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Quando não há ganhos com o comércio

Em uma aula anterior, aprendemos que há potencial para dois países ganharem com o comércio. Mas também é possível que não haja potencial para ganhar com ele. Neste vídeo, exploramos a circunstância que faria que com que não houvesse ganhos com o comércio.

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Transcrição de vídeo

RKA2JV - E aí, pessoal! Tudo bem? Nesta aula, vamos mostrar quando não temos ganhos com o comércio. Para isso, vamos imaginar que estamos em um mundo muito simplificado, onde temos apenas dois países: o País A e o País B. E cada um deles é capaz de produzir maçãs, ou bananas, ou alguma combinação entre elas. Aqui temos uma tabela que mostra que se o País A dedicar todo o seu empenho para produzir maçãs, ele consegue produzir 3. E, caso ele dedique toda sua produção a bananas, ele vai conseguir produzir 6 bananas em um dia. Enquanto o País B consegue produzir 2 maçãs em um dia, ou 4 bananas. Sabendo disso, quem tem a vantagem comparativa nas bananas e nas maçãs, e como podem negociá-las? Eu sugiro que você pause o vídeo e tente pensar a respeito disso. Vamos lá, então. Quando estamos pensando em vantagem comparativa, o que queremos saber é: qual é o custo de oportunidade de produzir uma maçã ou uma banana em cada país? Deixe-me colocar isso aqui, então: custo de oportunidade. Então, qual seria o custo de oportunidade de uma maçã no País A? Bem, para produzir 3 maçãs, eles vão ter que deixar de produzir 6 bananas. Isso significa que, por cada maçã, eles estão desistindo de 2 bananas. Então, o custo de oportunidade de 1 maçã é de 2 bananas. E o custo de oportunidade das bananas vai ser o oposto disso, então, 1/2 maçã por banana. Seguindo para o País B, podemos fazer um cálculo semelhante. Qual é o custo de oportunidade das maçãs do País B? Uma maneira de pensar a respeito disso é: se o País B produz 2 maçãs, então, ele precisa desistir de 4 bananas, que é o mesmo que desistir de 2 bananas por maçã. Então, o custo de oportunidade de maçãs no País B é de 2 bananas por maçã. E qual é o custo de oportunidade de bananas no País B? Para produzir 4 bananas, esse país vai ter que desistir de produzir 2 maçãs, correto? Portanto, o custo de oportunidade vai ser 1/2 maçã por banana. Note que interessante: ambos os países têm o mesmo custo de oportunidade de maçãs em termos de bananas e o mesmo custo de oportunidade de bananas em termos de maçãs. Deixe-me escrever isso aqui. Quando temos o mesmo custo de oportunidade, então, não há vantagem comparativa em qualquer um. Portanto, baseado no nosso modelo, conseguimos concluir que não há ganhos com o comércio. E podemos pensar nisso de outra maneira. Talvez vai ficar mais fácil de entender. Deixe-me colocar aqui um eixo de coordenadas. Aqui o eixo vertical e aqui o eixo horizontal. Vamos ter o eixo das maçãs por dia bem aqui, no eixo horizontal, e aqui o eixo das bananas por dia. Se você olhar o País A, veja que, se eles colocam todo o empenho de produção nas maçãs, eles vão conseguir produzir 1, 2, 3 maçãs por dia, correto? Mas, se esse mesmo País A dedicar todo o seu empenho na produção de bananas, eles vão conseguir produzir 2, 4, 6 bananas no total, correto? Vou até colocar as outras marcações aqui no meio, também. Você pode fazer isso para ficar mais fácil construir esse gráfico. Então, se o País A coloca todo o seu empenho na produção de bananas, eles vão conseguir produzir 6 bananas. Com isso, a curva de possibilidades de produção (assumindo que é uma troca linear) vai ser algo mais ou menos assim. A inclinação desta reta representa o custo de oportunidade. Ou seja, se aumentarmos as maçãs em 1, estamos diminuindo as bananas em 2. Por causa disso, temos uma inclinação igual a -2 bananas por maçã. E a inclinação é negativa porque a reta é decrescente. Este custo de oportunidade está indicando que, toda vez que eu queira mais maçãs, eu preciso desistir cada vez mais de bananas. Pensando no País B, eles podem produzir 4 bananas, ou 2 maçãs, ou até mesmo as duas, desde que desistam de alguma quantidade pela outra. A curva de possibilidades de produção é mais ou menos esta, que tem a mesma inclinação da outra. Ou seja, o custo de oportunidade é o mesmo. Por causa disso, podemos concluir que não há um ganho com o comércio entre os dois países. Lembre-se: o objetivo principal da vantagem comparativa e do comércio é que ambos os países se beneficiem. E, como vimos neste exemplo, existem situações em que dois países não se beneficiam porque têm o mesmo custo de oportunidade. E claro, pode até haver casos onde esses custos de oportunidade são diferentes e não há um ganho de comércio entre esses países. Quem sabe os países não conheçam o custo de oportunidade um do outro, ou então um país não queira produzir bananas, ou coisa do tipo. Mas o mais comum para não ter ganhos com o comércio é o custo de oportunidade de ambos os países ser igual. Eu espero que esta aula tenha lhes ajudado, e até a próxima, pessoal!