If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Política fiscal para resolver hiatos do produto

A política fiscal pode ser usada para fechar hiatos do produto. Política fiscal significa usar impostos ou gastos do governo para estabilizar a economia. Uma política fiscal expansionista pode fechar hiatos deflacionários (por meio da redução de impostos ou do aumento de gastos) e uma política fiscal contracionista pode fechar hiatos inflacionários (por meio do aumento de impostos ou da redução de gastos).

Quer participar da conversa?

Nenhuma postagem por enquanto.
Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

[RKA20C] E aí, pessoal?! Tudo bem? Nesta aula, vamos ver algumas políticas fiscais para resolver hiatos do produto. Para isso, temos uma economia aqui com o hiato do produto. Como você pode ver, o produto de equilíbrio está abaixo do nosso produto de pleno emprego. Às vezes, isso é chamado de hiato do produto recessivo. Em outros vídeos, falamos que pode haver mecanismos de autoajuste em longo prazo, porque estamos abaixo do pleno emprego. Com isso, as pessoas que querem um emprego vão trabalhar por cada vez menos. Com isso, talvez a nossa curva de oferta agregada de curto prazo mude para baixo ao longo do tempo, e, com isso, vamos ficar com algo mais ou menos assim. Esta seria a nossa curva de oferta agregada de curto prazo 2. Neste caso, estaríamos em um novo equilíbrio, em que o nosso produto de equilíbrio é igual ao nosso produto de pleno emprego. Digamos que estamos em um cenário em que, por algum motivo, estamos presos a este ato do produto negativo, e você é o governo e quer fazer algo a respeito. Ou seja, você quer voltar para a produção de pleno emprego. Existem alguns mecanismos que podem lhe ajudar com isso. Você tem a política fiscal, que tem tudo a ver com quanto você gasta. Então, gastos do governo ou alteração de impostos. Em teoria, se os gastos do governo aumentam, vai aumentar também a produção total. E se o governo tributa menos, há mais dinheiro na economia, e isso também pode aumentar a produção total. Também temos a política monetária, que não vamos comentar neste vídeo, mas ela mexe com a oferta de dinheiro. Se, por exemplo, houver mais dinheiro lá fora, ou as taxas de juros estiverem mais baixas, isso pode aumentar a produção. Então, fornecimento, ou seja, oferta de dinheiro ou taxa de juros. Essa política monetária teria como responsável o Banco Central. Mas, como eu disse, nesta aula, vamos nos concentrar nas políticas fiscais. Então, o que queremos é que esta curva se desloque para a direita, mais ou menos assim. Com isso, vamos ter uma curva de demanda agregada 2. E como fazemos isso? Ou seja, como movemos a curva de demanda agregada para a direita de modo que tenhamos a nossa produção de pleno emprego? Existem dois mecanismos, como já falamos. Um equívoco que muitas pessoas cometem é dizer, por exemplo, "se aumentassem os gastos do governo em 100 bilhões de dólares, isso seria equivalente a reduzir os impostos em 100 bilhões de dólares". Isso porque haveria 100 bilhões de dólares a mais na economia para aumentar a produção. Mas é preciso ter muito cuidado com isso. Lembre-se que já falamos a respeito de multiplicadores. Mas, se você não se lembra, o multiplicador é igual a 1 sobre 1 menos a propensão marginal a consumir. E temos, também, o nosso multiplicador de impostos, no qual, se você tem um aumento de impostos, vai ser igual a menos a propensão marginal a consumir sobre 1 menos a propensão marginal a consumir. O negativo acontece quando você aumenta os impostos. Isso tem um efeito colateral sobre os gastos. E a razão pela qual você tem uma propensão marginal a consumir no numerador é que, se você tivesse os impostos reduzidos em, digamos, 100 dólares, dependendo da sua propensão, se ela for menor que 1, você não vai gastar todos esses 100 dólares, ou seja, você vai gastar uma fração disso. Vai ser a propensão marginal a consumir vezes os cem dólares. Por outro lado, se o governo gastar 100 dólares, eles foram todos gastos. Para você ver a diferença entre os dois tipos de multiplicadores, vamos analisar um exemplo mais prático. Digamos que o governo gasta 100 bilhões de dólares. Qual vai ser o impacto disso? Digamos, também, que a propensão marginal a consumir seja igual a 0,8. Qual seria o impacto na economia? Você pegaria os 100 bilhões de dólares e multiplicaria pelo multiplicador, que, neste caso, é 1 sobre 1 menos a propensão, que, neste caso, é 0,8. Isso será igual a 100 bilhões divididos por 0,2, que é igual a 500 bilhões de dólares. Então, neste caso, o nosso multiplicador foi 5. Mas e se, em vez disso, fôssemos por outro caminho? Ou seja, o governo decidisse diminuir os impostos em 100 bilhões de dólares, reduzir os impostos em 100 bilhões de dólares. E vamos dizer que teríamos a mesma propensão marginal a consumir, ou seja, 0,8. Nesta situação, qual vai ser o nosso multiplicador de impostos? Estamos diminuindo impostos, correto? Isso vai compensar este negativo aqui. Portanto, 100 bilhões vezes a propensão marginal a consumir, que, neste caso, é de 0,8, e dividimos isso por 1 - 0,8, que é a propensão marginal a consumir. Esta parte já calculamos e vimos que deu 500 bilhões, correto? Então, isso é igual a 500 bilhões vezes 0,8. E quanto vai dar? Vai ser igual a 400 bilhões de dólares. Para você entender isso, se o governo gasta 100 bilhões de dólares, esse dinheiro é gasto. Então, você tem a propensão marginal a consumir que incrementa o consumo, e, com isso, vamos ficar com 500 bilhões. Mas, com a redução de 100 bilhões de dólares, os primeiros 100 bilhões não necessariamente são gastos. Se eu reduzir meus impostos, e digamos que todos sejam por minha conta, em 100 bilhões, posso economizar parte disso com base nesta propensão marginal a consumir. Posso economizar, por exemplo, 20 bilhões de dólares e gastar os outros 80 bilhões. Com base neste modelo simplificado, você tem um impacto menor no valor total. Essa conclusão é muito importante! Para a política fiscal, temos gastos ou tributação. Mas você utiliza um multiplicador diferente para cada um. Com isso, não necessariamente esses multiplicadores são equivalentes. Espero que esta aula tenha lhe ajudado. Até a próxima, pessoal!