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Macroeconomia
Curso: Macroeconomia > Unidade 1
Lição 3: Vantagens comparativas e os ganhos com o comércio- Vantagem comparativa, especialização e ganhos com o comércio
- Vantagem comparativa e vantagem absoluta
- Custo de oportunidade e vantagem comparativa usando uma tabela do produto
- Termos de troca e os ganhos com o comércio
- Abordagem do insumo para determinação da vantagem comparativa
- Quando não há ganhos com o comércio
- Exemplo resolvido de vantagem comparativa
- Resumo da aula: vantagem comparativa e ganhos com o comércio
- Vantagens comparativas e os ganhos com o comércio
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Quando não há ganhos com o comércio
Em uma aula anterior, aprendemos que há potencial para dois países ganharem com o comércio. Mas também é possível que não haja potencial para ganhar com ele. Neste vídeo, exploramos a circunstância que faria que com que não houvesse ganhos com o comércio.
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Transcrição de vídeo
RKA2JV - E aí, pessoal!
Tudo bem? Nesta aula, vamos mostrar quando
não temos ganhos com o comércio. Para isso, vamos imaginar que estamos
em um mundo muito simplificado, onde temos apenas dois países:
o País A e o País B. E cada um deles é capaz
de produzir maçãs, ou bananas, ou alguma combinação
entre elas. Aqui temos uma
tabela que mostra que se o País A dedicar todo
o seu empenho para produzir maçãs, ele consegue
produzir 3. E, caso ele dedique toda
sua produção a bananas, ele vai conseguir produzir
6 bananas em um dia. Enquanto o País B consegue produzir
2 maçãs em um dia, ou 4 bananas. Sabendo disso, quem tem a vantagem
comparativa nas bananas e nas maçãs, e como podem
negociá-las? Eu sugiro que você pause o vídeo
e tente pensar a respeito disso. Vamos lá, então. Quando estamos pensando em vantagem
comparativa, o que queremos saber é: qual é o custo
de oportunidade de produzir uma maçã
ou uma banana em cada país? Deixe-me colocar isso aqui, então:
custo de oportunidade. Então, qual seria o custo de oportunidade
de uma maçã no País A? Bem, para produzir 3 maçãs, eles vão
ter que deixar de produzir 6 bananas. Isso significa que, por cada maçã,
eles estão desistindo de 2 bananas. Então, o custo de oportunidade
de 1 maçã é de 2 bananas. E o custo de oportunidade das bananas
vai ser o oposto disso, então, 1/2 maçã
por banana. Seguindo para o País B,
podemos fazer um cálculo semelhante. Qual é o custo de oportunidade
das maçãs do País B? Uma maneira de pensar
a respeito disso é: se o País B produz 2 maçãs,
então, ele precisa desistir de 4 bananas, que é o mesmo que desistir
de 2 bananas por maçã. Então, o custo de oportunidade de maçãs
no País B é de 2 bananas por maçã. E qual é o custo de oportunidade
de bananas no País B? Para produzir 4 bananas,
esse país vai ter que desistir de produzir
2 maçãs, correto? Portanto, o custo de oportunidade
vai ser 1/2 maçã por banana. Note que interessante: ambos os países têm o mesmo
custo de oportunidade de maçãs
em termos de bananas e o mesmo custo de oportunidade
de bananas em termos de maçãs. Deixe-me escrever isso aqui. Quando temos o mesmo
custo de oportunidade, então, não há vantagem
comparativa em qualquer um. Portanto, baseado
no nosso modelo, conseguimos concluir que
não há ganhos com o comércio. E podemos pensar nisso
de outra maneira. Talvez vai ficar
mais fácil de entender. Deixe-me colocar aqui
um eixo de coordenadas. Aqui o eixo vertical
e aqui o eixo horizontal. Vamos ter o eixo das maçãs
por dia bem aqui, no eixo horizontal, e aqui o eixo
das bananas por dia. Se você olhar
o País A, veja que, se eles colocam todo
o empenho de produção nas maçãs, eles vão conseguir produzir
1, 2, 3 maçãs por dia, correto? Mas, se esse mesmo País A dedicar todo
o seu empenho na produção de bananas, eles vão conseguir produzir
2, 4, 6 bananas no total, correto? Vou até colocar as outras marcações
aqui no meio, também. Você pode fazer isso para ficar
mais fácil construir esse gráfico. Então, se o País A coloca todo o seu
empenho na produção de bananas, eles vão conseguir
produzir 6 bananas. Com isso, a curva de
possibilidades de produção (assumindo que
é uma troca linear) vai ser algo mais
ou menos assim. A inclinação desta reta
representa o custo de oportunidade. Ou seja, se aumentarmos as maçãs em 1,
estamos diminuindo as bananas em 2. Por causa disso, temos uma inclinação
igual a -2 bananas por maçã. E a inclinação é negativa
porque a reta é decrescente. Este custo de oportunidade
está indicando que, toda vez que
eu queira mais maçãs, eu preciso desistir
cada vez mais de bananas. Pensando no País B, eles podem
produzir 4 bananas, ou 2 maçãs, ou até mesmo as duas, desde que desistam de alguma
quantidade pela outra. A curva de possibilidades
de produção é mais ou menos esta, que tem a mesma
inclinação da outra. Ou seja, o custo
de oportunidade é o mesmo. Por causa disso,
podemos concluir que não há um ganho com
o comércio entre os dois países. Lembre-se: o objetivo principal
da vantagem comparativa e do comércio é que ambos os países
se beneficiem. E, como vimos neste exemplo,
existem situações em que dois países não se beneficiam
porque têm o mesmo custo de oportunidade. E claro, pode até
haver casos onde esses custos
de oportunidade são diferentes e não há um ganho
de comércio entre esses países. Quem sabe os países não conheçam
o custo de oportunidade um do outro, ou então um país não queira
produzir bananas, ou coisa do tipo. Mas o mais comum para
não ter ganhos com o comércio é o custo de oportunidade
de ambos os países ser igual. Eu espero que esta aula
tenha lhes ajudado, e até a próxima, pessoal!