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Mediterrâneo Antigo
Escultura assíria
Embora a civilização Assíria, centrada no fértil vale do Tigre do norte do Iraque, possa ser rastreada até pelo menos o terceiro milênio a.C., algumas de suas ruínas mais espetaculares datam do primeiro milênio a.C., quando a Assíria dominava o Oriente Médio.
Assurnasirpal II
O rei assírio Assurnasirpal II (883-850 a.C.) estabeleceu Nimrud como sua capital. Muitas dos principais pátios e salas de seu palácio eram decorados com placas de gesso, com imagens esculpidas em relevo do rei como o sumo sacerdote e como um caçador e guerreiro vitorioso. Muitas destas peças estão expostas no Museu Britânico.
Assurnasirpal II, cujo nome (Assur-nasir-apli) significa, "o deus Assur é o protetor do herdeiro", subiu ao trono Assírio em 883 a.C. Ele era de uma linhagem de reis enérgicos cujas campanhas trouxeram grande riqueza para a Assíria, e a estabeleceram como uma das grandes potências do Oriente Médio.
Assurnasirpal montou pelo menos catorze campanhas militares, muitas das quais para o norte e o leste da Assíria. Governantes locais enviavam ao Rei ricos presentes e recursos fluíram para o país. Esta riqueza foi usada em impressionantes obras realizadas numa nova capital em Kalhu (Nimrud moderna). Uma cidadela no topo foi construída e coroada com templos e o chamado Palácio Noroeste. Sucessos militares levaram a campanhas posteriores, desta vez para o ocidente, e laços estreitos foram estabelecidos com estados no Levante Norte. Fortalezas foram criadas nos rios Tigre e Eufrates e equipadas com guarnições.
Quando Assurnasirpal morreu, em 859 a.C., a Assíria havia recuperado muito do território que ela perdera por volta de 1100 a.C. como resultado dos problemas políticos e econômicos do fim do período Assírio Médio.
Painéis em relevo
Os reis posteriores continuaram a embelezar Nimrud, incluindo o filho de Assurnasirpal II, Salmanaser III, que ergueu o Obelisco Negro retratando a oferta de tributo vindo de Israel.
Durante os séculos VII e VIII a.C. os reis Assírios conquistaram a região desde o Golfo Pérsico até as fronteiras do Egito. O prédio mais ambicioso deste período foi o Palácio do Rei Senaqueribe (704-681 a.C.) em Nínive. Os relevos de Nínive no Museu Britânico incluem uma descrição do cerco e o sítio e captura de Laquis em Judá.
Os melhores entalhes, no entanto, são os famosos relevos da caça ao leão do Palácio Norte em Nínive referentes a Assurbanipal (668-631 a.C.). As cenas foram originalmente realçadas com tinta, a qual em alguns pontos sobrevive, e funcionam como as histórias em quadrinhos modernas, começando em uma extremidade seguindo ao longo das paredes para a conclusão.
Os assírios usavam uma forma de gesso para os relevos e o esculpiam utilizando ferramentas de cobre e ferro. A pedra é facilmente corroída quando exposta ao vento e à chuva, e quando era usada no exterior, se presume que os relevos devem ter sido protegidos por verniz ou tinta. É possível que esta forma de decoração tenha sido adotada pelos reis Assírios após as suas campanhas para o oeste, onde os relevos de pedra eram utilizados nas cidades Neo Hititas como Carquemis. Os relevos Assírios faziam parte de um esquema decorativo mais amplo, que também incluía pinturas em mural e azulejos.
Os relevos foram inicialmente usados extensivamente pelo rei Assurnasirpal II (cerca de 883-859 a.C.) em Kalhu (Nimrud). Esta tradição se manteve nos prédios reais nas capitais posteriores de Khorsabad e Nínive
© Curadoria do Museu Britânico
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