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Curva de possibilidades de produção como um modelo da economia de um país

Este vídeo explica como o modelo da curva de possibilidades de produção pode ser usado para ilustrar variações no nível do produto real e potencial de um país. Os conceitos trabalhados aqui incluem eficiência, ineficiência, crescimento econômico, e contração e recessão. Quando uma economia está em recessão, ela está operando dentro da CPP. Quando a economia está em pleno emprego, ela opera sobre a CPP. 

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Transcrição de vídeo

RKA3JV - Olá, tudo bem? Era uma vez um país chamado Utilândia. E faz de conta que a Utilândia é uma grande produtora de dois bens: garfos e colheres. Então, aqui na vertical, temos a coordenada dos garfos e aqui na horizontal a coordenada das colheres. A indústria Utilandeza pode escolher produzir só garfos. E aí, todos os seus recursos serão usados na produção de garfos. Ou pode escolher produzir só colheres. E aí, todos os recursos, as matérias-primas, os insumos, serão direcionados para a produção das colheres. Mas a produção da Utilândia também pode tentar combinar os recursos, de modo a produzir tanto garfos quanto colheres. Os recursos são limitados, então se a Utilândia quer combinar esta produção, tem que entender que não vai poder produzir a mesma quantidade de garfos que produziria se estivesse produzindo só garfos, e a mesma quantidade de colheres que produziria se estivesse produzindo só colheres. A Utilândia vai ter que equilibrar o uso desses recursos, de modo que possa produzir tanto garfos quanto colheres. Bom, parece lógico que com recursos limitados, ao produzir mais garfos a Utilândia produzirá menos colheres, certo? E que quanto mais colheres foram produzidas, menor será a produção dos garfos. Isso daria para a gente uma curva, mais ou menos, assim. Muito bem, esta é a curva de possibilidade de produção da Utilândia. Mas é claro que este é só um exemplo. Os países são, obviamente, muito mais complexos. E não produzem apenas uma combinação de dois bens ou uma combinação só de garfos e colheres. Mas, exatamente, por ser um exemplo, este modelo nos ajuda a entender perfeitamente como se estabelece a CPP, e como se organiza a produção nos países. Agora, para entender mesmo esta curva de possibilidade de produção, é preciso avaliar a lucratividade da produção do país. Se a Utilândia, ou o Brasil, os Estados Unidos, ou Azerbaijão usarem seus recursos de forma eficiente, então eles produzirão os bens dentro de uma curva de possibilidade de produção. No caso da Utilândia, se eles produzirem uma combinação como esta de garfo e de colheres, vamos chamar este ponto aqui de "x" ou qualquer combinação que fique nesta curva, este ponto ou este, se a produção se encaixar nesta curva que combina os recursos de modo que a produção de garfos e de colheres seja a mais adequada possível às demandas do mercado, então, eles produzirão de forma eficiente. Agora, imagine que a Utilândia enfrenta algum tipo de recessão. Sei lá, por algum motivo, a Utilândia não consegue usar todos os seus recursos de forma eficiente. Ao falar de recursos, estamos falando de terras, estamos falando de materiais, de capacidade produtiva. Digamos que houve este problema causado por questões territoriais ou por algum evento natural ou por problemas econômicos, não importa. O que importa é pensarmos que este problema, qualquer que tenha sido, impediu a indústria Utilandeza de produzir garfos e colheres com eficiência. Agora eles não produzem mais nesta curva, mas fora dela. Aqui, por exemplo, vamos chamar este ponto de "z". Aqui a gente pode perceber que são produzidos menos garfos e menos colheres do que todo o potencial de produção que a Utilândia tem. E isso caracteriza um uso ineficiente dos recursos. Bom, aí você pode pensar. Se produzir menos é um exemplo de ineficiência, produzir mais seria um exemplo de supereficiência? Vamos ver! Estamos do lado de cá da curva agora. Aqui, por exemplo, vamos chamar este ponto de "A". Produzir neste ponto seria um exemplo de maior eficiência? Olha só, o que este ponto nos mostra? Ele nos mostra que a Utilândia não tem recursos disponíveis para atingi-lo. E que só poderia chegar aqui se deslocasse sua curva de possibilidade de produção para cá. Ou seja, ela teria que ampliar seus recursos, gerar maior riqueza, mais terra, mais capital, mais trabalho. Se a Utilândia não puder ampliar seu potencial de produção para este ponto, então ele é inacessível. Não seria uma supereficiência, porque a indústria Utilandeza simplesmente não conseguiria chegar até ele como os recursos de que hoje dispõe. Mas vamos além! E se o governo Utilandez quisesse que a Utilândia chegasse a este ponto? Se chegasse aqui, a Utilândia se tornaria um país mais rico. Então, se eles quiserem realmente enriquecer e alcançar este ponto de produtividade, terão que investir, terão que aumentar os recursos disponíveis, ampliar a produtividade, gerar mais emprego. Estas reflexões nos indicam dois cenários. Vamos pensar sobre eles. Digamos que no cenário 1, a Utilândia facilite os investimentos externos, traga novas fábricas para o país, invista em educação, forme profissionais mais qualificados para trabalhar na produção de garfos e colheres. Vamos imaginar que estes profissionais gerem inovações e que estas inovações contribuam para tornar a indústria Utilandeza mais produtiva, enfim. Agora, temos uma curva de possibilidade de produção nova, mais ampla, porque os recursos são maiores e a capacidade de produção da Utilândia é maior. Agora eles conseguem produzir mais garfos e mais colheres, porque têm mais recursos disponíveis. Não estamos falando só de mais matéria-prima, não! Estamos falando de mais terras, por exemplo. Indústrias que se estabelecem em novas localidades, ocupam novos espaços do território e acabam levando progresso e crescimento a mais cidades, a mais regiões. Estamos falando de capital. Indústrias mais modernas, com novos maquinários, mais investimentos, que pagam melhores salários. Aliás, melhores salários que são pagos a empregados mais bem capacitados, que produzem mais, trabalham melhor. O trabalho é outro recurso muito importante neste caso. E a tecnologia, claro. Trabalhadores mais bem capacitados são capazes de inovar, usar melhor as tecnologias, produzir mais com menor esforço físico. Mas este é o cenário bacana. É o cenário em que a CPP apresenta crescimento. Só que a gente precisa imaginar o segundo cenário. O cenário não tão bacana assim. Imagine que por causa das matérias-primas necessárias à produção dos garfos e das colheres, a Utilândia entre em guerra contra a Facalândia. E a Facalândia envie seus bombardeios e destrua algumas das fábricas da Utilândia, e os exércitos da Facalândia e da Utilândia se enfrentem nas fronteiras. O que que vai acontecer com a CPP em um caso destes? A curva de possibilidade de produção vai recuar, não vai? Não parece lógico? Agora, os recursos se tornaram mais escassos. Há fábricas destruídas que não podem produzir. O capital não é suficiente para reconstruir todas as fábricas ao mesmo tempo. Há conflitos territoriais. Os trabalhadores que poderiam estar produzindo o garfo, que poderiam estar produzindo colheres, agora estão guerreando contra a Facalândia para defender o país. Sem contar que toda guerra é demorada e isso pode atrapalhar muito os investimentos tecnológicos na Utilândia. Então, é um problemão que o país inteiro está enfrentando. Neste segundo cenário, todo horroroso, a CPP sofre uma retração, há recessão. E a curva de possibilidade de produção agora se reduz para este patamar, porque este é o patamar que define o que a Utilândia, no meio desta guerra toda, pode efetivamente produzir. O que fica de tudo isso que vimos é que a CPP, ou a curva de possibilidade de produção, reflete o potencial produtivo de uma nação. E encontrar o limite ideal desta produção, significa atingir a eficiência produtiva do país. Se um país produz menos do que poderia, está sendo ineficiente. E se quiser produzir mais do que pode, precisará investir, precisará aumentar os recursos disponíveis para alcançar este objetivo. Muito bem, isto era o que tínhamos para mostrar. Espero que você tenha gostado do que viu. Um grande abraço, e a gente se encontra por aí. Até mais!