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Panorama da aula - utilidade total e utilidade marginal

Uma das perguntas de interesse dos economistas é como as pessoas decidem gastar seu dinheiro, um campo da economia chamado de teoria do consumidor. Esse estudo de como as pessoas decidem destinar suas rendas aos gastos com bens tem alguns pressupostos cruciais que levam a conclusões importantes sobre como um consumidor decidirá destinar sua renda aos gastos com bens e serviços.
Pressupostos principais sobre a motivação do consumidor:
  • O consumidor racional é um maximizador de utilidade. O consumidor buscará o maior benefício ou satisfação possíveis. Na economia, o termo utilidade se refere à felicidade, benefício ou valor que um consumidor obtém a partir de um bem ou serviço. Em outras palavras, os consumidores não se contentam nem se satisfazem com o "bom o suficiente". Essa felicidade ou satisfação é medida em uma unidade chamada de unidade de utilidade.
  • A maioria dos bens fornece uma utilidade marginal decrescente. De acordo com a lei da utilidade marginal decrescente, à medida que o consumo de um bem aumenta, o valor adicional de felicidade que o bem proporciona ao consumidor diminui. Portanto, embora tomar três bolas de sorvete deixe você mais feliz do que duas bolas, a segunda bola não deixa você tão feliz quanto a primeira, e a terceira não deixa você tão feliz quanto a segunda.
Esses pressupostos nos levam a muitas conclusões sobre como os consumidores decidem gastar seu dinheiro. Portanto, os consumidores vão considerar:
  • a utilidade marginal de outra unidade de um bem que estejam pensando em comprar
  • os preços de um bem e de bens alternativos que estejam pensando em comprar
  • seu orçamento para consumo de bens e serviços.
Como os consumidores têm menos satisfação com o consumo de unidades adicionais de um bem, eles apenas estarão dispostos a comprar mais de um bem específico se houver uma queda nos preços desse bem. Desta forma, a lei da utilidade marginal decrescente nos ajuda a explicar a lei da demanda.

Utilidade total

Se considerarmos como uma pessoa experimenta a utilidade quando consome sorvete, podemos fazer algumas observações importantes sobre como a utilidade total varia à medida que o consumo de um bem aumenta.
Para expressar a utilidade, usamos uma unidade chamada de unidade de utilidade, que é simplesmente uma medida da felicidade de uma pessoa. Por exemplo, podemos dizer que a primeira bola de sorvete proporciona ao Alex 7 unidades de utilidade de felicidade. A tabela abaixo mostra como a utilidade de Alex varia à medida que ele consome mais bolas de sorvete.
Quantidade consumidaUtilidade total
0bola0 unidade de utilidade
1bola7 unidades de utilidade
2bolas12 unidades de utilidade
3bolas15 unidades de utilidade
4bolas16 unidades de utilidade
5bolas15 unidades de utilidade
6bolas12 unidades de utilidade
Observe que as bolas adicionais proporcionam a Alex mais utilidade até a 4a bola, o ponto em que a utilidade de Alex é maximizada. Após 4 bolas, podemos ver que Alex está, na verdade, experimentando cada vez menos felicidade total.
A utilidade total de Alex com o sorvete pode ser representada graficamente em uma função de utilidade, conforme ilustrado na Figura 1:
Figura 1: Utilidade total de Alex com o sorvete

Utilidade marginal

Se analisarmos mais detalhadamente a utilidade total de Alex, podemos observar como ela varia à medida que ele consome mais sorvete. A variação na utilidade total do consumidor quando ele consome uma unidade adicional é a utilidade marginal.
Quantidade consumidaUtilidade totalUtilidade marginal
0bola0 unidade de utilidade
1bola7 unidades de utilidade7 unidades de utilidade
2bolas12 unidades de utilidade5 unidades de utilidade
3bolas15 unidades de utilidade3 unidades de utilidade
4bolas16 unidades de utilidade1 unidade de utilidade
5bolas15 unidades de utilidade1 unidade de utilidade
6bolas12 unidades de utilidade3 unidades de utilidade
Observe que a utilidade marginal de Alex diminui à medida que ele consome mais sorvete. Isso se explica pelo fato de que a segunda, terceira e quarta bolas de sorvete foram menos satisfatórias para ele do que a primeira.
Observe que após 4 bolas, sua utilidade marginal é negativa, o que significa que, na verdade, Alex foi ficando menos satisfeito a partir da quinta e sexta bolas de sorvete.
A função da utilidade marginal de Alex pode ser acrescentada à sua função de utilidade total, conforme demonstrado na Figura 2
Figura 2: Utilidade total e marginal de Alex com o sorvete
Observe que a utilidade marginal para uma quantidade específica de consumo está entre duas quantidades. Por exemplo, a utilidade marginal da 1a bola é, na verdade, sua variação na utilidade total entre 0 e 1 bola, o que explica porque a UM=7 entre 0 e 1 bola na Figura 2.

Utilidade marginal por real gasto

Um bom primeiro passo para determinar como o consumidor decide alocar sua renda é saber a satisfação que ele obtém com um bem. Mas antes de saber a quantidade ideal de um bem a ser comprado, o preço também deve ser considerado. Em outras palavras, qual é o custo-benefício do bem para o comprador?
Podemos determinar o custo-benefício usando a utilidade marginal por real gasto, ou UM/R$. Para determinar a UM/R$, dividimos a utilidade marginal que um consumidor obtém em um nível específico de consumo pelo preço do bem.
Imagine que o sorvete custe R$0,50 por bola. A utilidade marginal por real pode ser calculada por meio da divisão da UM em cada nível de consumo pelo preço de R$0,50.
Quantidade consumidaUtilidade marginalUtilidade marginal por real gasto
1bola7 unidades de utilidade14u/R$
2bolas5 unidades de utilidade10u/R$
3bolas3 unidades de utilidade6u/R$
4bolas1 unidade de utilidade2u/R$
5bolas1 unidade de utilidade2u/R$
6bolas3 unidades de utilidade6u/R$
O uso da utilidade marginal por real gasto na tomada de decisão é muito simples. Imagine que Alex esteja consumido duas bolas de sorvete e esteja pensando em comprar a terceira bola ou um refrigerante. Suponha que ele saiba que o custo-benefício de um refrigerante é de 10 unidades de utilidade/R$. Ele só obteria 6 unidades de utilidade/R$ com uma terceira bola de sorvete. Como ele teria um melhor custo-benefício com refrigerante, ele comprará o refrigerante e não uma terceira bola de sorvete.
Considerando que a utilidade marginal por real gasto em um bem ajudará os consumidores a gastar seus orçamentos limitados de forma a maximizar sua utilidade total, trataremos desse assunto com mais detalhes na próxima lição.

Utilidade marginal decrescente e a lei da demanda

A lei da utilidade marginal decrescente nos ajuda a entender a lei da demanda. Como os consumidores terão menos felicidade ou benefícios com unidades adicionais de um bem, eles apenas estarão dispostos a comprar uma quantidade maior desse bem se o preço diminuir.
Isso é verdade no âmbito individual, como vimos na tabela de utilidade de Alex para o sorvete, e também será verdadeiro no âmbito do mercado como um todo. A sociedade tem uma utilidade marginal geral que diminui à medida que mais de um bem ou serviço é fornecido; portanto, para que mais unidades sejam vendidas, o preço a ser pago pela sociedade deve diminuir. Em outras palavras, existe uma relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade que a sociedade está disposta e pode pagar.

Termos-chave

TermoDefinição
teoria do consumidoro estudo de como os compradores decidem alocar suas rendas para o consumo
maximizador de utilidadepessoa que busca obter a maior satisfação ou felicidade possível
utilidadea felicidade ou benefício proporcionados pelo consumo de um bem
unidade de utilidadeunidade imaginária de medida que representa a quantidade de utilidade que um bem oferece
utilidade totala quantidade total de felicidade que um consumidor obtém com um bem em qualquer nível específico de consumo
utilidade marginalvariação na utilidade total que um consumidor obtém quando mais uma unidade de um bem é consumida
lei da utilidade marginal decrescentea observação de que quanto mais unidades de um bem são consumidas, menor é a felicidade proporcionada por essa unidade adicional, ou seja, a felicidade diminui à medida que o consumo aumenta
utilidade marginal por real gasto UM/R$o custo-benefício que um consumidor obtém ao consumir uma quantidade específica de um bem por um determinado preço.

Principais modelos

A tabela de utilidade de um consumidor ou sociedade pode ser construída por meio das funções de utilidade total e marginal.
Figura 4: Utilidade total e utilidade marginal
Observe que na quantidade de 4, a utilidade total é maximizada em 15 unidades. Observe também que na quantidade de 4, a utilidade marginal é igual a zero. De acordo com esse gráfico, assim que a pessoa consome 4 unidades desse bem, ela deixa de obter felicidade adicional com ele. O consumo da 5a unidade deixa a pessoa menos feliz.

Cálculos principais

Utilidade Marginal =ΔUTΔQ
Utilidade Marginal por real =UMR$

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