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Uma garrafa e um brinquedo: objetos da vida cotidiana

As pinturas de parede do sepulcro de Nebamun mostram uma visão idealizada do cotidiano do antigo Egito. Pouco se sabe sobre as vidas da maior parte da sociedade. O estudo dos restos humanos em pobres cemitérios é frequentemente a única maneira de aprender sobre as curtas vidas dos antigos egípcios. Muitos dos objetos pertenciam aos ricos e somente sobreviveram porque eram enterrados em tumbas. Eles fornecem um vislumbre do estilo de vida luxuoso destas pessoas.

Garrafa de vidro na forma de um peixe

Garrafa de vidro na forma de um peixe. 1390-1336 A.E.C., 18ª Dinastia,
vidro, 14,5 cm, El Amarna, Egito © Curadores do Museu Britânico
Os vasos de vidro parecem ter sido primeiramente funcionais do que objetos de rituais; seu principal uso era armazenar cosméticos ou óleos preciosos. Contudo, o desenho de peixe neste caso pode sugerir algum outro significado, complementando sua beleza como um item pessoal de elite.
O peixe representado é uma Tilápia-do-nilo que incuba e protege seus filhotes em sua boca. O surgimento de descendentes vivos da boca da tilápia, levou o peixe a ser utilizado como um símbolo de renascimento e regeneração, frequentemente usado como um amuleto.
Este é o exemplo mais completo e espetacular de vários vasos de vidro em forma de peixe feitos em volta deste período que sobreviveram. Foi encontrado debaixo do piso de uma casa em Tell el-Amarna, onde pode ter sido enterrado pelo seu dono.
Os vasos de vidro do Império Novo (1550-1070 A.E.C.) são objetos altamente coloridos, e o vidro foi frequentemente usado como um substituto mais versátil e menos caro que as pedras semipreciosas. Este peixe foi feito colocando o vidro fundido sobre um núcleo feito de uma mistura de barro. Depois, tiras coloridas de vidro foram colocadas ao redor do corpo e moldadas com uma ferramenta para criar um padrão de escama de peixe. O corpo foi então alisado, os olhos e nadadeiras foram adicionados e o núcleo foi extraído.
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Gato de brinquedo de madeira
Gato de brinquedo de madeira. 1550-1070 A.E.C., 5,3 x 11,7 x 3 cm, Thebes, © Curadores do Museu Britânico. Incrustações de cristais de rocha são usados para os olhos, e os dentes são de bronze. A mandíbula inferior pode ser movida, usando uma corda (moderna) que atravessa um buraco na parte superior da cabeça.
Os gatos podem ter sido mantidos como animais de estimação antes do quarto milênio A.E.C. Duas espécies selvagens de gatos viveram no Egito, o Gato-da-selva e o gato selvagem africando. Ao final do primeiro milênio A.E.C. os gatos foram criados em uma escala industrial para uso no culto da deusa gata Bastet.
Desde a Décima Segunda Dinastia, gatos são mostrados em decorações de tumbas, sentados embaixo da cadeira do falecido ou acompanhando-o em uma caçada nos pântanos. Existe um bom exemplo deste último na tumba de Nebamun, ela mostra um gato ruivo prendendo aves na sua boca e com as quatro patas ao mesmo tempo. Tais cenas de caça podem também representar a luta entre os humanos civilizados e as forças do caos, representadas como aves selvagens.
O gato tinha um papel similar no plano divino. No texto funerário chamado a Litania de Rá, o deus do sol aparece como um gato e luta contra a serpente Apep. Esta serpente, a manifestação das forças do caos, atacou o barco solar enquanto ele atravessava o céu noturno. O deus venceu Apep cortando-a em duas com uma faca, permitindo ao sol continuar sua jornada para renascer ao amanhecer.

Recursos adicionais
R.M. e J.J. Janssen, Growing up in Ancient Egypt (Londres, The Rubicon Press, 1990).
M. Stead, Egyptian life (Londres, The British Museum Press, 1986).
I. Shaw e P. Nicholson (eds.), British Museum dictionary of Ancient Egypt(Londres, The British Museum Press, 1995).
A.P. Kozloff e B.M. Bryan, Egypts dazzling sun: Amenhotep III and History World (Cleveland Museum of Art, 1992)
E.R. Russmann, Eternal Egypt: masterworks of Ancient Art from the British Museum (University of California Press, 2001).
J.D. Cooney, Catalogue of Egyptian antiqu-3 (Londres, The British Museum Press, 1976).
S. Quirke e A.J. Spencer, The British Museum Book of Ancient Egypt (Londres, The British Museum Press, 1992).
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