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Curso: Macroeconomia > Unidade 4
Lição 5: O mercado monetário- Curva da demanda de moeda no mercado monetário
- Taxas nominais de juros de equilíbrio no mercado monetário
- Oferta e demanda de moeda que impactam as taxas de juros
- Resumo da aula: o mercado monetário
- O mercado monetário: conceitos básicos
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Taxas nominais de juros de equilíbrio no mercado monetário
Onde são determinadas as taxas nominal e real de juros? No mercado monetário! Saiba mais sobre o mercado monetário neste vídeo.
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Transcrição de vídeo
RKA4JL - Olá!
Tudo bem com você? Você vai assistir agora
a mais uma aula de economia. Nesta aula vamos conversar sobre o equilíbrio
das taxas de juros nominais no mercado monetário. Mas antes de falar sobre isso
é importante lembrar que quando observamos
um gráfico de oferta e demanda que relaciona a taxa de juros nominais
com a quantidade de dinheiro teremos uma curva de demanda por moeda
tendo uma inclinação descendente. Inclusive eu já falei o porquê disso
em outros vídeos. Agora, o que talvez
você esteja se perguntando é "Bem, esse é um mercado, certo? Então deve ter algum
ponto de equilíbrio aqui, não é?" Sim, tem. E para encontrar esse ponto precisamos pensar
sobre a oferta de dinheiro. Em outros vídeos nós começamos
a pensar sobre a oferta de dinheiro e em outros momentos vamos pensar
sobre as diferentes políticas monetárias. Mas em um modelo clássico presumimos
uma oferta de moeda perfeitamente inelástica. Sabendo disso, vamos traçar uma reta
vertical para representar isso. Ah, dizer que temos uma oferta de moeda
perfeitamente inelástica é o mesmo que dizer que a oferta de dinheiro
não é afetada pela taxa de juros nominal. Portanto, essa é a oferta de dinheiro
que vou chamar de oferta de dinheiro 1. Onde ela cruza a quantidade de
dinheiro eu vou colocar M1. Repare nesse ponto
em que temos uma interseção. Esse é o ponto de equilíbrio
em nosso mercado monetário. O equilíbrio da taxa
de juros nominal é bem aqui. Inclusive podemos
chamar isso de R1. Esse seria o custo de oportunidade
para manter o dinheiro. Agora é importante dar um aviso aqui:
esse é o modelo clássico e vamos falar mais sobre isso
em outros momentos. Inclusive a maioria
das aulas introdutórias de economia falam sobre esse modelo clássico no qual
o banco central pode definir a oferta de dinheiro e isso não muda de acordo
com a taxa de juros nominal. Sendo assim, a taxa de juros nominal
é basicamente definida por esse ponto de equilíbrio. Agora, no mundo em que vivemos,
na verdade, acontece o contrário: os bancos centrais realmente
têm como meta uma taxa de juros nominal e se o Banco Central for capaz de
atingir essa taxa de juros alvo, isso vai impactar
a quantidade real de dinheiro. Portanto, mantenha esse pequeno aviso
em sua mente. Mas em uma aula introdutória de economia
nós assumimos esse mundo fictício. Agora que temos esse pequeno modelo bem legal
para o nosso mercado financeiro, vamos pensar sobre o que poderia acontecer
em diferentes situações. Vamos pensar em uma situação na qual,
por qualquer motivo, as pessoas perdem a
confiança na rede elétrica. O que aconteceria com a curva
de demanda por dinheiro? Eu vou chamar
essa curva aqui de MD1. Enfim, pause este vídeo
e pense um pouco sobre isso. Se as pessoas perderem
a confiança na rede elétrica, o motivo de precaução para reter
esse dinheiro se torna mais forte. Independentemente de qual seja
o custo de oportunidade de reter dinheiro, as pessoas gostariam de reter mais. Porque você sabe, talvez elas achem que
não são capazes de acessar o dinheiro caso falte luz, talvez não possam ir a um caixa eletrônico
e quem sabe os bancos parem de funcionar. Sendo assim, qualquer que seja a taxa de juros nominal,
as pessoas vão preferir ter mais dinheiro e isso mudaria a curva de demanda
por dinheiro para a direita. Inclusive a gente pode chamar
essa curva aqui agora de MD2. Temos essa mudança para a direita. E então se isso acontecesse, se você tivesse
esse aumento na demanda por dinheiro, o que aconteceria com o equilíbrio real
da taxa de juros nominal? Se você olhar
para esse ponto bem aqui, assumindo que a quantidade
de dinheiro não mudou, teremos um novo ponto de equilíbrio
para a taxa de juros. Repare que a taxa de juros nominal
subiu e isso faz total sentido. Se mais pessoas quiserem manter dinheiro
para levar essas pessoas a abrirem mão desse dinheiro, é preciso oferecer mais a elas. O custo de oportunidade de manter
esse dinheiro tem que subir. Agora que já conversamos sobre isso também podemos imaginar
o cenário inverso, não é? Se por algum motivo as pessoas pensarem
que é muito menos provável que as luzes se apaguem, ou seja, que a luz acabe,
elas podem dizer: "Sabe, eu não preciso de tanto dinheiro
para realizar transações e eu não gosto muito de especulações". Dessa forma, a curva de demanda por dinheiro
se deslocaria para a esquerda e nessa situação teremos uma redução
do ponto de equilíbrio da taxa de juros nominal. Enfim, espero
que você tenha entendido essas ideias, mas é sempre importante compreender
esses modelos como um grão de areia. Afinal, são simplificações do mundo real,
especialmente aqui, onde estamos assumindo uma oferta
de dinheiro perfeitamente inelástica, porque, na verdade,
não é o caso do mundo real. Mas podemos estudar dessa forma
para começar a compreender o mercado monetário. Mais uma vez eu quero deixar
para você um grande abraço e dizer que encontro
você na próxima!