If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Termos de troca e os ganhos com o comércio

Neste vídeo, exploramos como os custos de oportunidade podem ser usados para determinar quem tem vantagem comparativa na produção de um bem. Quando um país se especializa na produção de um bem em que tem vantagem comparativa, e faz negócio para obtenção de outro bem, ambos os países envolvidos na negociação têm potencial para se beneficiar com a troca. Também podemos descobrir um preço de negociação (também conhecido como "termos de troca") que faria com que os dois países se dispusessem a comercializar.

Quer participar da conversa?

Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA3JV - Vamos imaginar um mundo muito simples, como costumamos fazer na economia. Temos dois países que são capazes de produzir, cada um, tanto calças quanto camisas. Ou alguma combinação entre esses dois bens. O que temos aqui são as curvas de possibilidade de produção para cada um destes países. Isso é por trabalhador, por dia. Então, por exemplo, no país "A" se toda a energia fosse direcionada à produção de calças, cada trabalhador produziria 20 calças por dia. Se toda a energia fosse colocada nas camisas, cada trabalhador produziria em um dia 10 camisas. Os trabalhadores também poderiam dividir esforços fazendo um pouco de calças e um pouco de camisas. E aí, teríamos esta linha aqui. Agora, para nos ajudar a entender as curvas de possibilidade de produção destes dois países, vamos construir uma tabela de saída. Nesta coluna, anotaremos a saída para o país "A". E nesta, a saída para o país "B". Vamos pensar no número máximo de calças que cada país consegue produzir. O máximo de calças por trabalhador, por dia. E o número máximo de camisas. Você consegue completar estes dados? Pause o vídeo um pouquinho e tente preencher mentalmente as colunas. Não deve ter sido muito complicado, certo? Do país "A", nós até já falamos! Lá eles conseguem produzir no máximo 20 calças, ou 10 camisas, beleza? E no país "B"? Bom, ou eles produzem 30 calças ou produzem, vamos ver, mais ou menos, 45 camisas. Agora, a partir de qualquer uma destas curvas de possibilidade de produção, ou desta tabela de saída, podemos calcular o custo de oportunidade. Então, vamos lá! País "A", país "B". Qual o custo de oportunidade das calças e qual o custo de oportunidade das camisas? Você consegue imaginar? Pause de novo o vídeo e pense um pouco. E aí, chegou a alguma conclusão? Uma forma de pensarmos sobre isso é construindo a relação matemática entre calças e camisas. Aqui no país "A", se toda a energia do país for direcionada para as calças, o país não produzirá 20 calças por trabalhador? E se toda energia for direcionada às camisas, estes trabalhadores todos não produzirão 10 camisas cada um? Então, a energia máxima é igual a 20 calças e a 10 camisas, certo? 20 calças = 10 camisas. O que isto quer dizer? Que o custo de oportunidade de uma calça é 10/20, ou 1/2, meia camisa. O esforço para fazer uma calça é igual ao esforço necessário na produção de 1/2 camisa. 1/2 camisa, portanto, é o custo de oportunidade das calças no país "A". E o custo de oportunidade das camisas? A base é a mesma. Se 20 calças equivalem a 10 camisas, uma camisa equivale a 2 calças, certo? Conta simples, 20/10 = 2. Muito bem, e no país "B"? Bom, se lá toda energia possibilita que cada trabalhador produza 30 ou 45 camisas. 30 calças = 45 camisas. E aí, o custo de oportunidade das calças no país "B" é de 45 dividido por 30, reduzindo aqui por 15, temos 45 por 15 igual a 3. 30 por 15 é igual a 2, 3/2, ok, uma camisa e meia para cada calça produzida. Custo de oportunidade das calças no país "B", uma camisa e meia. E, da mesma forma, se para cada calça os trabalhadores do país "B" produzem uma camisa e meia, o custo de oportunidade das camisas no país "B" é 30/45, 2/3 de uma calça. Então, quando consideram os custos de oportunidade, em que estes dois países precisam prestar atenção? Ok, pause o vídeo mais uma vez e analise a situação. Pronto! Vamos comparar os custos de oportunidade das calças. Calças produzidas no país "A" e no país "B", o que vemos? Olha, o custo de oportunidade das calças no país "A" é bem menor que o custo de oportunidade das calças no país "B", não é? Cada calça custa 1/2 camisa no país "A" e cada calça do país "B" sai por uma camisa e meia. Então, o país "A" tem uma vantagem relativa aqui nas calças. E o custo de oportunidade das camisas? Aí vemos que o país "B" é mais competitivo. No país "A", cada camisa equivale a duas calças. Mas, no país "B", cada camisa equivale a 2/3 de uma calça. Então, para o país "B", a vantagem competitiva está na produção de camisas. Então, o país "A" produz calças e o país "B" concentra sua produção nas camisas. Mas aí você pode perguntar. Ok, mas as pessoas do país "A" andam por aí de calça e as pessoas do país "B" andam por aí de camisa? De repente, elas se resfriam, não é mesmo? Não seria melhor, então, dividir um pouco estas produções? Aí é que entram as relações comerciais. Se o país "A" é mais competitivo na produção de calças, pode vender calças para o país "B". E se o país "B" é mais competitivo na produção de camisas, pode vender camisas para o país "A". A questão é, como se estabelecem os preços destes bens? Fiquemos com as calças. O país "A" produz calças ao custo de 1/2 camisa, certo? Então, ele vai querer vender estas calças por um preço que cubra seus custos e que, obviamente, lhe renda algum lucro. O preço que "A" espera obter por cada calça vendida é maior que o seu custo de oportunidade na produção das calças. E o país "B"? Lá, o custo de uma calça é igual ao custo de uma camisa e meia. Quanto o país "B" espera pagar por uma calça? Obviamente, um valor menor do que o equivalente a uma camisa e meia. Se fosse igual ou maior não valeria a pena comprar, certo? Era melhor continuar produzindo. Então, se o custo de oportunidade das calças no país "A" é 1/2 camisa, qualquer preço que fique entre meio e um e meio será bom para os dois lados. Vamos facilitar as coisas. Digamos que o preço firmado entre os países seja de 1. Uma calça por uma camisa. Então, digamos que o preço ideal negociado entre os países "A" e "B" seja este, uma calça uma camisa. Mas isso gera ganhos? Vamos ver. A energia máxima produz 20 calças por trabalhador no país "A". Mas, lá no país "A", as pessoas não andam só de calça. Então, digamos que o país "A" queira trocar 15 calças por 15 camisas. Eles produzem 20, vão trocar 15 com o país "B". Então, eles vão ter aqui 5 calças, certo? Produziram 20, vão ficar com 5. Por enquanto, a coisa parece meio esquisita, certo? Mas, olha só, ao mesmo tempo, eles vão ter 15 camisas. Vendem 15 calças para o país "B", continuam atendendo uma demanda do seu mercado com 5 calças e ainda fortalecem a demanda de camisas. Porque 15 camisas ultrapassa a curva de capacidade de produção de camisas do país "A", certo? Podemos ver claramente aqui, isso é o que a gente chama de lucro nas relações de comércio. O país "A", sozinho, não conseguiria chegar neste ponto com a sua produção de camisas. Mas trocando camisas por calças, ele pode ultrapassar este ponto. A mesma coisa acontece no país "B". Lá, eles venderam 15 camisas. Das 45 produzidas por trabalhador, por dia, ficaram 30 para a população do país. Em compensação, agora eles podem oferecer 15 calças para as pessoas que vivem ali. Mais calças do que, sozinho, o país teria condições de produzir. Isso mostra por que o comércio é tão importante. Tanto o país "A" quanto o país "B", alcançam melhores condições quando desenvolvem essas relações comerciais. O ponto-chave deste vídeo está exatamente aí. Quando conhecemos a vantagem relativa, podemos calcular o custo de oportunidade. E aí, estamos prontos para negociar e determinar preços. Eu espero que você tenha gostado desta aula. E a gente se vê por aí! Até mais!