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Macroeconomia
Curso: Macroeconomia > Unidade 1
Lição 3: Vantagens comparativas e os ganhos com o comércio- Vantagem comparativa, especialização e ganhos com o comércio
- Vantagem comparativa e vantagem absoluta
- Custo de oportunidade e vantagem comparativa usando uma tabela do produto
- Termos de troca e os ganhos com o comércio
- Abordagem do insumo para determinação da vantagem comparativa
- Quando não há ganhos com o comércio
- Exemplo resolvido de vantagem comparativa
- Resumo da aula: vantagem comparativa e ganhos com o comércio
- Vantagens comparativas e os ganhos com o comércio
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Abordagem do insumo para determinação da vantagem comparativa
Neste vídeo, como os dados são fornecidos de uma maneira ligeiramente diferente, adotamos uma abordagem levemente distinta para determinar a vantagem comparativa. Em vez de saber quanto de dois bens pode ser produzido em um dia, sabemos quanto de um recurso (neste caso, o trabalho) é necessário para produzir uma unidade de um bem.
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Transcrição de vídeo
[RKA20C] E aí, pessoal?!
Tudo bem? Em outros vídeos, já falamos a respeito de fronteiras de possibilidades
e tabelas de produção para calcular os custos de oportunidade para produzir um determinado produto
em um determinado país. Utilizamos isso para falar a respeito
de vantagem comparativa. Mas, em vez de começarmos
com uma tabela de saída, vamos começar com uma
tabela de entrada. Nesta aula, vamos fazer algo parecido. Mas, em vez de começarmos
com uma tabela de saída, vamos começar com
uma tabela de entrada. Como assim? Aqui temos uma tabela que mostra
as horas trabalhadas por item por país. Então, em vez de ser
uma tabela de produção que mostra a quantidade de itens
produzidos por país por dia, aqui está mostrando quantas horas
um trabalhador no país A, por exemplo, leva para produzir
um carrinho de brinquedo. Essas duas horas de trabalho
são a entrada. Não estamos contando
o número de carros, por exemplo. Basicamente, a tabela mostra
quantas horas um país demora para construir um carro
de brinquedo. O país A também demora
uma hora para produzir um cinto. Já o país B, demora quatro horas
para produzir um carrinho e três horas para produzir um cinto. E o que vamos fazer agora
é converter isso para algo que estamos
mais familiarizados em um mundo de produção. Como assim? Vamos começar tentando descobrir
o que conseguimos produzir com 8 horas de trabalho por dia
em cada país. Será que, com isso, conseguimos criar
uma tabela de saída de produção, em que vamos pensar sobre a produção
no país A e no país B? O que estou querendo dizer é que, agora, vamos pensar em quantas
unidades desse produto um trabalhador pode produzir
por dia em cada país. De novo, temos carrinhos de brinquedo
nesta linha e cintos nesta aqui. A minha pergunta é: quantos brinquedos
por dia o país A consegue produzir? Pense nessa mesma pergunta para
os cintos e, também, para o país B. Sugiro que você pause o vídeo
e tente preencher isso sozinho. Vamos lá, então! Estamos pensando em quantos produtos
conseguimos fazer por dia. Deixa eu colocar isso aqui:
horas trabalhadas por dia. Mas, por que fazer isso? Porque, se você consegue
preencher essa tabela, a partir dela,
você consegue calcular o custo de oportunidade
de maneira tradicional. Com isso, conseguimos pensar em qual país tem uma
vantagem comparativa sobre o outro. Se o país A demora 2 horas
para produzir um carro de brinquedo, trabalhando 8 horas por dia em média, o trabalhador vai fazer
4 carros por dia. Note que
4 vezes 2 dá 8. Portanto, nesta tabela,
podemos colocar que o país A produz 4 carros
de brinquedo por dia. Se você quiser fazer isso
de maneira mais prática, basta pegar as 8 horas e dividir
pela quantidade de horas para produzir um brinquedo. Da mesma maneira,
se eu trabalho 8 horas por dia e levo uma hora para
produzir um cinto, então, vou produzir 8 cintos
em um dia. Podemos fazer a mesma coisa
com o país B. Sugiro que você pause o vídeo
e tente fazer sozinho. Vamos lá, então! O país B leva 4 horas
para produzir um carrinho de brinquedo
por trabalhador, correto? Isso significa que,
em 8 horas, ele vai produzir 2 carrinhos de brinquedo
por dia por trabalhador. Se leva 3 horas
para produzir 1 cinto, em 8 horas, ele vai produzir
8/3 de cintos. Como você pode ver,
conseguimos facilmente ir de uma tabela de entrada
para uma tabela de saída. Fazemos isso porque aqui conseguimos
calcular de forma mais prática o custo de oportunidade,
que é o que vamos fazer agora. Deixa eu colocar isso aqui:
"custo de oportunidade". Vou fazer outra tabela aqui
para ficar melhor. Tenho as minhas linhas,
as minhas colunas, o país A, o país B, os carrinhos bem aqui
e os cintos aqui. Sugiro que você pause o vídeo e tente
descobrir qual é o custo de oportunidade dadas essas informações. Lembre-se, você utilizou esta tabela
para achar esta, e vai utilizá-la para
determinar esta outra. Vamos fazer isso juntos, então. Qual é o custo de oportunidade
de carrinhos de brinquedo no país A? Uma maneira de pensar nisso é:
o país A, se utilizar toda a sua energia, todo o seu empenho, consegue
produzir 4 carrinhos, correto? Posso colocar isso como 4C. Ou, então, ele pode focar toda
a sua energia, todo seu empenho, e produzir 8 cintos,
que posso chamar de CI. Se dividirmos ambos
os membros desta equação por 4, ficamos com C = 2CI. Portanto, o custo de oportunidade
vai ser de 2 cintos. E podemos voltar nesta equação, dividir ambos os membros dela por 8, e resolver para os cintos. Com isso, ficamos com ½, que multiplica os carrinhos de brinquedo, igual a CI. Portanto, o custo de oportunidade de
1 cinto é de ½ carrinho de brinquedo. Como já falamos, esses
custos de oportunidades são opostos, e podemos fazer o mesmo
para o país B. Sugiro que você pause o vídeo
e tente fazer isso sozinho. No país B, a energia que você
gasta para produzir 2 carrinhos é a mesma que você gasta
para produzir 8/3 de cintos. Se você dividir ambos
os membros dessa equação por 2 e simplificar, vai ficar com C = 4/3 CI. Então, no país B,
o custo de oportunidade para produzir carros de brinquedo
é 4/3 de cintos. Voltando nessa equação,
se multiplicarmos ambos os membros dela por 3/8, vamos ficar com 3/8,
que multiplica 2C, igual a 8/3 de CI
vezes 3/8. Podemos cancelar este 8/3
com este 3/8. E aqui 3 vezes 2 vai dar 6, e dividimos por 8. Então, 6/8 de C,
que podemos simplificar e ficar com 3/4 de C,
que é igual a CI. Então, o custo de oportunidade no país B
para produzir cintos é 3/4 de carrinhos de brinquedo. Com isso feito, qual país
tem vantagem comparativa em carrinhos de brinquedo,
por exemplo? Basta olharmos para o custo
de oportunidade e compará-los. No país A, o custo de oportunidade
é de 2 cintos. Já no país B, é 4/3 de
carrinhos de brinquedo. Como 4/3 é menor, o país A
tem um custo de oportunidade menor e, por isso, tem uma vantagem
comparativa em relação aos carrinhos. Já em relação aos cintos,
3/4 é maior que ½, correto? Com isso, o país A possui um menor
custo de oportunidade para os cintos e, portanto, tem uma vantagem
comparativa para os cintos. Outra maneira de pensar
nisso é: o país B tem uma vantagem comparativa
em carros de brinquedo. Ele tem um custo de oportunidade menor
em carros de brinquedo, embora o país A tenha
vantagem absoluta. Seus trabalhos são eficientes
na produção de carrinhos. Um trabalhador pode produzir,
por exemplo, 4 carrinhos no país A
contra 2 no país B. Mas apesar disso,
devido ao custo de oportunidade, faria sentido que o país B
se concentrasse nos carrinhos, e que o país A
se concentrasse nos cintos. Mas o interessante desta aula é que, se estamos pensando
em vantagem comparativa, se não tivermos uma
tabela de saída de cara, podemos utilizar a tabela de entrada
para achá-la. Com isso, conseguimos calcular
o custo de oportunidade e, assim, descobrir qual país tem
vantagem comparativa sobre o outro. Espero que esta aula tenha lhe ajudado. Até a próxima, pessoal!