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Macroeconomia
Curso: Macroeconomia > Unidade 2
Lição 4: Inflação- Introdução à inflação
- Cesta real de bens que compõem o IPC
- Dados da inflação
- Deflação
- Exemplo de cálculo de IPC e inflação
- Estagflação
- Espiral deflacionária
- Rastreando a inflação
- Como se medem mudanças no custo de vida
- Como os Estados Unidos e outros países vivenciam a inflação
- A confusão sobre a inflação
- Resumo da aula: índices de preço e inflação
- Índice de Preço ao Consumidor (IPC)
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Exemplo de cálculo de IPC e inflação
Neste vídeo, resolvemos um exercício para praticar o cálculo do IPC e da inflação.
Quer participar da conversa?
- Se a "Taxa de Inflação" mede a VARIAÇÃO PERCENTUAL entre os níveis de preço ao longo do tempo, o cálculo da alínea d está incorreto. Nesse caso, a inflação teria sido de 24%, e não 124%, como mostrado no vídeo (5m:06s)!(1 voto)
- Exatamente. A resposta D está errada. A inflação foi de 24% e não 124%. Para ser de 124% os preços mais do que teriam que dobrar, o que só de bater o olho já dá para perceber que não aconteceu(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA3JV - O IPC ou o índice de preços
ao consumidor é usado para medir o custo de uma
cesta básica de bens de consumo. Digamos que a família típica de
Pindorama compra 4 pães, 3 potes de margarina
e 8 livros por semana. Os preços destes produtos nos anos
de 2018, 2019 e 2020 podem ser observados na tabela abaixo. Na sequência, temos algumas questões. Qual é o IPC em 2020,
usando 2019 como ano-base? Qual é o IPC de 2018,
usando 2019 como ano-base? Qual a taxa de inflação
entre 2018 e 2019? Qual a taxa de inflação
entre 2019 e 2020? E como última pergunta,
uma reflexão. Por que a taxa de inflação
observada entre 2019 e 2020 pode mudar o custo
de vida das famílias? Agora, pause o vídeo e veja se você consegue responder
tudo isto antes de eu continuar. Muito bem, vamos fazer estes
cálculos passo a passo, ok? As duas primeiras questões, pedem que calculemos
o IPC em 2020 e em 2018, adotando 2019 como
ano-base, certo? Então, como fazemos isso? Eu vou criar uma coluna
nova aqui ao lado, e esta vai ser a coluna
do custo de vida. Nós sabemos que as famílias
de Pindorama compram 4 pães, 3 potes de margarina
e 8 livros por semana. Beleza! Cada pão custava 1 dinheiro
em 2018, certo? Então, 4 vezes 1 igual a 4. As famílias compravam 3 potes
de margarina em 2018 e cada pote custava 3 dinheiros. 3 vezes 3 igual a 9. 4 mais 9 igual a 13. E as famílias compravam
8 livros por semana em 2018. Que bom, hein! As pessoas lá de Pindorama
gostam muito de ler! Então, temos aqui 8 vezes 10
igual a 80, com os 13 somamos 93. Muito bem, 93 dinheiros
era o custo da cesta básica semanal das famílias de Pindorama em 2018. E em 2019? A cesta básica é a mesma, o que muda são os preços dos produtos. Os pães, agora,
custam 2 dinheiros. Então, 4 vezes 2
é igual a 8. Os potes de margarina custam,
em 2019, 6 dinheiros. 3 vezes 6 igual a 18. E os livros passaram
a custar 20 dinheiros. 8 vezes 20 igual a 160. Olha só, somando o que as
famílias passaram a gastar para suprir suas necessidades
de consumo em 2019, temos 8 + 18 + 160,
isto dá 186. Beleza, agora vamos fazer
a mesma coisa em 2020. Você já sabe,
4 vezes 3 igual a 12, 3 vezes 6 igual a 18,
8 vezes 25 igual a 200 12 mais 18 é igual a 30, mais 200, é igual a 230. Com estes dados,
agora podemos calcular o IPC. Nosso ano-base é 2019, certo? Então, 2019 equivale a 100%. O cálculo do IPC considera
o custo de vida de um ano, dividido pelo custo de vida
do ano-base vezes 100. 2019 é o ano-base. Então, o cálculo aqui seria
186/186 = 1, vezes 100 igual a 100.
Por isso, 100%. E nos outros anos? Em 2018, o custo de vida era de 93.
O custo do ano-base é 186. 93 é metade de 186. Então, 93/186 é 0,5,
vezes 100 é igual a 50. O custo da cesta básica em 2020 foi 230, dividido por 186,
vamos ver quanto dá isso. Faça aí na sua calculadora! Você vai ver que 230 por 186
não dá um número inteiro. 1,24, mais ou menos. 1,24 vezes 100. E temos um IPC de, aproximadamente,
124 em 2020. Então, em "a", temos: calcule o IPC de 2020
usando 2019 como ano-base. 124. Em "b", calcule o IPC de 2018,
usando 2019 como base, 50. Em "c", é pedido que calculemos
a taxa de inflação entre 2018 e 2019. Se você observar, verá que IPC passou de 50 em 2018 para 100 em 2019. Ou seja, os preços dobraram
de um ano para o outro. Olha lá! O pão era 1, passou para 2. A margarina passou de 3 para 6. Os livros foram de 10 para 20. Inflação é o crescimento dos preços, e os preços destes bens simplesmente
dobraram de 2018 para 2019. Inflação 100%. Bom, e em "d"? Aí temos que avaliar
o IPC de 2019 e o de 2020. Então, vemos que de 100,
os preços subiram para 124. É como se multiplicássemos
100 por 1,24. Então, podemos afirmar que
o crescimento da inflação de 2019 para 2020 foi de 124%. Finalmente, em "e", temos que avaliar por que
essa taxa de inflação, observada entre 2019 e 2020, poderá provocar
mudanças consideráveis no custo de vida das famílias
de Pindorama. Estamos nos referindo
à questão "d", certo? Então, que tal dar aquela
pausa no vídeo e ver se você consegue
responder esta questão. Pois bem, chegou a uma conclusão? Olha é simples, veja só! O pão passou de 2 para 3
dinheiros em 2020, não passou? O preço do pão cresceu 50%
de um ano para o outro. E os livros? Eram 20 dinheiros em 2019,
são 25 em 2020. 5 dinheiros a mais equivalem
a um aumento de 25% no preço dos livros, certo? Só que, olha só, o preço
da margarina não cresceu! Aliás, nem mudou. Um pote de margarina
em 2020 custava a mesma coisa que um pote de margarina em 2019. O crescimento foi zero. Dá para imaginar o cenário? As famílias consomem 4 pães e os pães agora são 50% mais caros
do que eram no ano passado. As famílias consomem 8 livros por semana e os livros ficaram 25% mais caros
do que no ano anterior. E as famílias consomem
3 potes de margarina que têm exatamente o mesmo preço
que tinham no ano passado. Isso pode mudar radicalmente
a cesta básica das famílias de Pindorama. Talvez elas passem até a consumir
menos pães e menos livros e aumentem o consumo
de margarina. Poderíamos escrever assim, a cesta básica pode se alterar
dando maior peso aos bens cujos preços sofreram menor
impacto inflacionário como, por exemplo, a margarina. Porque estes preços parecem relativamente mais baratos
para o consumidor. Esta última questão vale a pena
a gente lembrar que o IPC não é um indicador perfeito. Se há itens diferentes na cesta básica e os preços desses itens
variam individualmente, então, não dá para dizer que
os itens destas cestas serão sempre consumidos
da mesma forma ou nas mesmas quantidades. Por isso, esta cesta tem que ser revista e reequilibrada constantemente. Muito bem, ficamos por aqui. Eu espero que você tenha entendido como funciona o cálculo
do IPC da inflação. Até mais!