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Por que a Europa está preocupada com a Grécia

Por que a situação dos gregos é assustadora para a Europa como um todo. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

Com base nos dados do vídeo anterior, e nos débitos sobre o PIB que a Grécia possui, e sua fraca economia que já se encontra em profunda recessão. É evidente quando se observa os índices de desemprego. No período de outubro de 2010 a março de 2012, os índices já eram altos. Desde 2010 têm sido exorbitantes. Agora se encontram na faixa dos 20%, que é um número importante, mesmo que seja um eufemismo para a situação, pois o desemprego afeta os jovens desproporcionalmente. Se observarmos os índices de desemprego entre pessoas nas faixa dos 20 anos, eles serão mais altos que os 20%, e isso já se observa no mercado de títulos, onde já se exigem juros cada vez mais altos da Grécia. Então, estes são os possíveis resultados - Aqui temos a Grécia. Os possíveis resultados para a Grécia. A única forma de a Grécia permanecer na zona do Euro é ganhar um montante que cubra seus débitos. Assim, uma opção é serem resgatados pelo resto da Europa. A Alemanha tem um papel vital aqui, pois é a maior economia da Europa. Porém, com o resgate, pode-se alegar que, se vão receber o montante, os gregos devem cortar gastos, e resolver sua má administração. Os pacotes de resgate estão vinculados a alguma forma de austeridade. Já vimos que austeridade não é politicamente popular na Grécia, mesmo porque é algo difícil de se realizar no contexto de uma economia fraca. Já há índices astronômicos de desemprego. O que acontece se o país tomar medidas de austeridade? Se fizerem um corte drástico nos gastos públicos, não se sabe a que ponto se pode chegar. O aumento do desemprego se deve aos últimos resgates e à austeridade. É por isso que os gregos não concordam com medidas de austeridade. Se não acontecer isto, como falamos anteriormente, a única opção viável para a Grécia é sair da zona do euro. Então, deixar a zona do euro, que é um subconjunto da União Europeia cuja moeda é o euro. E, como já vimos, não seria um processo sem consequências. Deixariam a zona do euro, a nova moeda seria o novo dracma e ele seria profundamente desvalorizado em relação ao euro. Daí, temos uma tomada das poupanças. Talvez não por completo, mas haveria desvalorização da poupança. Disso eles já sabem, e, por isso, este resultado parece provável. Há um enorme levante de depósitos agora na Grécia. As pessoas estão sacando seus euros e guardando-os em casa para que não se convertam no dracma desvalorizado. Porém, isto está tendo um efeito enfraquecedor, está quebrando o sistema bancário. Então, pode-se ter falências bancárias. E toda a estratégia para abandonar a zona do euro e trocar o euro pelo dracma, seria inflacionar os passivos, literalmente inflacionar os encargos e obrigações de direito. Porém, esta inflação, o que já se observou no passado, poderia facilmente se converter em hiperinflação. E, se observarmos a austeridade no contexto do resgate, ou neste outro contexto, a economia pode desmoronar em médio prazo. Ainda não está muito claro, exceto por uma anistia generosa, como isto pode ser evitado. Nesta situação, a economia desmoronaria. E quando isso se dá, de forma tão drástica, temos um assombroso índice de desemprego que poderia levar a agitações sociais. E não estamos falando de uma taxa de desemprego igual aos EUA, de 8%, 9% ou 10% mas de taxas até maiores que 20%, 30% ou 40% entre as pessoas que são mais propensas a se agitarem socialmente, que são os jovens, logo este cenário levaria a agitação social e até mesmo a manifestações radicais quando o desemprego bater na porta e as pessoas se questionarem se terão comida na mesa elas talvez comecem a apoiar visões mais radicais. Tal situação já é bastante preocupante. A história da Europa nos diz que mesmo que um país relativamente pequeno entre em uma crise tão grande, isto poderá repercutir no resto da Europa. Assim começaram a primeira e a segunda guerra mundial. Motivo suficiente para que o resgate Grego seja seriamente considerado, e ele não vem sem consequências morais, o contra argumento é : Se sua dívida fosse perdoada, isso não seria premiar sua má administração e seus gastos excessivos? E até mesmo uma contabilidade duvidosa na economia nacional. Se você é um contribuinte alemão e suspeita desse resgate, você tem certa razão. Por que vamos mandar mais cheques aos gregos se eles vão sair ilesos? Agora o lado grego dirá: "Já sofremos o suficiente, chegamos ao nosso limite, já passamos do limite, se você quiser que nossa sociedade sofra ainda mais, então a sociedade grega corre o risco de desmoronar. Estamos desesperados. Não é hora de nos dar uma lição de moral." Este é o motivo pelo qual as pessoas estão preocupadas, mas há uma razão ainda maior de porque não é apenas a Grécia que está preocupada com isso, talvez seja a primeira a se preocupar, mas se a Grécia desmoronar, e especialmente se a zona do euro, ou Europa não resgatar a Grécia, isso dirá para o resto do mundo que a Europa não consegue resgatar seus países. Como você pode ver no gráfico, a Grécia não está sozinha, está na pior situação, mas logo atrás vem Portugal. E suas dívidas, dívidas de longo prazo com juros de 12% ou 13%. Portugal tem 93% de dívidas sobre seu PIB e uma taxa de desemprego bastante alta. Se a Grécia puder sair da zona do euro sem resgate, investidores começaram a pensar: "Talvez Portugal também não seja resgatado" Isso fará com que esperem juros maior de Portugal sobre empréstimos, e eles precisam de dinheiro para continuar operando do modo como estão operando, mas qualquer aumento por menor que seja, bem aqui, afetará o PIB português e o levará a uma espiral de dívidas. O percentual da dívida sobre PIB é quase 100% se precisarem pagar um por cento extra, este um por cento afetará o PIB e irá desacelerar ainda mais a economia portuguesa e tornará seu fardo mais pesado e o país caminhará na mesma direção da Grécia. E, de novo, Portugal não está sozinho, a Itália tem dívidas muito altas sobre o PIB Irlanda- dívidas altas em relação ao PIB, Espanha tem uma taxa de desemprego muito alta. A maior preocupação aqui, os dois maiores receios são o fato de que a Grécia pode se tornar um ponto de instabilidade na Europa e o segundo, se isso não for resolvido, pode se tornar uma reação em cadeia que se espalhará pela Europa, e as pessoas não irão querer mais emprestar dinheiro a estes países, então isso se torna uma profecia autorrealizável e eles talvez precisem deixar a zona do euro. [Legendado por: Karoline] [Revisado por: Flora Galvão]