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Mediterrâneo Antigo
Unidade 8: Aula 7
Ascensão do império- Augusto de Prima Porta
- Ara Pacis
- Ara Pacis
- Gemma Augustea
- Preparativos para um Sacrifício
- Retrato de Vespasiano
- Coliseu (Anfiteatro Flaviano)
- O Arco de Tito
- Relevo do arco de Tito, mostrando os espólios de Jerusalém sendo trazidos para Roma
- Fórum de Trajano
- Mercados de Trajano
- Coluna de Trajano
- Coluna de Trajano
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Relevo do arco de Tito, mostrando os espólios de Jerusalém sendo trazidos para Roma
Painel em relevo mostrando os espólios de Jerusalém sendo trazidos para Roma, arco de Tito, Roma, 81 d.C., mármore, 2,4 metros de altura. Oradores: Dr. Steven Fine e Dra. Beth Harris. Criado por Beth Harris e Steven Zucker.
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Transcrição de vídeo
(música de piano) Estamos olhando aos baixo-relevos
do Arco de Tito, o mais famoso que mostra os espólios de Jerusalém,
trazidos a Roma no grande e triunfal desfile
de honraria ao general e futuro imperador, Tito, por sua imensa vitória na
destruição de Jerusalém. Um arco triunfal é algo através do qual
o imperador entraria com a pilhagem, com inúmeros auxiliares, soldados e
prisioneiros de guerra. Quero dizer, este era um grande momento
de celebração da vitória em Roma. E ao final da celebração, o general do
exército perdedor seria morto em cerimônia. Isso aconteceu aqui? Sim, uma pessoa chamada Simon,
filho de Giora, que foi um dos rebeldes de Jerusalém,
foi morto no final. Em história da arte, quando olhamos ao
relevo do Arco de Tito, as vezes não percebemos a violência,
e acabamos por falar sobre isso de forma informal, porque de várias modos,
isso exemplifica a arte romana antiga. As figuras são naturalísticas. Há até uma ilusão de espaço, enquanto
estes soldados transportam a pilhagem do templo em Jerusalém através de
um portão da cidade. Bem, somos muito afortunados, que
a guerra judaica teve seu historiador, José, filho de
Matatias, em hebreu, Flavius Josephus em latim. Ele foi um general judeu que trocou
de lado no meio da guerra, e foi apoiado pela família do imperador
para escrever a história e então convencer os judeus a
não participarem da guerra. E a convencer os romanos a que apenas
uma pequena parte dos judeus estavam se revoltando contra Roma. E então Josephus está em pé no momento
desta parada de triunfo, olhando-a perplexo, e acho eu, não sabendo
de fato de que lado da guerra está. Então o que vemos aqui é uma situação
única, onde uma parada de triunfo romana
é participada por alguém que ao mesmo tempo que entende o triunfo,
também sofre por ele. Hum, Josephus, Josephus. O império romano está crescendo no início
do primeiro século, e os romanos estão se movendo ao que
chamamos hoje Oriente Médio e província da Judéia. A Judéia é absorvida pelo império romano. A Judéia tem politeístas e samaritanos, pessoas cuja montanha sagrada fica onde
agora é Nablus e muitos judeus também. E vários judeus e samaritanos estão
descontentes sobre o fato desses pagãos assumirem
o controle de sua terra sagrada. A complexidade das interações ferveram
forma tão intricada, que ao final, vemos uma cultura procurando
descobrir como relacionar-se com grupo tão
peculiar, com seu único templo e seu Deus também
único. E este único templo fica em Jerusalém.
Em Jerusalém. E neste templo há objetos sagrados. Normalmente as pessoas teriam um templo
diferente em cada cidade. Aqui teria um templo para meu Deus.
Indo para outra cidade haveria outro templo para outro Deus.
Jerusalém tinha apenas um. Os judeus possuíam apenas um, portanto
tinham direitos singulares. Por exemplo, no império romano,
poderiam enviar doações de qualquer lugar onde moravam,
para Jerusalém quando outras pessoas não tinham
autorização para enviar dinheiro através das linhas
internacionais. Os romanos procuram formas de levar os
judeus pois tinham potencial de serem boas pessoas mas com
costumes estranhos. Tinham seu templo, porém insistiam em
circuncisar suas crianças, possuíam regras de alimentação e algo
chamado de Sabá. E tudo isso era esquisito aos romanos
de várias formas. Não eram todas regras exclusivas dos
judeus. Os egípcios por exemplo, também
circuncidavam. Mas muitos hábitos eram estranhos. Os judeus também ficam em evidência,
pois era uma religião de livros, e de pessoas que liam. Então o problema complexo levou
a construção do templo em Jerusalém. E por conta de todas essas finalidades, lembra um templo romano
da época de Augusto. Mas existe algo estranho, que é a falta
de estátuas, sem imagens de divindades. Os romanos diriam: "Ah, é um templo
sem as coisas divertidas, sem as coisas que fazem sentido." E os judeus diriam: "Este é o templo de
Jerusalém, nenhuma imagem aqui." Mas tinham coisas dentro do templo. Havia objetos sagrados e
isso é o que vemos aqui, entrando em Roma como troféus
de guerra, pelo Arco de Tito. Temos o menorá, um símbolo muito
importante. da história judaica, principalmente no período romano,
mas vemos também outros objetos sagrados que ficavam no
templo, como a mesa de oferenda. Mesa para o pão de oferenda, ou a mesa
para o pão da face de Deus. O Pentateuco, que a Torá diz que
deve ser colocado na frente de Deus e 12 pães sobre ele. E continuada a ser usada, não apenas
a mesma mesa mas também mesas substitutas,
até chegarmos a aquela ilustrada no arco, que é uma típica mesa
romana. Onde os não-judeus teriam colocado
as imagens de suas divindades. Judeus colocariam seus objetos sagrados
que ofereciam para a divindade. Mas quando os romanos vieram e tomaram
a Judéia, o último dos reis judeus, um indivíduo chamado Matatias Antígono,
cunhou uma moeda onde em um lado havia uma menorá,
e do outro, a mesa. Depois da longa e terrível guerra,
com os judeus lutando contra a ocupação romana,
temos os mais sagrados objetos levados dos locais mais santos,
simplesmente mostrados como saques. O fato interessante é que você pode deixar
o arco de Tito, andar sob o arco, andar pouco mais de 90 metros, e entrar
em um templo construído pelo imperador Vespasiano,
pai de Tito, onde havia sido colecionado o maior
conjunto de obras de arte da época, de forma a demonstrar a grandeza de
Roma e de Vespasiano. E em um dos pedestais, ver o mesmo
candelabro, a mesma mesa e as mesmas trombetas. No vai e volta entre os objetos reais
descritos no texto de Josephus e mostrados no arco, e então,
neste museu antigo Não um museu como os nossos atuais. Um museu de despojos de guerra, de
troféus colecionados por um homem que estava a ponto de tornar ele mesmo
um Deus. Então foi uma procissão profundamente
significativa para os romanos porém para os judeus, deve ter sido
pavoroso. (música de piano) [Revisado por Pedro Mota Byrro]