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Equilíbrio de curto e longo prazos e o ciclo de negócios

A interação entre a OACP e a DA determina a renda nacional. Podemos comparar essa renda nacional com a renda nacional do pleno emprego para determinar a atual fase do ciclo de negócios. Diz-se que uma economia está em equilíbrio de longo prazo quando o produto do equilíbrio de curto prazo é igual ao produto do pleno emprego.

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Transcrição de vídeo

RKA2JV - O objetivo deste vídeo é falar sobre a noção de equilíbrio em uma perspectiva macroeconômica. Então, que tal revermos alguns pontos já estudados sobre demanda agregada e oferta agregada? Pois bem, aqui temos o eixo vertical, que representa o nível de preço na economia que estamos tentando estudar (P). E temos o eixo horizontal, que representa o PIB real para essa economia. Então, eu poderia traçar uma curva de demanda agregada. Em vídeos anteriores, conversamos longamente sobre o porquê de os economistas gostarem de modelar essa curva como descendente. Mas, mais uma vez, reitero: aceitemos a convenção porque, neste caso, ela facilita o entendimento. Do outro lado, eu também poderia desenhar uma curva de oferta agregada. Vou chamar esta curva de oferta agregada de curto prazo: OACP. E chamarei de oferta agregada de curto prazo 1, porque pode haver muitas outras curvas de oferta agregada. Da mesma forma, eu poderia olhar para outras curvas de demanda, mas, por enquanto, vamos deixar assim. Curva de demanda e pronto. Muito bem. Dadas estas curvas, qual seria o nível de preço e o nível de produção para esta economia? Pause o vídeo e pense um pouquinho sobre isso. Pronto. Muitos de vocês terão dito que este ponto de intersecção entre as duas curvas é o ponto de equilíbrio entre a oferta e a demanda. Se você disse isso, perfeito. Neste caso, este seria o ponto de equilíbrio da produção no curto prazo. Vamos chamá-lo de y₁ e vamos denominá-lo produção de equilíbrio de curto prazo, que é o ponto em que a produção corresponde ao cruzamento entre a oferta agregada de curto prazo e a demanda agregada, certo? E aqui, no eixo vertical, este seria o nosso preço de equilíbrio, certo? O preço pago pela produção no curto prazo no seu ponto de equilíbrio. Vou chamá-lo de P₁. Agora, é só isso? E se tivéssemos um nível de preço ainda mais baixo? Aqui, por exemplo. Olha só. Neste nível de preço, vemos que a demanda agregada ultrapassa a oferta agregada. A este preço, o que o mercado deseja comprar é mais do que os fabricantes podem vender. A demanda é maior que a oferta, e isso representa uma situação de escassez, porque não há produção suficiente para toda essa demanda. O que provavelmente vai acontecer? Quem produz vai pensar assim: "Hmm, se eu cobrar um pouco mais pela produção, eu vou ganhar mais. Ganhando mais, eu posso produzir mais." E aí eles vão subir a curva da oferta em direção a este ponto de equilíbrio. Do lado da demanda, as pessoas diriam: "Ei, eu não estou tendo a entrega que eu preciso. Eu toparia até pagar mais por isso, desde que essa entrega não falhasse." Só que, à medida que o custo da produção aumenta de um lado, a demanda diminui do outro. E o que acontece? Voltamos ao ponto de equilíbrio. O mesmo raciocínio pode ser feito na situação inversa. Se o preço fosse este, por exemplo. Nesta situação, a oferta agregada de curto prazo é maior que a demanda agregada. Produz-se mais do que se consome. Então, os produtores pensam: "Melhor cobrar um pouco menos e produzir menos." E, do lado da demanda, os compradores pensam: "Agora que o preço está baixando, eu posso comprar mais." E a oferta diminui, e a demanda cresce, e retornamos ao ponto de equilíbrio. Tudo bem, mas, por enquanto, nós só estamos tratando do curto prazo, certo? E no longo prazo? Você deve se lembrar. Em vídeos anteriores, falamos sobre a oferta agregada de longo prazo. Vem comigo! Vamos imaginar que esta curva aqui representa a oferta agregada de longo prazo. E aqui, onde ela cruza o eixo horizontal, este yf, poderíamos enxergar isto como a produção de uma economia em pleno emprego, uma produção sustentável de uma economia em pleno emprego. Mas olha só o que está acontecendo aqui. Nossa produção de equilíbrio de curto prazo (y₁) é menor que a produção de pleno emprego (yf). Temos aí uma lacuna. Temos, portanto, um ponto negativo entre nossa produção de pleno emprego e nossa produção de equilíbrio. Se levássemos essa questão para o contexto do ciclo de negócios, onde estaríamos? Vamos ver. Deixe-me desenhar aqui o ciclo de negócios. Agora eu vou colocar o PIB real no eixo vertical. E aqui, no eixo horizontal, vou considerar o tempo. Em qualquer momento nesse período de tempo, haverá um yf neste gráfico, uma potencial produção sustentável. E, quando eu digo "sustentável", digo que, nesta economia, os recursos estão sendo bem utilizados, de forma responsável, que a sociedade como um todo vive em pleno bem-estar, coisas assim. Então, aqui podemos ter esse ponto yf. Pode ser aqui. E, alguns anos depois, quem sabe a população cresceu, há melhor infraestrutura, a tecnologia se desenvolveu. Dá para continuar sendo sustentável e produzir mais. Então, agora esse ponto está aqui. Aí, mais uns anos, e eles agora podem produzir neste patamar, sempre de forma sustentável, considerando que se trata de uma economia de pleno emprego. Então, você pode imaginar um mundo cor-de-rosa em que uma economia de pleno emprego poderia crescer assim, de uma forma muito consistente e muito positiva. Lindo. Só que a gente sabe que não é assim que funcionam as economias. Elas vivem ciclos de negócios, e o ciclo de negócios nunca é tão linear deste jeito. Está mais para isto aqui: picos e vales, expansões e quedas. Em alguns ciclos o PIB cresce, temos expansão econômica. Aqui e aqui, por exemplo. Expansões econômicas. Em outros ciclos a economia sofre recessão, o PIB cai. Temos, por exemplo, esta recessão, esta. Beleza. Mas voltemos ao gráfico anterior e analisemos este nosso ponto de equilíbrio y₁. Onde ele estaria no gráfico do ciclo de negócios? Pause o vídeo e pense um pouco. E aí, pensou? Pois bem. Temos um ponto em que a produção de equilíbrio de curto prazo está abaixo da produção de pleno emprego. Isso a corresponderia a algum ponto em que o PIB real está abaixo desta curva de pleno emprego. No caso, poderia ser aqui, ou aqui, ou aqui, por exemplo. Se fosse aqui, então teríamos, no eixo vertical, o ponto de produção de equilíbrio de curto prazo y₁. E, aqui, o yf, referente a este momento, certo? Porque, à medida que avançamos no tempo, o yf vai crescendo também. Ele vai se movendo para a direita conforme a população vai crescendo, conforme a tecnologia vai se desenvolvendo, sempre sob uma perspectiva de economia plena. Mas você pode estar pensando: "Ok, tudo bem, mas e os outros pontos? Haveria outros cenários possíveis?" Claro que sim. Volte aqui comigo. E se a nossa curva de oferta agregada de curto prazo estivesse aqui? Nós teríamos um preço de equilíbrio menor, certo? P₂ menor que P₁. E uma nova produção de equilíbrio y₂, aqui. E está aí. Agora temos uma lacuna positiva entre a produção de equilíbrio no curto prazo e a produção de pleno emprego. Lá no ciclo de negócios, esse ponto y₂ poderia estar, por exemplo, aqui, e o yf correspondente aqui, etc. Mas você pode ainda estar em dúvida. Como é que se pode, afinal, produzir além do pleno emprego? Simples: essa economia está produzindo além do que seria sustentável produzir. Deve estar usando recursos de forma desordenada, as pessoas devem estar trabalhando além das suas capacidades, estressadas, a produção não se sustenta no longo prazo. Só que nós temos ainda um terceiro cenário, onde a produção de equilíbrio de curto prazo é igual à produção em pleno emprego. Teríamos, neste caso, uma curva de oferta agregada mais ou menos aqui, olha. E claro, a produção de equilíbrio de curto prazo y₃ seria igual à produção de pleno emprego. Isso é considerado um equilíbrio de longo prazo. No ciclo de negócios, esses pontos de equilíbrio estariam onde? Bem ali, nas intersecções entre a curva de pleno emprego e a curva normal de expansões e recessões econômicas: aqui, aqui e aqui. Em próximos vídeos, vamos ver como a demanda agregada e a oferta agregada de curto prazo se adaptarão exatamente ao ciclo de negócios. Fique atenta! Fique atento, também! Até lá!