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Macroeconomia
Curso: Macroeconomia > Unidade 1
Lição 2: Custo de oportunidade e a curva de possibilidades de produção- Curva de possibilidades de produção
- Custo de oportunidade
- Custo de oportunidade crescente
- CPPs de custos de oportunidade crescentes, decrescentes e constantes
- Curva de possibilidades de produção como um modelo da economia de um país
- Resumo da aula: custo de oportunidade e a CPP
- Custo de oportunidade e a CPP
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Curva de possibilidades de produção como um modelo da economia de um país
Este vídeo explica como o modelo da curva de possibilidades de produção pode ser usado para ilustrar variações no nível do produto real e potencial de um país. Os conceitos trabalhados aqui incluem eficiência, ineficiência, crescimento econômico, e contração e recessão. Quando uma economia está em recessão, ela está operando dentro da CPP. Quando a economia está em pleno emprego, ela opera sobre a CPP.
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Transcrição de vídeo
RKA3JV - Olá, tudo bem? Era uma vez um país chamado Utilândia. E faz de conta que a Utilândia é uma grande produtora de
dois bens: garfos e colheres. Então, aqui na vertical, temos a coordenada dos garfos e aqui na horizontal
a coordenada das colheres. A indústria Utilandeza pode
escolher produzir só garfos. E aí, todos os seus recursos serão
usados na produção de garfos. Ou pode escolher produzir só colheres. E aí, todos os recursos, as matérias-primas, os insumos, serão direcionados para
a produção das colheres. Mas a produção da Utilândia também pode tentar combinar os recursos, de modo a produzir tanto
garfos quanto colheres. Os recursos são limitados, então se a Utilândia quer
combinar esta produção, tem que entender que não vai poder
produzir a mesma quantidade de garfos que produziria se estivesse
produzindo só garfos, e a mesma quantidade de colheres que produziria se estivesse
produzindo só colheres. A Utilândia vai ter que equilibrar
o uso desses recursos, de modo que possa produzir
tanto garfos quanto colheres. Bom, parece lógico que
com recursos limitados, ao produzir mais garfos a Utilândia
produzirá menos colheres, certo? E que quanto mais colheres
foram produzidas, menor será a produção dos garfos. Isso daria para a gente uma curva,
mais ou menos, assim. Muito bem, esta é a curva
de possibilidade de produção da Utilândia. Mas é claro que este é só um exemplo. Os países são, obviamente,
muito mais complexos. E não produzem apenas uma
combinação de dois bens ou uma combinação só
de garfos e colheres. Mas, exatamente, por ser
um exemplo, este modelo nos ajuda a entender perfeitamente como
se estabelece a CPP, e como se organiza a produção nos países. Agora, para entender mesmo esta
curva de possibilidade de produção, é preciso avaliar a lucratividade
da produção do país. Se a Utilândia, ou o Brasil, os Estados Unidos, ou Azerbaijão
usarem seus recursos de forma eficiente, então eles produzirão os bens dentro de uma curva de
possibilidade de produção. No caso da Utilândia, se eles produzirem uma combinação
como esta de garfo e de colheres, vamos chamar este
ponto aqui de "x" ou qualquer combinação
que fique nesta curva, este ponto ou este, se a produção se encaixar nesta curva que combina os recursos de modo que a produção
de garfos e de colheres seja a mais adequada possível
às demandas do mercado, então, eles produzirão de forma eficiente. Agora, imagine que a Utilândia
enfrenta algum tipo de recessão. Sei lá, por algum motivo,
a Utilândia não consegue usar todos os seus recursos
de forma eficiente. Ao falar de recursos,
estamos falando de terras, estamos falando de materiais, de capacidade produtiva. Digamos que houve este problema causado por questões territoriais
ou por algum evento natural ou por problemas econômicos,
não importa. O que importa é pensarmos
que este problema, qualquer que tenha sido,
impediu a indústria Utilandeza de produzir garfos e
colheres com eficiência. Agora eles não produzem mais
nesta curva, mas fora dela. Aqui, por exemplo, vamos chamar
este ponto de "z". Aqui a gente pode perceber que são produzidos menos
garfos e menos colheres do que todo o potencial de produção
que a Utilândia tem. E isso caracteriza um uso
ineficiente dos recursos. Bom, aí você pode pensar. Se produzir menos é
um exemplo de ineficiência, produzir mais seria um
exemplo de supereficiência? Vamos ver! Estamos do lado de cá da curva agora. Aqui, por exemplo, vamos chamar
este ponto de "A". Produzir neste ponto seria
um exemplo de maior eficiência? Olha só, o que este ponto nos mostra? Ele nos mostra que a Utilândia não tem
recursos disponíveis para atingi-lo. E que só poderia chegar aqui se deslocasse sua curva de
possibilidade de produção para cá. Ou seja, ela teria que
ampliar seus recursos, gerar maior riqueza, mais terra, mais capital, mais trabalho. Se a Utilândia não puder ampliar seu
potencial de produção para este ponto, então ele é inacessível. Não seria uma supereficiência,
porque a indústria Utilandeza simplesmente não conseguiria
chegar até ele como os recursos de que hoje dispõe. Mas vamos além! E se o governo Utilandez quisesse
que a Utilândia chegasse a este ponto? Se chegasse aqui, a Utilândia
se tornaria um país mais rico. Então, se eles quiserem
realmente enriquecer e alcançar este ponto de produtividade,
terão que investir, terão que aumentar
os recursos disponíveis, ampliar a produtividade, gerar mais emprego. Estas reflexões nos
indicam dois cenários. Vamos pensar sobre eles. Digamos que no cenário 1, a Utilândia facilite os
investimentos externos, traga novas fábricas para o país,
invista em educação, forme profissionais mais qualificados para trabalhar na produção
de garfos e colheres. Vamos imaginar que estes
profissionais gerem inovações e que estas inovações contribuam para tornar a indústria Utilandeza
mais produtiva, enfim. Agora, temos uma curva de
possibilidade de produção nova, mais ampla, porque os recursos são maiores e a capacidade de produção
da Utilândia é maior. Agora eles conseguem produzir
mais garfos e mais colheres, porque têm mais recursos disponíveis. Não estamos falando só de
mais matéria-prima, não! Estamos falando de mais terras,
por exemplo. Indústrias que se estabelecem
em novas localidades, ocupam novos espaços do território e acabam levando progresso e crescimento a mais cidades, a mais regiões. Estamos falando de capital. Indústrias mais modernas,
com novos maquinários, mais investimentos,
que pagam melhores salários. Aliás, melhores salários que são pagos
a empregados mais bem capacitados, que produzem mais,
trabalham melhor. O trabalho é outro recurso
muito importante neste caso. E a tecnologia, claro. Trabalhadores mais bem capacitados
são capazes de inovar, usar melhor as tecnologias, produzir mais com
menor esforço físico. Mas este é o cenário bacana. É o cenário em que a CPP
apresenta crescimento. Só que a gente precisa imaginar
o segundo cenário. O cenário não tão bacana assim. Imagine que por causa das matérias-primas necessárias à produção dos
garfos e das colheres, a Utilândia entre em guerra
contra a Facalândia. E a Facalândia envie seus bombardeios e destrua algumas das
fábricas da Utilândia, e os exércitos da Facalândia e da
Utilândia se enfrentem nas fronteiras. O que que vai acontecer com
a CPP em um caso destes? A curva de possibilidade de produção
vai recuar, não vai? Não parece lógico? Agora, os recursos se
tornaram mais escassos. Há fábricas destruídas que
não podem produzir. O capital não é suficiente para reconstruir todas as fábricas
ao mesmo tempo. Há conflitos territoriais. Os trabalhadores que poderiam
estar produzindo o garfo, que poderiam estar produzindo colheres, agora estão guerreando contra
a Facalândia para defender o país. Sem contar que toda guerra é demorada e isso pode atrapalhar muito os
investimentos tecnológicos na Utilândia. Então, é um problemão que
o país inteiro está enfrentando. Neste segundo cenário, todo horroroso, a CPP sofre uma retração,
há recessão. E a curva de possibilidade de produção
agora se reduz para este patamar, porque este é o patamar que
define o que a Utilândia, no meio desta guerra toda,
pode efetivamente produzir. O que fica de tudo isso
que vimos é que a CPP, ou a curva de possibilidade de produção, reflete o potencial produtivo
de uma nação. E encontrar o limite ideal desta produção, significa atingir a eficiência
produtiva do país. Se um país produz menos do que poderia, está sendo ineficiente. E se quiser produzir mais do
que pode, precisará investir, precisará aumentar os recursos
disponíveis para alcançar este objetivo. Muito bem, isto era o que
tínhamos para mostrar. Espero que você tenha gostado do que viu. Um grande abraço, e a gente
se encontra por aí. Até mais!