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Conteúdo principal

A fronteira de possibilidades de produção

Pontos principais

  • A Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) é um gráfico que mostra todas as combinações diferentes de produto de dois bens que podem ser produzidos a partir dos recursos e da tecnologia disponíveis. A FPP reflete os conceitos de escassez, escolha e trade-offs.
  • A forma da FPP depende do aumento, queda ou constância dos custos.
  • Os pontos que se encontram na FPP ilustram as combinações de produto que são produtivamente eficientes. Não conseguimos determinar quais pontos são alocativamente eficientes sem conhecer as preferências.
  • A inclinação da FPP indica o custo de oportunidade da produção de um bem em relação a outro bem, podendo o custo de oportunidade ser comparado com os custos de oportunidade de outro produtor para determinar a vantagem comparativa.

A fronteira de possibilidades de produção e as escolhas sociais

Assim como as pessoas não podem ter tudo o que desejam e devem fazer escolhas, a sociedade como um todo também não pode ter tudo o que deseja. Esta seção do capítulo explicará as restrições enfrentadas pela sociedade, usando um modelo chamado de fronteira de possibilidades de produção (FPP). Existem mais semelhanças do que diferenças entre uma escolha individual e uma escolha social. Nesta seção, vamos priorizar as semelhanças.
Uma vez que a sociedade tem recursos limitados (como por exemplo, mão de obra, terra, capital, matéria-prima) em qualquer época, existe um limite de quantidade de bens e serviços que ela pode produzir. Imagine que uma sociedade deseja dois produtos: saúde e educação. A situação é ilustrada pela fronteira de possibilidades de produção no gráfico a seguir.
Uma Fronteira das Possibilidades de Produção de Saúde versus Educação
O gráfico mostra que uma sociedade tem recursos limitados e geralmente deve priorizar em que investir. Nesse gráfico, o eixo y corresponde à "Saúde" e o eixo x, à "Educação".
Essa fronteira de possibilidades de produção mostra o trade-off entre alocar recursos sociais para a saúde e alocar recursos sociais para a educação. No ponto A, todos os recursos são destinados à saúde e no ponto B, a maioria vai para a saúde. No ponto D, a maioria dos recursos vai para a educação e no F, todos os recursos são destinados à educação.
No gráfico, a saúde é demonstrada no eixo vertical e a educação, no eixo horizontal. Se a sociedade alocasse todos os seus recursos para a saúde, ela poderia produzir no ponto A, mas não teria nenhum recurso para produzir educação. Se ela alocasse todos os seus recursos para a educação, poderia produzir no ponto F. Uma alternativa seria escolher produzir qualquer combinação de saúde e educação, conforme ilustrado na fronteira de possibilidades de produção. Na verdade, a fronteira de possibilidades de produção desempenha para a sociedade o mesmo papel que a restrição orçamentária desempenha para Afonso. A sociedade pode escolher qualquer combinação dos dois bens na FPP ou dentro dela. Mas ela não dispõe de recursos suficientes para produzir fora da FPP.
O mais importante é que a fronteira de possibilidades de produção mostra claramente o trade-off entre saúde e educação. Imagine que uma sociedade tenha escolhido operar no ponto B e esteja considerando produzir mais educação. Como a FPP tem uma inclinação decrescente da esquerda para a direita, a única maneira de a sociedade obter mais educação é abrindo mão da saúde. Esse é o trade-off que a sociedade enfrenta. Imagine que ela esteja considerando se deslocar do ponto B para o ponto C. Qual seria o custo de oportunidade para mais educação? O custo de oportunidade seria abrir mão da saúde. Assim como acontece com as limitações orçamentárias de Afonso, o custo de oportunidade é demonstrado pela inclinação da fronteira de possibilidades de produção. Mas agora você deve estar se perguntando: "Espera, essa FPP se parece com a restrição orçamentária". Se sim, leia a explicação a seguir.

A forma da FPP e a lei dos rendimentos decrescentes

As restrições orçamentárias apresentadas anteriormente neste capítulo, que mostravam as escolhas individuais sobre que quantidade de bens a consumir, eram todas linhas retas. A razão dessas linhas retas era que a inclinação da restrição orçamentária era determinada pelos preços relativos dos dois bens na restrição orçamentária de consumo. Entretanto, a fronteira de possibilidades de produção para saúde e educação foi desenhada como uma linha curvada. Por que a FPP tem uma forma diferente?
Para entender por que a FPP é curvada, vamos começar considerando o ponto A na parte superior esquerda da FPP. No ponto A, todos os recursos disponíveis são destinados à saúde e nenhum recurso é destinado à educação. Essa situação seria extrema e até mesmo ridícula. Por exemplo, as crianças iriam ao médico todos os dias, quer estivessem doentes ou não, e não iriam à escola. As pessoas fariam cirurgias plásticas em todas as partes de seus corpos, mas não existiram escolas de ensino médio nem faculdades. Agora, imagine que alguns desses recursos sejam deslocados da saúde para a educação de modo que a economia esteja no ponto B, em vez do ponto A. Deslocar alguns recursos de A para B causa uma redução relativamente pequena na saúde, pois os últimos poucos recursos marginais destinados aos serviços de saúde não estariam produzindo muito ganho adicional na saúde. Entretanto, colocar esses recursos marginais na educação, que tem uma total ausência de recursos no ponto A, pode produzir grandes ganhos relativos. Por essa razão, a forma da FPP de A para B é relativamente plana, representando uma queda relativamente pequena na saúde e um ganho relativamente grande na educação.
Agora, vamos considerar o outro lado, na parte inferior direita, da fronteira de possibilidades de produção. Imagine que a sociedade comece no ponto D, que significa destinar quase todos os recursos à educação e poucos recursos à saúde e se desloque para o ponto F, que significa destinar todos os recursos à educação e nenhum à saúde. Em um exemplo concreto, imagine que no deslocamento de D para F, os últimos médicos devem se tornar professores de ciências do ensino médio, as últimas enfermeiras devem se tornar bibliotecárias das escolas, em vez de aplicadoras de vacinas, e que os últimos prontos-socorros se devem ser convertidos em escolas de jardim da infância. Os ganhos para a educação com a adição desses últimos recursos da saúde são muito pequenos. Entretanto, o custo de oportunidade perdido com a saúde será muito maior, fazendo com que a inclinação da FPP entre os pontos D e F seja íngreme, mostrando uma queda acentuada na saúde em troca de um ganho pequeno na educação.
A lição não é que a sociedade está prestes a fazer uma escolha extrema, como não destinar nenhum recurso à educação no ponto A ou nenhum recurso à saúde no ponto F. Pelo contrário, a lição é que os ganhos da destinação dos recursos marginais adicionais para a educação dependem do quanto já está sendo gasto. Se, por um lado, poucos recursos estão sendo destinados à educação, um aumento nos recursos usados pode trazer ganhos relativamente grandes. Por outro lado, se um grande número de recursos já são destinados à educação, destinar recursos adicionais trará ganhos relativamente menores.
Esse padrão é tão comum que recebeu um nome: lei dos rendimentos decrescentes, que diz que à medida que os incrementos adicionais de recursos são acrescentados para um determinado fim, o benefício marginal desses incrementos adicionais diminui. Quando o governo gasta uma certa quantia a mais para a redução da criminalidade, por exemplo, os ganhos originais na redução da criminalidade podem ser relativamente grandes. Mas os aumentos adicionais, de modo geral, causam reduções relativamente menores na criminalidade, e pagar por um policiamento e segurança suficientes para a redução da criminalidade para zero seria extremamente caro.
A curvatura da fronteira de possibilidades de produção mostra que à medida que recursos adicionais são acrescentados à educação, deslocando-se da esquerda para a direita ao longo do eixo horizontal, os ganhos originais são muito grandes, mas reduzem gradualmente. Do mesmo modo, à medida que recursos adicionais são acrescentados à saúde, deslocando-se de baixo para cima no eixo vertical, os ganhos originais são muito grandes, mas, novamente, sofrerão uma diminuição gradual. Desta forma, a lei dos rendimentos decrescentes faz com que a fronteira de possibilidades de produção tenha uma curvatura para fora.

Eficiência produtiva e eficiência alocativa

O estudo da economia não tem a pretensão de dizer à sociedade que escolha ela deve fazer ao longo de sua fronteira de possibilidades de produção. Em uma economia orientada pelo mercado, a escolha envolverá uma mistura de decisões feitas por pessoas, empresas e governo. Entretanto, a economia pode indicar que algumas escolhas são indubitavelmente melhores do que outras. Essa observação está baseada no conceito da eficiência. No dia a dia, a eficiência se refere à ausência de desperdício. Uma máquina ineficiente opera a um custo muito alto, enquanto uma máquina eficiente opera a um custo menor, pois não está desperdiçando energia nem material. Uma empresa ineficiente opera com atrasos longos e altos custos, enquanto uma empresa eficiente cumpre prazos, está atenta e desempenha suas funções dentro do orçamento.
A fronteira de possibilidades de produção pode ilustrar dois tipos de eficiência: a eficiência produtiva e a eficiência alocativa. O gráfico a seguir ilustra essas ideias usando uma fronteira de possibilidades de produção entre a saúde e a educação.
Eficiência Produtiva e alocativa
O gráfico mostra que quando uma quantidade maior de um bem aumenta, a quantidade dos outros bens diminui. O ponto R no gráfico representa o bem que tem sua quantidade reduzida como resultado de uma maior eficiência na produção de outros bens.
Eficiência produtiva significa que é impossível produzir mais de um bem sem reduzir a quantidade de produção de outro bem. Assim sendo, todas as escolhas ao longo de uma FPP, como os pontos B, C e D, representam a eficiência produtiva, mas o ponto R não. Eficiência alocativa significa que uma combinação específica de bens sendo produzidos, ou seja, a escolha específica ao longo da fronteira de possibilidades de produção, representa a alocação que a sociedade mais deseja.
Eficiência produtiva significa que, considerando os insumos e a tecnologia disponíveis, é impossível produzir mais de um bem sem reduzir a quantidade que é produzida de outro bem. Todas as escolhas na FPP nesse gráfico, incluindo os pontos A, B, C, D e F, apresentam a eficiência produtiva. À medida que as empresas se deslocam de qualquer uma dessas escolhas para qualquer outra, a saúde aumenta e a educação diminui ou vice versa. Contudo, qualquer escolha dentro da fronteira de possibilidades de produção é produtivamente ineficiente e gera desperdícios, pois é possível produzir mais de um bem, o outro bem, ou alguma combinação dos dois bens.
Por exemplo, o ponto R é produtivamente ineficiente porque é possível, na escolha C, ter mais dos dois bens: a educação no eixo horizontal é maior no ponto C do que no ponto R (E2 é maior do que E1), e a saúde no eixo vertical também é maior no ponto C do que no ponto R (H2 é maior do que H1).
A combinação específica de dois bens e serviços sendo produzidos, ou seja, a combinação de saúde e educação escolhida ao longo da fronteira de possibilidades de produção, pode ser demonstrada como uma semirreta (linha) da origem a um ponto específico na FPP. As combinações de produto que tinham mais saúde (e menos educação) teriam uma semirreta mais inclinada, enquanto as combinações com mais educação (e menos saúde) teriam uma semirreta mais plana.
Eficiência alocativa significa que uma combinação específica de bens produzidos por uma sociedade representa a combinação que a sociedade mais deseja. Como determinar o que uma sociedade deseja pode ser uma questão controversa e é sempre alvo de discussões nas aulas de ciências políticas, sociologia, filosofia e economia. No seu sentido mais básico, eficiência alocativa significa que os produtores ofertam a quantidade de cada produto que os consumidores demandam. Apenas uma das escolhas produtivamente eficientes será a escolha alocativamente eficiente para a sociedade como um todo.

Por que a sociedade deve escolher

Toda economia enfrenta duas situações em que ela pode expandir o consumo de todos os bens. No primeiro caso, uma sociedade pode descobrir que está usando seus recursos de modo ineficiente, caso em que ao melhorar a eficiência e a produção na fronteira de possibilidades de produção, ela tem mais de todos os bens (ou pelo menos mais de alguns e menos de outros). No segundo caso, à medida que os recursos aumentam ao longo de um período de anos (por exemplo, mais mão de obra e mais capital), a economia cresce. Assim sendo, a fronteira de possibilidades de produção para uma sociedade vai se deslocar para fora e a sociedade terá capacidade de adquirir mais de todos os bens.
Mas leva-se tempo para descobrir e implementar melhorias na eficiência produtiva, e o crescimento econômico é gradual. Portanto, uma sociedade deve fazer escolhas no presente. Para os governos, esse processo quase sempre envolve tentar identificar onde os gastos adicionais podem gerar melhores resultados e onde as reduções nos gastos causariam menos danos. No âmbito individual e empresarial, a economia de mercado coordena um processo em que as empresas buscam produzir bens e serviços na quantidade, qualidade e preço desejados pelas pessoas. Mas tanto para o governo quanto para a economia de mercado no curto prazo, os aumentos na produção de um bem geralmente significam quedas compensatórias em outra área da economia.

A FPP e a vantagem comparativa

Embora toda sociedade deva escolher a quantidade que deve produzir de cada bem, ela não precisa produzir cada bem que consome. Frequentemente, a quantidade de um bem que um país decide produzir depende do seu preço de produção em comparação ao custo de aquisição do bem de outro país. Como vimos anteriormente, a curvatura da FPP de um país nos dá informações sobre a decisão de destinar recursos para a produção de um bem em vez de outro. Sobretudo, sua inclinação apresenta o custo de oportunidade de produção de mais uma unidade do bem no eixo x em comparação ao outro bem (no eixo y). Os países tendem a ter diferentes custos de oportunidade de produção de um bem específico, seja por causa de diferenças climáticas, geográficas, tecnológicas ou de habilidades.
Imagine que dois países, os EUA e o Brasil, precisem decidir a quantidade de produção de dois produtos agrícolas: a cana-de-açúcar e o trigo. Devido às suas condições climáticas, o Brasil pode produzir muita cana-de-açúcar por hectare, mas pouco trigo. Contrariamente, os EUA podem produzir muito trigo por hectare, mas pouca cana-de-açúcar. Está claro que o Brasil tem um custo de oportunidade de produção de cana-de-açúcar menor (em comparação com o trigo) do que os EUA. O contrário também é verdade; os EUA tem um custo de oportunidade de produção de trigo menor do que o Brasil. Isso pode ser ilustrado pelas FPPs dos dois países nos gráficos a seguir.
Fronteira de possibilidades de produção para os EUA e o Brasil
Esse gráfico mostra duas imagens. As duas têm eixos y identificados como "Cana-de-açúcar" e os eixos x rotulados como "Trigo". Na imagem (a), a produção de cana-de-açúcar do Brasil é quase o dobro de sua produção de trigo. Na imagem (b), a produção de cana-de-açúcar nos EUA é quase metade de sua produção de trigo.
A FPP dos EUA é mais plana do que a FPP do Brasil, o que significa que o custo de oportunidade do trigo em relação à cana-de-açúcar é menor nos EUA do que no Brasil. Por outro lado, o custo de oportunidade da cana-de-açúcar é menor no Brasil. Os EUA tem uma vantagem comparativa no trigo e o Brasil tem uma vantagem comparativa na cana-de-açúcar.
Quando um país pode produzir um produto a um custo de oportunidade menor do que outro país, dizemos que esse país tem uma vantagem comparativa naquele produto. Em nosso exemplo, o Brasil tem uma vantagem comparativa na cana-de-açúcar e os EUA têm uma vantagem comparativa no trigo. Isso é fácil de ver com uma simples observação dos pontos extremos de produção nas FPPs dos dois países. Se o Brasil destinasse todos os seus recursos à produção de trigo, ele estaria produzindo no ponto A. Contudo, se ele destinasse todos os seus recursos à produção de cana-de-açúcar, ele estaria produzindo quantidades muito maiores, no ponto B. Ao se deslocar do ponto A para o ponto B, o Brasil abriria mão de uma quantidade relativamente pequena na produção de trigo para obter uma grande produção de cana-de-açúcar. O oposto é verdadeiro para os EUA. Se os EUA se deslocassem do ponto A para o ponto B e produzissem apenas cana-de-açúcar, o resultado seria um custo de oportunidade alto em relação à produção de trigo da qual abriram mão.
A inclinação da FPP apresenta o custo de oportunidade de produção de uma unidade adicional de trigo. Embora a inclinação não seja constante ao longo das FPPs, está bem claro que a FPP no Brasil é muito mais inclinada do que a dos EUA e, portanto, o custo de oportunidade do trigo é geralmente maior no Brasil. As diferenças dos países na vantagem comparativa determinam quais bens devem escolher produzir e comercializar. Quando os países comercializam, eles se especializam na produção dos bens em que possuem uma vantagem comparativa e comercializam parte dessa produção em troca dos bens em que não possuem uma vantagem comparativa. Com a comercialização, os bens são produzidos onde o custo de oportunidade é o mais baixo, aumentando, assim, a produção total e beneficiando ambas as partes que comercializam seus produtos entre si.

Principais conceitos e resumo

A fronteira de possibilidades de produção define o conjunto de escolhas com as quais uma sociedade se depara para as combinações de bens e serviços que ela pode produzir com os recursos disponíveis. A forma da FPP é geralmente curvada para fora, e não reta. As escolhas fora da FPP são inalcançáveis e as escolhas dentro da FPP geram desperdícios. Com o passar do tempo, a tendência de uma economia em expansão é deslocar a FPP para fora.
A lei dos rendimentos decrescentes diz que à medida que os incrementos de recursos adicionais são destinados à produção de algo, o aumento marginal no produto se torna cada vez menor. Todas as escolhas ao longo de uma fronteira de possibilidades de produção mostram a eficiência produtiva, ou seja, é impossível usar os recursos de uma sociedade para produzir mais de um bem sem reduzir a produção de outro bem. A escolha específica ao longo da fronteira de possibilidades de produção que reflete a combinação de bens que a sociedade prefere produzir é a escolha com a eficiência alocativa. A curvatura da FPP tende a ser diferente de acordo com cada país, fazendo com que países diferentes tenham vantagens comparativas diferentes em bens diferentes. A produção total pode aumentar se os países se especializarem nos bens em que possuem vantagem comparativa e comercializarem parte de sua produção dos bens restantes.

Questões de autoavaliação

Consulte este gráfico:
Eficiência Produtiva e alocativa
O gráfico mostra que quando uma quantidade maior de um bem aumenta, a quantidade dos outros bens diminui. O ponto R no gráfico representa o bem que tem sua quantidade reduzida como resultado de uma maior eficiência na produção de outros bens.
Eficiência produtiva significa que é impossível produzir mais de um bem sem reduzir a quantidade de produção de outro bem. Assim sendo, todas as escolhas ao longo de uma FPP, como os pontos B, C e D, representam a eficiência produtiva, mas o ponto R não. Eficiência alocativa significa que uma combinação específica de bens sendo produzidos, ou seja, a escolha específica ao longo da fronteira de possibilidades de produção, representa a alocação que a sociedade mais deseja.
Imagine que exista uma melhoria na tecnologia médica que permite o oferecimento de mais serviços de saúde com a mesma quantidade de recursos. Como isso afetaria a curva de possibilidades de produção e, sobretudo, como isso afetaria o custo de oportunidade de educação?
Seria possível para um país produzir com eficiência alocativa, mas com ineficiência produtiva?
Quais são as semelhanças entre a restrição orçamentária de um consumidor e a fronteira de possibilidades de produção de uma sociedade, não apenas gráfica, mas analiticamente?

Perguntas de revisão

O que é vantagem comparativa?
O que uma fronteira de possibilidades de produção apresenta?
Por que uma fronteira de possibilidades de produção é normalmente desenhada como uma curva, ao invés de uma linha reta?
Explique por que as sociedades não podem fazer uma escolha acima de sua fronteira de possibilidades de produção e não devem fazer uma escolha abaixo dela.
O que são retornos marginais decrescentes?
O que é eficiência produtiva? O que é eficiência alocativa?

Perguntas de pensamento crítico

Durante a Segunda Guerra Mundial, fábricas da Alemanha foram destruídas. Ela também sofreu muitas baixas humanas, tanto de soldados como de civis. Como a guerra afetou a curva de possibilidades de produção da Alemanha?
Está claro que a ineficiência produtiva é um desperdício, uma vez que os recursos estão sendo usados de forma a produzir menos bens e serviços do que um país é capaz de produzir. Por que a ineficiência alocativa também causa desperdício?

Glossário

eficiência alocativa: quando a combinação de bens que estão sendo produzidos representa a combinação que a sociedade mais deseja.
vantagem comparativa: quando um país pode produzir um bem a um custo menor em relação a outros bens; ou quando um país tem um custo de oportunidade de produção menor.
lei dos rendimentos decrescentes: à medida que os incrementos de recursos são acrescentados à produção de um bem ou serviço, o benefício marginal desses incrementos adicionais diminui.
fronteira de possibilidades de produção (FPP): diagrama que mostra as combinações produtivamente eficientes de dois produtos que uma economia pode produzir de acordo com os recursos disponíveis.
eficiência produtiva: quando é impossível produzir mais de um bem (ou serviço) sem reduzir a quantidade produzida de outro bem (ou serviço).

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  • Avatar blobby green style do usuário Miguel
    quando um país se especializa em um determinado produto, onde se torna dependente de outro país para suprir sua demanda e para conseguir outro produto, no qual, para o mesmo, é muito mais ineficiente produzi-lo nacionalmente do que comprá-lo. podemos afirma que os preços de custo e de venda dos países A e B são relativos de acordo com o gráfico da FPP de cada um deles? Ou devemos pensar, no caso, pressupor que ambos dependem estarem totalmente funcionais para não ocorrer variações de custo para os dois países? Exemplo; O Brasil produz mais cana-de-açúcar do que os EUA, porém menos trigo. todavia eles sempre compravam e vendiam para ambos (num contexto especializado, com maior produção dos extremos). Todavia um deles teve uma doença em suas plantações sendo impossível comercializar, por exemplo, o trigo. Como isso afeta ambos os países e seus custos de produção? O Brasil deve parar de se especializar na cana-de-açúcar ou deve comprar de forma mais caro o trigo dos EUA?
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