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Bens públicos: exemplos do mundo real

Vamos olhar alguns exemplos reais de bens públicos.

Pontos Principais

  • Bens que são não excludentes e rivais são denominados recursos comuns.
  • Todos os avanços na saúde pública têm sido intimamente ligados às externalidades positivas e bens públicos.
  • Os economistas estão vendo mais e mais evidências de um fosso crescente entre aqueles que têm acesso à tecnologia, que tem se aprimorado rapidamente, e aqueles que não têm.

Os recursos comuns e a "Tragédia dos Comuns"

Há alguns bens que não se encaixam perfeitamente nas categorias de bem privado ou de bem público. Enquanto é fácil classificar uma pizza como um bem privado e um parque da cidade como um bem público, o que dizer de um item que é não excludente e rival, como uma concha-rainha?
A concha-rainha é um grande molusco encontrado nas ervas marinhas das águas rasas no Caribe. Estas águas são tão rasas e tão claras que um único mergulhador pode recolher muitas conchas em um único dia. Não só a carne da concha é uma iguaria e parte importante da dieta local, como as grandes conchas ornamentadas são usadas em arte e podem ser transformadas em instrumentos musicais. Tendo em vista que quase qualquer um com um barco pequeno, um snorkel e uma máscara pode participar da colheita da concha, ela é essencialmente não excludente. Ao mesmo tempo, a pesca da concha é competitiva (rival): uma vez que um mergulhador pega um concha, a mesma não pode ser pega por outro mergulhador.
Os bens que são não excludentes e rivais são chamados recursos comuns. Afinal, as águas do Caribe estão abertas a todos os pescadores de conchas e qualquer concha que você pegar é uma concha que eu não posso pegar. Por isso, os recursos comuns como a concha tendem a ser sobre-explorados.
O problema da sobre-exploração de recursos comuns não é novo, mas o ecologista Garret Hardin colocou a etiqueta "Tragédia dos Comuns" no problema em um artigo de 1968 da revista Science. Os economistas veem esta situação como um problema de direitos de propriedade. Já que ninguém é dono do oceano ou da concha que rasteja na areia abaixo dele, nenhum indivíduo tem um incentivo para proteger esse recurso e colhê-lo de forma responsável.
Para abordar a questão da exploração excessiva de conchas e outras questões da pesca marítima, os economistas normalmente defendem a utilização de dispositivos simples como licenças de pesca, limites quantitativos e períodos de pesca mais curtos. Quando a população de uma espécie cai para números criticamente baixos, os governos têm proibido a exploração até que os biólogos determinem que a população voltou a níveis sustentáveis. De fato, este é o caso da concha, cuja coleta foi efetivamente banida nos Estados Unidos desde 1986.

Externalidades positivas em programas de saúde pública

Uma das mudanças mais notáveis no padrão de vida nos últimos séculos é que as pessoas estão vivendo mais.
Milhares de anos atrás, acredita-se que a expectativa de vida humana tenha sido de 20 a 30 anos. Por volta de 1900, a expectativa de vida média nos Estados Unidos era de 47 anos. Em 2015, a expectativa de vida era de 79 anos. A maioria dos ganhos na expectativa de vida na história da raça humana aconteceu no século XX.
O aumento da expectativa de vida parece decorrer de três fatores principais. Em primeiro lugar, os sistemas que fornecem água limpa e descartam resíduos de consumo humanos ajudaram a prevenir a transmissão de muitas doenças. Em segundo lugar, as mudanças no comportamento do público têm melhorado a saúde.
No início do século XX, por exemplo, as pessoas aprenderam a importância de ferver as garrafas antes de usá-las para o armazenamento de alimentos e do leite do bebê, lavar as mãos e proteger os alimentos das moscas. Mudanças comportamentais mais recentes incluem a redução do número de pessoas que fumam tabaco e precauções para limitar doenças sexualmente transmissíveis.
Em terceiro lugar, a medicina tem tido um grande papel. Vacinas para difteria, cólera, coqueluche, tuberculose, tétano e febre amarela foram desenvolvidas entre 1890 e 1930. A Penicilina, descoberta em 1928, propiciou uma série de outras drogas antibióticas, controlando doenças infecciosas. Em décadas recentes, drogas que reduzem riscos de pressão alta têm tido extraordinário efeito no prolongamento de vidas.
Estes avanços na saúde pública estão todos intimamente ligados a externalidades positivas e bens públicos. As autoridades de saúde pública ensinaram práticas de higiene às mães no início do século XX e encorajaram a diminuição do fumo no final do século XX. Muitos sistemas de saneamento público e esgotos pluviais foram financiados pelo governo porque eles têm as características-chave de bens públicos. No século 20, muitas descobertas médicas vieram de pesquisas financiadas pelo governo ou por universidade. As patentes e os direitos de propriedade intelectual constituíram um incentivo adicional para os inventores privados. A razão para exigir imunizações, formuladas em termos econômicos, é que isto impede efeitos secundários das doenças para outros—além de ajudar a pessoa imunizada.

Efeitos secundários da tecnologia desigual

Os projetos espaciais da NASA tiveram muitos efeitos secundários positivos, mas esses benefícios não são compartilhados igualmente.
Economistas como Tyler Cowen, professor da Universidade George Mason, estão vendo cada vez mais evidências de um fosso cada vez maior entre aqueles que têm acesso a tecnologias, que têm sido aprimoradas rapidamente, e aqueles que não o têm. De acordo com Cowen—autor do recente livro Average Is Over: Powering America Beyond the Age of the Great Stagnation—essa desigualdade no acesso à tecnologia e à informação vai aprofundar a desigualdade nas habilidades e, finalmente, nos salários e nos padrões de vida globais.

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