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Devoto ereto de Tell Asmar

Devoto ereto (figura votiva), ca. 2900-2600 a.C., do templo quadrado em Eshnunna (moderna Tell Asmar, Iraque), Suméria, Dinastia Antiga I-II, alabastro de gipsita, concha, calcário preto, betume, 29,5 x 10 cm (Metropolitan Museum of Art). Oradores: Dr. Steven Zucker e Dr. Beth Harris. Criado por Beth Harris e Steven Zucker.

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Transcrição de vídeo

- Quase 5.000 anos atrás alguém cuidadosamente enterrou um pequeno número de figuras de alabastro no chão de um templo. E estamos vendo uma dessas figuras agora, e o Museu Metropolitano de Arte a chama de Homem Devoto de Pé. Ele foi enterrado ao lado de outras 11 figuras, num total de 12, na sua maioria machos. Estamos vendo uma das menores figuras. Elas variam de apenas menos de 30 centímetros a quase 1 metro. O templo onde elas foram enterradas ficava em uma cidade chamada Eshnunna, no norte da antiga Mesopotâmia. Que é hoje chamada de Tell Asmar. As figuras de Tell Almar são largamente consideradas a grande expressão a arte Suméria dinástica primitiva. E nós achamos que o templo era dedicado ao deus Abu. Naquela época, o terceiro milênio AC, nesta área nas proximidades dos rios Tigre e do Eufrates, algumas das primeiras cidades do mundo nasceram, e nasceu a escrita. Esse é um divisor de águas na história humana. As cidades tinham edifícios administrativos, templos, palácios, muitos dos quais foram descobertos por arqueologistas. Este é o período transacional logo após a Idade do Bronze, o fim do Neolítico, quando as civilizações foram fundadas nos grandes vales dos rios por todo o mundo. E ele é adorável. Ele é edorável. Eu acho que seus olhos grandes e sua sensação de afetividade são muito atraentes, mas é claro que ele não estava querendo nos olhar. Ele parecia estar prestando atenção a uma estátua, uma escultura de um deus que se acreditava estar incorporado na escultura. De fato, acreditamos que a pessoa para quem ele era uma espécie de substituto estava também incorporada nessa estatueta Então um membro da elite da cultura Suméria antiga pagou para ter essa escultura feita e colocada em frente ao deus para ser uma espécie de substituto para talvez oferecer orações continuamente, para ser continuamente atencioso ao deus. Suas mãos estão entrelaçadas, ele está ereto, seus ombros são largos, então há uma sensação de frontalidade. Mesmo ele sendo esculpido em ambos os lados, ele foi concebido para ser visto de frente. Embora esse termo "concebido para ser visto" seja divertido. Bem, ele foi concebido para ser visto por um Deus. Vocês podem ver que o cabelo está dividido no centro da cabeça e desce em ondas ou talvez tranças que descem em espiral e então moldam a barba central, que é bem formal e desce em cascata numa série de ondas regulares. Suas mãos estão entrelaçadas bem abaixo da sua barba. Seus ombros são realmente largos, seus braços muito largos, e então temos essas pregas muito finas na barra da sua saia. Mas é estranho pra mim quão cilíndrica é a parte inferior do seu corpo e quão achatado é o seu torso. Se vocês olharem a face com cuidado, vocês podem ver que os olhos muito grandes são de fato conchas incrustradas e no centro as pupilas são pedras calcárias pretas. E vocês podem ver também que há uma incisão das sobrancelhas que podem originalmente também ter sido incrustadas. Isso é realmente diferente da cultura egípcia que emerge na mesma época. Na cultura egípcia, as esculturas representam principalmente o faraó, o rei, e mostram sua divindade, mas ao contrário, no Oriente Próximo antigo temos essas imagens votivas, mas não muitos reis. Pelo menos durante este período dinástico inicial. As figura de Tell Asmar que foram desenterradas são muto parecidas. Elas não pretendiam ser retratos de uma pessoa específica, mas um símbolo dessa pessoa. Mas ele parece muito humilde, sua boca está fechada, seus lábios estão selados e é claro que ele está maravilhosamente vigilante. E eu acho quee o fato de suas mãos estarem entrelaçadas fazem ele parecer ainda mais humilde. Há algumas escolhas sutis feitas por quem esculpiu isso . Vejam como a saia se estende e se liga aos seus braços um pouco mais largas que o esperado. E o torso e quase em forma de V. Há uma sensação de padronização geométrica aqui, e não nas formas naturalísticas do corpo. Se vocês olharem as costas das figura, vocês podem ver que há uma pequena fenda esculpida horizontalmente. E há também o que parece ser uma indicação talvez de um cinto amarrado que pende. Vocês entendem, eu acho que a decisão do artista de não fazer uma figura naturalística é porque uma figura naturalística perante o deus poderia dar uma sensação de uma mera visita, uma mera passagem, mas essa ideia de uma figura estática, simétrica, frontal, com olhos grandes, dá uma sensação de atemporalidade de uma figura que está para sempre oferecendo orações para o deus. (Legendado por Luiz Fontenelle)