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Lamassu da cidadela de Sargão II

Lamassu (lamassu, ou também shedu, touros alados com cabeça humana) da cidadela de Sargão II, Dur Sharrukin (atual Chorsabad, Iraque), Neo-assírio, ca. 720-705 a.C., alabastro de gesso, 4,20 x 4,36 x 0,97 m, escavado por P.-E. Botta 1843-44 (Musée du Louvre) Oradores: Dra. Beth Harris e Dr. Steven Zucker

NA MÍDIA: escultura exclusiva de Lamassu, arquitetura assíria e sítios arqueológicos inteiros foram recentemente destruídos por militantes que controlam grandes áreas do Iraque e da Síria. Esta tragédia não pode ser desfeita e é um ataque à nossa história e herança cultural comum. Para saber mais: artigo do New York Times de 27 de fevereiro de 2015

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Criado por Beth Harris e Steven Zucker.

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Transcrição de vídeo

(música de piano) - A Mesopotâmia antiga é muitas vezes tida como o berço da civilização, o lugar onde tiveram início a agricultura e as cidades. Isso a faz com parecer pacífica, mas ela era tudo menos isso. De fato, ela foi realmente onde uma série de civilizações conquistaram umas às outras. - Estamos no Louvre em uma sala com esculturas dos Assírios, que controlaram o antigo Oriente Médio desde 1000 AC até por volta de 500 AC. - E essas esculturas em particular vêm do palácio de Sargão II, e foram esculpidas no auge da civilização Assíria no século VIII AC. - Então essa é a Khorsabad dos dias de hoje. - No Iraque. - E muitos reis Assírios contruíram palácios em diferentes cidades. Existiam palácios em Nímrid e Assur antes disso, e depois haverá um palácio em Nínive, mas essas esculturas vêm de uma escavação na Khorsabad de hoje. - As esculturas mais impressionantes que sobrevivem são as figuras dos guardiões que protegiam os portões da cidade, e protegiam os portões da própria cidadela. Ou seja, a área onde ficavam o templo e o palácio real. - Então em cada um desses portões, havia figuras de guardiões que eram touros alados com cabeças humanas. - Acho que eles se chamavam Lamassu. - Como figuras que ficavam nos portais, elas fazem sentido. Elas são medonhas, elas parecem poderosas. Elas podiam também ser uma expressão do poder do rei Assírio. - Elas são enormes, mas até elas parecem anãs comparadas com a arquitetura. Elas ficavam entre arcos enormes. De fato, elas tinham algum propósito estrutural. É interessante notar que cada um desses Lamassu foi esculpido de uma pedra monolítica, ou seja, não existem cortes aqui. São peças de uma única pedra, e no mundo antigo não era fácil colocar essas pedras no seu lugar. - Bem, e supostamente havia relevos no palácio que retratavam o deslocamento desses Lamassu maciços para o palácio. Então é importante lembrar que os Lamassu eram figuras de entrada, mas as paredes do palácio eram decoradas com esculturas de relevo mostrando cenas de caça e outras cenas que indicavam poder real. Essa é um Lamassu que era o guardião do portão externo da cidade. Está em ótima condição. A minha parte favorita é a coroa. Ela é decorada com rosetas, e chifres duplos que circundam em direção ao centro superior, e por cima disso um arco de penas. - É realmente bem delicado para uma criatura tão maciça e poderosa. Os rostos são extraordinários. Primeiramente, bem do topo da fronte podemos ver um cabelo cacheado inserido que vem debaixo da coroa, e então temos uma sobrancelha interligada. - E então as orelhas são as orelhas de um touro que usam brincos. - Na verdade brincos bem elaborados. - Bem, o formato inteiro é muito decorativo. - E então há essa essa representação de barba maravilhosa e complexa. Vemos os cachos sobre a face, mas conforme a barba desce, vemos espirais se torcendo para baixo, que são interrompidas por uma série de faixas horizontais. - E as asas também formam esse padrão decorativo adorável na lateral do animal e também ao longo de suas costas. - Na verdade pelo corpo também há cachos, e então temos a sensação da pele da fera. E em baixo da criatura, e em torno das pernas, vemos inscrições em escrita cuneiforme. - Algumas declaram o poder do rei. - E a maldição para aqueles que ameaçam a obra do rei, ou seja, a citadela. - O que também é interessante é que eles se destinavam a serem vistos tanto de frente quanto de perfil. - Se vocês contarem o número de pernas, há uma a mais. Há cinco. - Correto, duas vistas na frente, e quatro do lado, mas é claro que uma da frente se sobrepõe, então temos cinco pernas. - O que é interessante é que quando vemos a criatura de lado, vemos que na verdade ela está se movendo para a frente, mas quando a vemos de frente, essas duas pernas estão estáticas, e então a fera está parada. - E pense no que isso significa para uma figura guardiã em um portão. Ao nos aproximarmos, a vemos parada, nos olhando ao nos movemos, mas se formos um dos seus, se formos amigáveis, e tivermos permissão para passar, na medida em que nos movemos ao entrar vemos o animal se mexer. - E então temos essa combinação dessas formas decorativas, das quais estamos falando de sua sensibilidade, com a anatomia desse animal composto Seu abdômen cresce, seu traseiro se mexe para trás aí então vemos as veias, os músculos, e os ossos de sua perna. - E então existe realmente essa relação divertida entre o naturalismo e a imaginação da escultura. - E o decorativo, mas tudo ligado ao poder, à autoridade do rei e às fortificações de seu palácio e da sua cidade. - São incrivelmente impressionantes. Seria impossível chegar à citadela sem ficar boquiaberto com o poder dessa civilização. [Legendado po Bruna Jermann]