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Mediterrâneo Antigo
Curso: Mediterrâneo Antigo > Unidade 2
Lição 1: Introdução ao Antigo Oriente PróximoO berço da civilização
Berço da civilização
A Mesopotâmia, área entre os rios Tigre e Eufrates (no atual Iraque), é muitas vezes referida como o berço da civilização por ser o primeiro lugar onde cresceram centros urbanos complexos. A história da Mesopotâmia, no entanto, está indissoluvelmente ligada a uma região maior, que é composta pelas modernas nações do Egito, Irã, Síria, Jordânia, Israel, Líbano, estados do Golfo e Turquia. Muitas vezes nos referimos a esta região como Oriente Próximo ou Médio.
Origem do nome
Por que esta região se chama assim? O que tem ao seu redor e nas proximidades? É a proximidade destes países com o ocidente (Europa) que fez esta área ser chamada de "Oriente próximo." A arte antiga do Oriente Próximo faz parte da história da arte ocidental, mas a história não foi escrita desta forma. Foi principalmente por causa do interesse do ocidente na "Terra Santa" bíblica que os antigos materiais do Oriente Próximo foram considerados como parte da coleção ocidental da história da arte. O interesse em encontrar a localização de cidades mencionadas na Bíblia (como Nínive e Babilonia) inspirou as primeiras expedições arqueológicas inglesas e francesas do século XIX ao Próximo Oriente. Estes sítios arqueológicos foram descobertos e as escavações revelaram ao mundo um estilo de arte que estava perdido.
As escavações inspiraram o Pavilhão de Nínive na Feira Mundial de Londres em 1851 e o estilo de arte decorativa e arquitetura chamado de ressurgimento assírio. Hoje a arte antiga do Oriente Próximo permanece popular; em 2007 a Leoa de Guennol, uma escultura calcária de 8,3 cm de altura com mais de três mil anos, foi vendida por 57,2 milhões de dólares, a segunda escultura mais cara vendida até aquela data.
Uma história complexa
A história do Oriente Média é complexa e os nomes dos governantes e locais muitas vezes são difíceis de ler, pronunciar e soletrar. Além disso, esta é uma parte do mundo que hoje permanece remota ao Oeste em termos culturais, enquanto as tensões políticas impedem uma compreensão mútua. No entanto, assim que você passar a compreender os termos básicos sobre a geografia geral da área e sua história, sua arte revela-se excepcionalmente bela, íntima e fascinante em sua complexidade.
Geografia e o crescimento das cidades
A Mesopotâmia continua a ser uma região de contrastes geográficos: vastos desertos margeados por montanhas escarpadas, pontuadas por exuberantes oásis. Fluindo através desta topografia estão muitos rios, e foram os sistemas de irrigação que tiraram água destes rios, especificamente no sul da Mesopotâmia, que forneceram o suporte para os primeiros centros urbanos nesta região.
A região carece de pedras (para construção), metais preciosos e madeira. Historicamente, esta deficiência dependeu do comércio de seus produtos agrícolas para a obtenção destes materiais. Os sistemas de irrigação em grande escala e o trabalho necessário para extenso cultivo foi gerenciado por uma autoridade centralizada. O desenvolvimento inicial desta autoridade, sobre um grande número de pessoas em um centro urbano, é o que realmente distingue a Mesopotâmia e lhe dá uma posição especial na história da cultura Ocidental. Aqui, pela primeira vez, graças a uma boa oferta de alimentos e uma forte classe administrativa, o Ocidente pode desenvolver um alto nível de especialização do ofício e a produção artística.
Dra. Senta German
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