Arte Cassita: Cudurru inacabado

Durante o segundo milênio, a região da Mesopotâmia, com a Assíria ao norte e a Babilônia ao sul, juntamente com o Egito e as terras hititas, que formam hoje a Turquia, tornou-se forte e exerceu relações políticas surpreendentemente harmoniosas.

Para a arte, isso significa uma troca simples de ideias e técnicas, e os textos preservados refletem o desenvolvimento de "associações" de artesãos, como joalheiros, escribas e arquitetos.

A Babilônia nessa época era mantida pelos cassitas, originalmente das montanhas de Zagros ao norte, que buscavam imitar os estilos de arte da Mesopotâmia. Os kudurru (indicadores de fronteira) são os únicos vestígios importantes dos cassitas, muitos dos quais mostram os deuses e atividades cassitas convertidos ao estilo visual da Mesopotâmia.

Este kudurru, considerado inacabado devido à falta de uma epígrafe, teria delimitado o terreno e, provavelmente, teria indicado o proprietário e ainda a quem o terreno teria sido arrendado.

Apesar de ser um objeto produzido e destinado ao uso dos cassitas, apresenta estilo e imagética da Babilônia, especialmente as faixas múltiplas ou registros das personagens e o cortejo imponente de deuses e leões.

Os cassitas eventualmente sucumbiram no colapso geral da Mesopotâmia por volta de 1200 a.C. Esse colapso regional afetou governos tão longínquos quanto a Grécia metropolitana e tão grandiosos quanto o Egito. Esse é um período caracterizado pela fome, instabilidade política generalizada, mercenários itinerantes e, provavelmente, peste. Essa época é frequentemente denominada de Primeira Idade das Trevas.

Ensaio da Dra. Senta German