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Investimento e consumo

O que um economista quer dizer quando ele afirma que o conceito de "investimento" é diferente daquele usado pela maioria das pessoas em conversas do dia a dia. Neste vídeo, aprofunde-se mais na categoria de investimento do PIB real. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA3JV Neste vídeo, a gente vai pensar um pouco sobre a diferença entre investimento e consumo. E vamos pensar nessa diferença em dois contextos diferentes. Um eu vou chamar de contexto cotidiano, em que a gente vai ver uma linguagem mais comum. E o outro de contexto econômico, e aí vamos falar em termos mais específicos. Porque esses termos têm um significado bem singular para um economista. É importante que eles sejam singulares, porque a gente vai começar a usar essas terminologias, essas classificações para entender de onde vem o PIB. E aqui, então, a gente vai falar em termos comuns, como a gente faria no dia a dia. E aqui, em termos mais específicos, principalmente no contexto da contabilização do PIB. Em ambos os casos, a gente pode ver um investimento como uma coisa que você faz para ter um ganho futuro. Então, por exemplo, se eu construir uma casa hoje. Bem, a casa vai continuar existindo e esse é um investimento, porque eu vou ter um ganho futuro. Daqui a um ano, eu ainda vou estar morando nela, então vou ter economizado em aluguel, por exemplo. Daqui a dois anos, ela ainda vai me dar algum tipo de ganho. Ou, então, você pode ter um instrumento financeiro, sei lá, algum tipo de dívida, você está emprestando dinheiro para alguém. Então, você comprou títulos, por exemplo, e esse investimento no sentido cotidiano, porque ao comprar aquela ação, ela vai te render alguma coisa no futuro, juros ou algum lucro. Outro investimento que eu consideraria cotidiano seria, por exemplo, fazer faculdade. Se você investir seu tempo e energia com a educação, eventualmente, isso vai continuar te trazendo bons frutos. Espera-se que você consiga um emprego melhor, ou até um salário maior. Para o resto da sua vida, isso vai continuar trazendo ganhos. Então, essa é a noção cotidiana de investimentos. Agora, a noção cotidiana de consumo, ao meu ver, é o seguinte: você compra uma coisa e você vai usar essa coisa, esse objeto que você comprou. E isso vai te trazer algum benefício, pelo menos é esperado que sim, mas isso é mais uma coisa de curto prazo e é isso que eu consideraria consumo em termos cotidianos. Então, se você comprar um chocolate, por exemplo, e comer este chocolate, você vai ter consumido e não investido. Se você for ao cinema, sei lá, isso também é consumo. E aqui eu não estou fazendo nenhum julgamento de valor, de que um é melhor do que o outro. Não é nada disso! Se a gente pensar bem, aqui você está investindo para ter um ganho futuro que pode levar ao consumo. E no fim das contas, o consumo é uma das coisas que, talvez, torne a sua vida melhor. Então, não é que uma coisa é melhor do que a outra. Se você for ao cinema ou comprar um livro, você está consumindo. A gente pode até pensar que um comprar um livro estaria aqui em educação. Mas, vamos supor que não seja um livro educacional, então é consumo. Mas isso está te fazendo mais feliz, está fazendo sua vida melhor de alguma maneira. As definições econômicas estão relacionadas a essas definições cotidianas, mas elas são um pouco mais precisas. Com as definições econômicas, fica mais fácil contabilizar, mais fácil de acompanhar, principalmente se você for uma nação. Então, o economista definiria da seguinte maneira: investimento econômico seria gastar com um equipamento de capital, equipamentos de capital são, por exemplo, se você é uma fábrica, você tem que comprar os equipamentos para essa fábrica funcionar, então, você comprar as máquinas, a linha de montagem, e isso é o equipamento de capital, coisas tipo o inventário. Mas, veja, não é tão diferente daqui de cima. Tudo isso está sendo usado para produzir coisas no futuro, benefícios. Você compra este inventário, que talvez seja um material muito básico, e vai adicionar valor a ele. E daí, essas coisas vão produzir alguma coisa no futuro, isso inclui também coisas como a estrutura, os prédios mesmo. Tudo isso está sendo feito pelas empresas. E isso inclui também a única coisa que as famílias fazem, que é construir novas casas, e isso é das famílias. Mas a compra de uma casa não entra nem em consumo, nem em investimento, porque nada de novo foi produzido, só passou de um para o outro. Então, se a gente estiver falando de tudo isso, principalmente em termos econômicos, estamos falando de equipamentos de capital, novos inventários, novas estruturas, novas casas. Se você compra uma fábrica de outra pessoa, isso não acrescenta nada ao PIB. Não seria considerado nem investimento, nem consumo, porque eu estou simplesmente transferindo um bem de uma pessoa para outra. Ela só seria acrescida ao PIB quando ela é criada. E consumo é considerado qualquer gasto de famílias com bens finais novos ou serviços, exceto casas novas. O que é pouco intuitivo aqui é o seguinte: da maneira como o PIB é contabilizado, a taxa de matrícula que você gasta com educação, por exemplo, é considerado um gasto com um bem final novo. O serviço que você está recebendo com essa educação também é considerado consumo. Então, em termos econômicos, a educação estaria aqui. Mas, em termos cotidianos, eu a considero aqui deste lado. Vamos supor que você está comprando um carro, e não só por lazer, mas você precisa dele para trabalhar. Então, este é um argumento que colocaria este carro como um investimento no sentido cotidiano. Neste carro, você vai poder trabalhar todos os dias, e isso vai te trazer um ganho futuro. Então, seria um investimento. Mas, no sentido econômico, este carro vai estar bem aqui, você comprou um carro novo, e isso é considerado consumo. E a razão pela qual as coisas foram definidas dessa forma, pelo menos para mim, é porque é bem mais fácil de contabilizar. Se a gente observar os gastos das empresas, é fácil contabilizar, a gente chama de investimento, porque no fim das contas, tudo que as empresas estão gastando é porque elas estão produzindo algum bem ou serviço. Então, qualquer gasto de empresa é investimento. E, além disso, quando uma família adquire uma casa nova, isso também é investimento. E assim é bem mais fácil para o governo acompanhar o que está acontecendo. E todo o resto que as famílias fazem, a gente considera consumo. E a gente vai ver, nos próximos vídeos, que existem algumas outras categorias para falar das coisas que o governo faz. E aí, nós vamos ter que pensar em importação e exportação.