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Macroeconomia
Curso: Macroeconomia > Unidade 3
Lição 7: Autoajuste de longo prazoAutoajuste de longo prazo
Um choque de demanda tem um efeito de curto prazo em um produto e no desemprego; mas, no longo prazo, somente o nível de preços é afetado. Se houver um aumento na demanda agregada, o nível de preços aumentará. Depois que os salários se ajustam a essa inflação no longo prazo, a OACP diminui e faz a economia retornar ao produto do pleno emprego. Choques não causam crescimento econômico; apenas variações no produto do pleno emprego causam crescimento econômico.
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Transcrição de vídeo
RKA3JV - E aí, pessoal!
Tudo bem? Nesta aula, nós vamos estudar
ajuste de longo prazo. E, claro, muito do que vamos
ver neste vídeo se refere ao contexto dos Estados Unidos. Então, moeda, bancos e sistemas
de governos se referem a este país. E, para isso, temos um gráfico aqui que descreve uma economia
em equilíbrio de longo prazo. Observe que a curva de demanda agregada e a curva de oferta agregada
de curto prazo, se interceptam em um ponto que
representa o nível de preço de equilíbrio, que eu vou chamar de NP₁, e um nível de produção
de equilíbrio que é igual a Y₁. Mas o interessante é que por este ponto também passa a curva de oferta
agregada de longo prazo, e esta também é a produção
de pleno emprego. E, lembre-se, esta produção não significa
que todos estão empregados, apenas significa que o nível
de emprego é sustentável. E se por algum motivo a taxa
de desemprego fica maior, se torna algo insustentável
para a economia. Mas o que importa de fato neste vídeo, é o que acontece se a nossa curva
de demanda agregada muda no curto e no longo prazo. Vamos dizer que as coisas andam muito bem e que a demanda agregada aumente. E isso deixa todos bem otimistas
a ponto de que exija mais produção. O que acontece neste cenário? Temos um novo equilíbrio
de curto prazo e que representa um nível de preço
que eu vou chamar de NP₂, e um nível de produção de equilíbrio
que eu vou chamar de Y₂. O que acontece neste cenário, é que a curto prazo os preços vão subir, e aí os fornecedores de produção vão ter
uma demanda maior dos seus produtos e, consequentemente,
vão cobrar mais caro. Isso também aumenta a produção. Isso porque as pessoas não estão
apenas exigindo mais e mais produtos, mas também estão dispostas
a pagar mais por isso. Com isso, a saída vai além da nossa
produção de pleno emprego. Por causa disso, o desemprego
fica abaixo da nossa taxa sustentável. Ou seja, todas as pessoas, agora, ao invés de irem para a escola
ou fazerem outras atividades, estão conseguindo um emprego
ou algo do tipo. Isso é bem legal, correto? Mas o que acontece a longo prazo? Quando o contrato delas estiver acabando, vão pedir um aumento, já que a empresa está crescendo, correto? Com isso, o preço de trabalho cresce. E o que acontece com a curva de
oferta agregada de curto prazo? Sim, também vai aumentar. Cada vez mais as pessoas exigem
mais e mais dinheiro. E, com isso, esta curva vai aumentando até chegar no ponto em que temos o nosso
nível sustentável de produção novamente. O que aconteceu é que no início
tivemos uma inflação de preço e, com isso, a produção aumentou
acima do nível sustentável. E, com isso, os trabalhadores vão querer
mais e mais aumentos. Isso faz os preços subirem. E se esses preços estão subindo
cada vez mais, mesmo com essa curva de
demanda agregada alterada, talvez as pessoas digam: talvez eu não queira mais
tanto assim! Com isso, voltamos a este ponto aqui. E esta é o que chamamos de
curva de demanda agregada 2, que é quando todos ficaram
bastante otimistas. Com isso, chegamos a esta curva
de oferta agregada de curto prazo 2. E esta aqui é a 1. E nosso preço de equilíbrio agora
é um pouco mais alto. Eu vou chamá-lo de NP₃. Note que estamos de volta
à nossa produção de pleno emprego. Podemos chamar isso de Y₃,
que é igual ao Y₁. Ou seja, igual à nossa produção
de plano emprego inicial. O que você acabou de ver é conhecido como mecanismo
de autoajuste de longo prazo. Alguns economistas mostram,
usando este modelo simplificado, que esta é uma situação em que você está
acima da sua produção de pleno emprego. E que é algo normal, tudo vai
se ajustar a longo prazo. Com isso, o governo
não precisa interferir. Nos próximos vídeos, vamos falar a respeito de como os governos podem
querer intervir no mercado. Eu espero que esta aula
tenha lhes ajudado, e até a próxima, pessoal!