Conteúdo principal
Mercado financeiro e de capitais
Curso: Mercado financeiro e de capitais > Unidade 8
Lição 2: Flexibilização quantitativa- Operações no mercado aberto do Fed (banco central americano)
- Flexibilização quantitativa
- Mais sobre flexibilização quantitativa (e flexibilização de crédito)
- Visão geral sobre operações no mercado aberto e flexibilização quantitativa
- Outro vídeo sobre flexibilização quantitativa
- Flexibilização quantitativa americana e japonesa
© 2023 Khan AcademyTermos de usoPolítica de privacidadeAviso de cookies
Flexibilização quantitativa americana e japonesa
Comparação entre a flexibilização quantitativa no Japão e a "flexibilização de crédito" nos Estados Unidos. Versão original criada por Sal Khan.
Quer participar da conversa?
Nenhuma postagem por enquanto.
Transcrição de vídeo
Quando o Japão encarou sua crise bancária
e de dívida nos anos 90, a primeira coisa que fez foi diminuir
a meta da taxa de juros que os bancos usam para emprestar
reservas uns dos outros. Isso se faz imprimindo dinheiro. No caso do Japão, o banco
central imprime Yens, compra títulos do governo de curto prazo, mas o subproduto disso é o aumento
da moeda ou reservas em circulação, todos os bancos passam
a ter mais reservas, então a demanda por reservas cai, ou o custo de empréstimos cai, o que diminui a taxa de juros. Fazendo assim, o Japão reduziu a taxa
de juros até zero por cento, até não conseguir reduzir além disso. É exatamente a mesma situação de Bernanke na crise de crédito dos EUA. Então o Japão disse: "Queremos que mais dinheiro
entre em circulação, então continuaremos a imprimir Yens. Mas como é inútil continuar comprando
títulos de curto prazo, porque já elevamos os preços
ao máximo possível, reduzimos ao máximo as taxas de juros
de curto prazo, vamos comprar outras coisas. Vamos colocar esse dinheiro em circulação
de todos os modos possíveis. Então vamos comprar títulos
japoneses de longo prazo, vamos comprar debêntures." Então compraram um monte de coisas,
mas a intenção deles era aumentar a quantidade de dinheiro. O que os japoneses fizeram foi como
pura flexibilização quantitativa. Tentaram imprimir dinheiro a todo custo e colocá-lo em circulação
de várias formas. Compraram um monte de coisas para isso. O que Bernanke está mecanicamente fazendo
não é tão diferente do que os japoneses fizeram. Ele começou tentando baixar
os juros de curto prazo, para comprar títulos de curto prazo, que aumentaria a quantidade
de reservas em circulação, reduziria juros de empréstimos overnight
e juros de fundos do FED. Mas quando chegaram em zero por cento, ambas chegaram a esse piso
de zero por cento, Bernanke pensou: "Como resolvo o impasse
nos mercados de crédito?" E Bernanke, assim como o Japão, disse:
"Vou começar a imprimir mais dinheiro e usá-lo para comprar ativos que o FED
tradicionalmente não compra." O Japão fez assim também. A diferença, como explica Bernanke,
é que ele não vê isso como pura relaxamento quantitativo. Não porque é mecanicamente diferente, na verdade, mecanicamente,
é a mesma coisa, mas ele chama isso
"relaxamento de crédito". Para ele, a diferença entre relaxamento quantitativo
e de crédito, é a intenção e para onde se direciona
o dinheiro impresso. No caso do Japão, eles imprimiram dinheiro
por imprimir dinheiro e compraram todas aquelas coisas, apenas
para colocar o dinheiro em circulação. No caso de Bernanke, ele
está imprimindo dinheiro, ele quer esse dinheiro em circulação, mas não é esse seu objetivo final. O objetivo final é aumentar a demanda
por esses tipos de títulos onde talvez esteja o impasse. Apesar de ser mecanicamente
a mesma coisa, Bernanke diz: "É relaxamento de crédito, pois quero
resolver o problema no mercado de dívidas, ou resolver o problema no mercado
de títulos garantidos por hipoteca, enquanto o Japão estava imprimindo dinheiro
por imprimir dinheiro." [Legendado por Erick Yoshida]