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Conteúdo principal

A Cruz Keynesiana

Use um diagrama para analisar a relação entre a despesa agregada e saída econômica no modelo keynesiano.

Pontos Principais

  • O modelo despesa-produto, ou Cruz Keynesiana, mostra como o nível de despesa agregada varia com o nível de produção econômica.
  • O equilíbrio no gráfico ocorre quando a linha de despesa agregada cruza a reta de 45 graus, que representa o conjunto de pontos onde a despesa agregada na economia é igual ao produto, ou renda nacional.
  • O equilíbrio na Cruz Keynesiana pode acontecer no PIB potencial—ou abaixo ou acima desse nível.

O modelo despesa-produto, ou Cruz Keynesiana

As ideias fundamentais da economia keynesiana foram desenvolvidas antes que o modelo de oferta agregada/demanda agregada, ou OA/DA, fosse popularizado. A partir da década de 1930 até a década de 1970, a economia keynesiana era geralmente explicada com um modelo diferente, conhecido como abordagem despesa-produto.
Esta abordagem está fortemente enraizada nos pressupostos fundamentais da economia keynesiana. Ela concentra-se na quantidade total de gastos na economia, sem menção explícita à oferta agregada ou ao nível de preços, apesar de ser possível, com base no gráfico, tirar algumas inferências sobre eles.

Os eixos do gráfico despesa-produto

O modelo despesa-produto determina o nível de equilíbrio do produto interno bruto real, ou PIB, pelo ponto em que as despesas totais ou agregadas na economia são iguais à quantidade de produto produzido.
Se você der uma olhada no gráfico abaixo, verá que os eixos da Cruz Keynesiana apresentados mostram o PIB real no eixo horizontal como uma medida de produto e a despesa agregada no eixo vertical como uma medida de gasto.
O modelo despesa agregada-produto mostra os gastos agregados no eixo vertical e o PIB real no eixo horizontal. Uma linha vertical mostra o PIB potencial onde ocorre o pleno emprego.
Crédito da imagem: Figura 1 em "The Expenditure-Output (or Keynesian Cross) Model" por OpenStaxCollege, CC BY 4.0
Lembre-se que o PIB pode ser pensado de várias maneiras equivalentes—ele mede tanto o valor do gasto em bens finais como também o valor da produção de bens finais. Todas as vendas dos bens e serviços finais que compõem o PIB acabarão como renda para os trabalhadores, gerentes, investidores e proprietários de empresas. A soma de toda a renda recebida por recursos que contribuíram para o PIB é chamada de renda nacional, Y no gráfico acima. Ao falar sobre o modelo de despesa-produto, às vezes é útil referir-se ao PIB real como renda nacional. Ambos os eixos são medidos em termos reais ajustados pela inflação.

As linhas do PIB potencial e da reta de 45 graus

A Cruz Keynesiana possui duas linhas que servem de guias conceituais para orientar a discussão. A primeira é uma linha vertical que mostra o nível de PIB potencial. PIB potencial significa aqui a mesma coisa que significa nos gráficos OA/DA. Refere-se à quantidade de produto que a economia pode produzir com pleno emprego de sua mão de obra e capital físico.
A segunda linha conceitual na Cruz Keynesiana é a reta de 45 graus, que começa na origem e direciona-se para cima e para a direita. Uma reta que se estende em um ângulo de 45 graus representa o conjunto de pontos (1,1), (2,2), (3,3), e assim por diante, onde a medida no eixo vertical é igual à medida no eixo horizontal.
Neste gráfico, a reta de 45 graus mostra o conjunto de pontos em que o nível de despesa agregada na economia, medido no eixo vertical, é igual ao nível de produto ou renda nacional na economia, medido pelo PIB no eixo horizontal.
Quando a macroeconomia está em equilíbrio, deve ser verdade que as despesas agregadas na economia são iguais ao PIB real—porque, por definição, o PIB é a medida do que é gasto em vendas finais de bens e serviços na economia. Assim, o equilíbrio calculado com uma Cruz Keynesiana sempre terminará onde a despesa agregada e o produto são iguais—o que só ocorrerá ao longo da reta de 45 graus.

A lista de despesa agregada

O ingrediente final da Cruz Keynesiana ou modelo despesa-produto é a lista de despesa agregada, que mostra as despesas totais na economia para cada nível de PIB real. A intersecção da linha de despesa agregada com a reta de 45 graus—no ponto E0 no gráfico acima—mostra o equilíbrio para a economia porque é o ponto em que a despesa agregada é igual ao produto ou PIB real.
Você pode aprender como a lista de despesa agregada é construída aqui. Mas neste artigo, iremos trabalhar com listas já completas.

Equilíbrio no modelo de Cruz Keynesiana

Com a linha de despesa agregada no lugar, o próximo passo é relacioná-la com os dois outros elementos da Cruz Keynesiana.
O ponto onde a linha de despesa agregada cruza a reta de 45 graus será o equilíbrio para a economia. É o único ponto da linha de despesa agregada em que o montante total gasto na demanda agregada é igual ao nível total de produção. No gráfico abaixo, esse ponto de equilíbrio, E0, acontece em 6.000.
Este gráfico da Cruz Keynesiana mostra o equilíbrio em um PIB real de $6.000. O PIB potencial neste exemplo é $7.000, portanto o equilíbrio ocorre em um nível de produto ou PIB real abaixo do nível do PIB potencial.
Crédito da imagem: Figura 7 em "The Expenditure-Output (or Keynesian Cross) Model" por OpenStaxCollege, CC BY 4.0
O ponto de equilíbrio é um ponto onde não há incentivo para se afastar desse resultado. Para entender por que o ponto de intersecção entre a função de despesa agregada e a reta de 45 graus é um equilíbrio macroeconômico, vamos dar uma olhada no gráfico abaixo.
Considere o que aconteceria se uma economia se encontrasse à direita do ponto de equilíbrio E, digamos, no ponto H onde o produto é maior do que o equilíbrio. No ponto H, o nível de despesa agregada está abaixo da reta de 45 graus, mostrando que o nível de despesa agregada na economia é menor que o nível de produto. Como resultado, no ponto H o produto está se acumulando sem ser vendido—o que não é uma situação sustentável.
A Cruz Keynesiana mostra três situações—uma em que o produto é superior à despesa agregada, uma em que a despesa agregada é igual ao produto e outra em que o produto é inferior à despesa agregada.
Crédito da imagem: Figura 8 em "The Expenditure-Output (or Keynesian Cross) Model" por OpenStaxCollege, CC BY 4.0
Por outro lado, considere a situação em que o nível de produto está no ponto L, onde o produto real é menor do que o equilíbrio. Neste caso, o nível de demanda agregada na economia está acima da reta de 45 graus, indicando que o nível de despesa agregada na economia é maior do que o nível de produto. Quando o nível de demanda agregada tiver esvaziado as prateleiras das lojas, também não poderá ser sustentado. As empresas responderão aumentando seu nível de produto.
Assim, o equilíbrio deve ser o ponto em que a quantidade produzida e o montante gasto estão equilibrados, na intersecção da função de despesa agregada e da reta de 45 graus.

Resumo

  • O modelo despesa-produto, ou Cruz Keynesiana, mostra como o nível de despesa agregada varia com o nível de produção econômica.
  • O equilíbrio no gráfico ocorre quando a linha de despesa agregada cruza a reta de 45 graus, que representa o conjunto de pontos onde a despesa agregada na economia é igual ao produto, ou renda nacional.
  • O equilíbrio na Cruz Keynesiana pode acontecer no PIB potencial—ou abaixo ou acima desse nível.

Perguntas de revisão

  • O que está nos eixos de um gráfico despesa-produto?
  • O que a reta de 45 graus mostra?

Questões de pensamento-crítico

  • O que significa quando a linha de despesa agregada cruza a reta de 45 graus? Em outras palavras, como você explicaria a interseção em palavras?
  • Qual modelo, o OA/DA ou o despesa-produto, melhor explica a relação entre níveis de preços crescentes e o PIB? Por que?

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