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Mosaico de Alexandre da casa do Fauno, Pompeia

Mosaico de Alexandre, ca. 100 a.C., cópia romana (Pompeia) de uma pintura grega perdida, ca. 315 a.C., período helenístico (Museu Arqueológico, Nápoles). Oradores: Dra. Beth Harris e Dr. Steven Zucker. Criado por Beth Harris e Steven Zucker.

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Transcrição de vídeo

No beisebol, no futebol os locutores esportivos procuram pelo momento decisivo de um jogo e o que eles encontram de fato é uma batalha, inclusive uma das batalhas mais importantes da História Antiga teve um momento decisivo, o momento em que o imperador da Pérsia fugiu do ataque violento de Alexandre o Grande, o general Grego. Dario, o rei dos Persas, acabou de ordenar a retirada das tropas. Na tensão deste momento, em que há uma inversão de impulso, sentimos o impulso que vem da direita, porque as lanças dos guardas Persas ainda estão direcionadas aos Gregos. Mas é nesse momento que a carruagem, que é o maior objeto do mosaico, gira e a tensão e a torção necessárias para isso, trazem uma sensação enorme de dinamismo à tela. No chão, vemos os feridos e os mortos. Um dos meus aspectos favoritos é a imagem refletida de um dos soldados persas em sua armadura. Ele está olhando para si mesmo, ferido, talvez até esteja prestes a morrer. A minha parte favorita é o cavalo que faz parte do grupo que guia a carruagem de Dario. Quase todas as 4 patas não tocam o chão. Enquanto o puxam para a esquerda, sua cabeça vira para a direita. Essa imagem tem um tom quase frenético. Quando vemos o rosto de Alexandre temos uma sensação de confiança enquanto vai em direção a Dario. que parece ter medo. Parece que Dario está quase suplicando pelas vidas de seus soldados. Há um olhar de surpresa, preocupação e uma busca por compaixão, concordo plenamente. Alexandre é conhecido por sua compaixão, pelo menos em relação à família de Dario. E Alexandre foi um grande general grego, ele fundou um império enorme. Isso mesmo, ele não só unificou a Grécia, mas ele também conquistou o sul do Egito, a parte leste da Pérsia, e o Vale do Indo. Ele colocou uma área enorme do mundo conhecido até então sob o poder da Grécia. E todos estes detalhes são representados em pedaços minúsculos de pedra e vidro. Achamos que este mosaico que estamos mostrando foi baseado numa pintura da Grécia Antiga. E esperamos que tenha sido mesmo, porque não resta quase nenhuma pintura desse período histórico e como foi dito antes, eram pinturas fantásticas. Quando falamos de arte grega, pensamos na arte e na escultura, ou talvez aquitetura grega, talvez pensamos na pintura de cerâmica, mas no mundo antigo, a literatura nos diz que o que os gregos faziam de melhor era a pintura de parede. Mas não restou nenhuma. A tela nos dá uma idéia de como elas eram. Acho muito interessante que o mosaico esteja quase vazio na parte de cima, mas sobrecarregado na parte de baixo. Principalmente, se lembrarmos que a pintura estaria numa parede. De início, ela seria vista verticalmente, pelo menos é o que nós supomos. Nossos historiadores relacionam o mosaico à descrição de uma tela da Grécia Antiga feita por uma artista chamado Filoxeno. Foi baseada nessa fonte literária de Plíneo Filoxeno, que a pintura da batalha foi criada. Mas tem um pequeno problema, haviam muitas pinturas sobre o mesmo tema. E temos certeza que havia uma artista que também pintava sobre esse assunto. E sobre a Grécia Antiga. Esse confronto entre os generais, entre as duas civilizações, é extremamente importante. Com certeza houveram outras pinturas. Mas essa é a que temos. Isso foi o que achamos, e só foi possível por causa da erupção do Monte Vesúvio de 79 que preservou a cidade da Pompeia embaixo de uma camada de cinza vulcânica. E este mosaico também. Ele foi encontrado no chão entre dois peristilos, ou seja, entre dois pátios rodeados de colunas na maior e mais bem decorada mansão em Pompeia, que é chamada Casa do Fauno graças à escultura que foi descoberta lá. O mosaico em si é extraordinário, e não é surpresa que o achamos num ambiente como a Casa do Fauno. O mosaico é feito de 1milhão e meio de pedaços de pedra e vidro. A qualidade não se encontra só na delicadeza do material, mas também na incrível representação do naturalismo que caracterizava os gregos antigos. Mesmo com os pedaços de pedra pequenos temos uma sensação de modelagem e o uso da luz e da sombra dá uma sensação de formas em 3D. Se olharmos para os cavalos, ou o rosto das figuras, vemos a virada do rosto, a anatomia do corpo. E os animais parecem mais distantes, os cavalos, por exemplo. O conhecimento que eles tinham do corpo e seu movimento fica claro aqui. Isso mostra o quanto os Romanos respeitavam as conquistas artísticas da Grécia Antiga. Parece que todos em Pompeia queriam imitar os Gregos, ou ter cópias de esculturas e pinturas da Grécia Antiga. Legendado por [Sophia Bento] Revisado por [Cainã Perri]