neste ponto, a curva
de rendimentos fique assim. Se isso não for suficiente, se a economia continuar afundando
e as pessoas pararem de pagar suas hipotecas, o Banco Central não poderá mais
operar no marcado aberto e não estará mais focado
na taxa básica de juros, que não pode baixar mais,
já está em zero. Empréstimos interbancários de curto prazo ficaram zerados. Mas o Banco Central pode injetar
mais dinheiro comprando outros tipos de títulos,
como títulos do Tesouro. Em vez de títulos de curto prazo, compra títulos de longo prazo do Tesouro, talvez com vencimento em um ano,
cinco anos, dez anos. E aqui há duas questões. Uma é injetar dinheiro no sistema: imprimir dinheiro e distribuir, para que as pessoas invistam
e o sistema bancário opere. Mas pode ser um controle explícito
da curva de rendimentos, de forma que o custo dos empréstimos
de longo prazo caia e a curva de rendimentos fique assim, pois comprar títulos com prazo mais longo reduz o rendimento. Ou poderiam comprar títulos
que não são do Tesouro, como títulos lastreados por hipotecas, para fazer o mercado de hipotecas
um pouco mais líquido. Nessa intervenção não convencional,
o Banco Central não mais se importa com a taxa alvo,
por estar zerada. Também para de comprar
títulos de curto prazo, e prefere comprar títulos
de longo prazo, o que empurra a curva para baixo. Em vez de títulos de Tesouro, talvez
passe a comprar débito corporativo ou talvez comece a comprar títulos lastreados por hipotecas,
e isto se chama relaxamento quantitativo. Há dois elementos que o faz diferente das operações habituais do Banco Central
no mercado aberto: a falta de interesse pela
taxa básica de juros, que agora é zero e em segundo lugar, há o interesse em comprar valores
abaixo da curva de rendimentos para tentar controlar a própria
curva de rendimentos. E a aquisição de títulos menos convencionais tem o objetivo de tornar o mercado mais operacional. [Legendado por Laércio Junior]