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Zeus ou Poseidon de Artemísio

Zeus ou Poseidon de Artemísio, c. 460 a.C., bronze, 2,09 m de altura, Início do Período Clássico (Estilo Severo), recuperado de um naufrágio ao largo do Cabo Artemísio, Grécia, em 1928 (Museu Arqueológico Nacional, Atenas). Oradores: Dra. Beth Harris e Dr. Steven Zucker. Criado por Steven Zucker e Beth Harris.

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Transcrição de vídeo

Estamos no Museu de Arqueologia de Atenas. Estamos vendo esta grande escultura de bronze de um deus. Você nem precisa dizer que é um deus. É tão poderoso, parece estar no controle. Olhamos para ele e sabemos que ele é o deus que controla o destino dos seres humanos. Temos certeza que ele é Poseidon ou Zeus. Poseidon é o deus do mar. E seu irmão, Zeus, é o deus que governa todos os Deuses do Olimpo do Monte Olimpo. A maneira que somos capazes de determinar o que ele era, depende do que ele levava nas mãos. Se estivesse levando um tridente, poderia ser Poseidon e se estivesse segurando um raio, seria Zeus. Agora, infelizmente, seu atributo foi perdido. Muitos historiadores tendem a pensar que este é Zeus. Um raio seria curto e não teria obscurecido o rosto como teria sido com o tridente, que seria muito mais longo. E ainda, se olhamos o espaço em sua mão, é como se estivesse segurando algo muito maior do que o cabo fino de um tridente. O raio era a arma de preferência de Zeus Ele é conhecido como "O Deus dos Trovões". Isto é bronze, é importante falar sobre como esta escultura teria sido em A.C, quando foi criada. Ela teria brilhado, reluzido na luz. É tão raro que tenhamos um bronze original grego. E a única razão pela qual temos esta peça é porque foi recuperada de um antigo naufrágio. O que acontece é que o bronze não enferruja a menos que haja ar e água que se alternem. Debaixo da água, fica encrustado com muitas cracas e criaturas do mar, mas na verdade pode estar bastante bem preservado como neste caso. Aquele brilho, reluzente e radiante combina com a ideia de que este seja Zeus. Principalmente, quando observamos que as sobrancelhas, talvez a barba e certamente o raio devem ter sido encrustados com prata. Aqui temos aquele cálido brilho do bronze em contraste com os flashes de prata. Seus olhos devem ter sido encrustados com vidro e assim temos esta figura incrível, não somente brilhante, mas também que se direciona até nós, dependendo claro de onde nos colocamos. Olhem a maneira que ocupa o espaço, não queremos estar em frente dele, seriamos vítima de seu raio. Seu enfoque é extraordinário, temos a incrível sensação de extensão que é mais de 1,80 m de uma mão à outra, e ele se equilibrando, mas também está apontando com sua mão. Ele está movendo-se de uma maneira como se fosse lançar algo como um raio, embora isso seja difícil de imaginar. É isso mesmo, está empurrando com sua perna, os dedos levantados como se o pé estivesse se preparando para suportar o peso do corpo ao dar um passo. Agora, se pensamos só um século antes no período arcáico, escultores gregos faziam esculturas de mármore muito contidas, ou seja, os membros estavam perto do corpo. Vemos isso durante o início deste período clássico. Às vezes conhecido como estilo severo. Um interesse pelas figuras mais abertas, as quais os membros estão mais separados do corpo, figuras que se movimentam no espaço do expectador e isso é possível pelo uso do bronze. Não são necessários suportes, nem as pontes que são requeridas nas esculturas de mármore. Aqui, a resistência do bronze é forte o bastante para os braços possam estar longe do corpo e dar essa extraordinária vitalidade à figura que nos convida a andar ao seu redor. Há, na verdade, três pontos de vista distintos desta escultura, a frente e a trás faz parecer muito plana, esquemática, com a silhueta marcada. Vemos o corpo inteiro, as pernas, o tronco. É quase como um desenho. Os braços esticados. Os braços, especialmente o esquerdo são mais longos do que são naturalmente. Quando mudamos de lado, aquela sensação de achatamento muda e vemos uma figura que ocupa todo o espaço em todas as direções. Vemos a profundidade do tronco, um pouco do movimento dos quadris e da parte superior do corpo. Vemos a figura sair daquela tradição kouros dramaticamente. O que parece ser silhueta, na verdade, existe em profundidade. Olhe, por exemplo, para o ângulo do espaço da sua mão direita. Podemos ver que o raio ou o tridente não estava sendo seguro em paralelo com a mão, mas que teria virado-se porque está um pouco no mesmo ângulo. Para mim, o que é notável é como ele parece poderoso, como um super humano, mas ainda um humano nú. Os gregos consideram o corpo humano masculino como um refúgio para todos os seus ideais. Platão falava sobre a ideia de que os deuses eram a perfeita manifestação e que nós fazemos um tipo de reflexão interior da sua perfeição Aqui vemos a definição grega de um corpo humano idealizado e nós somos apenas um reflexo dele. (Legendado por Carol Sarapo)