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Cabeça de bronze da estátua do imperador Adriano

Cabeça em bronze de uma estátua do Imperador Adriano, século II d.C., bronze, 43 cm de altura, Bretanha Romana © Curadores do Museu Britânico
Cabeça em bronze de uma estátua do Imperador Adriano, século II d.C., bronze, 43 cm de altura, Bretanha Romana © Curadores do Museu Britânico
Adriano (reinou entre 117 e 138 d.C.), anteriormente um tribuno (oficial superior) em três diferentes legiões do exército Romano e comandante de uma legião em uma das guerras de Trajano, foi muitas vezes mostrado em uniforme militar. Ele era claramente interessado em ressaltar a imagem de um soldado sempre preparado, mas outras conclusões foram tiradas das suas estátuas que sobreviveram.

Definindo as fronteiras do Império

Quando Adriano herdou o Império Romano de seu antecessor, as campanhas militares de Trajano o tinham aumentado enormemente. Rebeliões contra o governo Romano explodiam em várias províncias e o império estava em grave perigo. Ele sufocou impiedosamente as rebeliões e reforçou suas fronteiras. Construiu barreiras defensivas na Germânia e no norte da África.
O primeiro imperador de Roma, Augusto (reinou de 27 a.C.a 14 d.C.), também tinha sofrido graves reveses militares e tomou a decisão de parar a expandir o império. No início do reinado de Adriano, Augusto foi uma importante referência. Ele tinha um retrato de Augusto no seu anel selo e mantinha um pequeno busto de bronze dele entre as imagens dos ídolos da família no seu quarto.
Como Augusto antes dele, Adriano começou a definir os limites do território que Roma podia controlar. Ele retirou o seu exército da Mesopotâmia, atual Iraque, onde uma grave revolta tinha acontecido, e abandonou as recém conquistadas províncias da Armênia e Assíria, bem como outras partes do império.

As viagens de Adriano

Adriano também é famoso como o imperador que construiu o muro de oitenta milhas (~ 130 km) de extensão através da Bretanha, de Solway Firth até o Rio Tyne em Wallsend: "para separar os bárbaros dos Romanos" nas palavras de seu biógrafo. Esta cabeça é proveniente de uma estátua de Adriano que provavelmente estava situada em um espaço público da Londres Romana, como um fórum. Ela devia ter um tamanho 1,25 vezes maior que o real.
Esta estátua pode ter sido erguida para comemorar a visita de Adriano à Bretanha em 122 d.C.; Adriano viajou muito extensivamente por todo o Império, e as visitas imperiais geralmente deram origem ao programa de reconstrução e embelezamento das cidades. Há muitas estátuas de mármore conhecidas dele, mas este exemplo feito em bronze é um sobrevivente raro.
Nascido em Roma mas de ascendência espanhola, Adriano foi adotado por Trajano para ser seu sucessor. Tendo servido com distinção no Danúbio e como governador da Síria, Adriano nunca perdeu seu fascínio com o império e suas fronteiras.
Em Tivoli, a leste de Roma, ele construiu um palácio enorme, um microcosmo de todos os lugares diferentes que tinha visitado. Ele era um entusiasmado construtor público, e talvez seu edifício mais famoso seja o Panteão, o edifício romano mais preservado do mundo. A Muralha de Adriano é um bom exemplo de sua devoção às fronteiras de Roma e os limites que ele estabeleceu foram retidos por quase trezentos anos.

Um amante da cultura

Adriano foi o primeiro imperador romano a usar uma barba cheia. Isso foi visto frequentemente como um sinal de sua devoção à Grécia e à cultura Grega.
Adriano exibia abertamente seu amor pela cultura Grega. Alguns senadores desdenhosamente se referiam a ele como Graeculus ("o Greguinho"). As barbas eram consideradas uma marca da identidade Grega desde os tempos clássicos, enquanto que o rosto bem barbeado era considerado mais Romano. No entanto, nas décadas antes de Adriano se tornar imperador, as barbas vinham sendo usadas pelos jovens Romanos ricos e parecem ter sido particularmente prevalecentes entre os militares. Além disso, uma fonte literária, a Historia Augusta, afirma que Adriano usava uma barba para esconder manchas no seu rosto.
Adriano adoeceu seriamente, talvez de uma forma de edema (inflamação causada pelo excesso de líquido) e se retirou para a estância balnearia de Baiae na Baía de Nápoles, onde morreu em 138 d.C.

A imagem do Imperador Romano

Tronco de uma estátua do imperador Adriano usando uma couraça, c. 130-141 d.C., 137 cm de altura, de Cirene, norte da África, © Curadores do Museu Britânico
Torso de uma estátua do imperador Adriano usando uma couraça, c. 130-141 d.C., 137 cm de altura, de Cirene, norte da África © Curadores do Museu Britânico. Nesta estátua vemos Adriano apresentado como o comandante em chefe. Sabemos de fontes literárias antigas que Adriano era particularmente interessado em mostrar uma forte imagem militar.
O culto ao Imperador combinava elementos religiosos e políticos e foi um fator vital na administração civil e militar Romana. Governantes falecidos eram frequentemente deificados, e embora o imperador vivo, que era o sacerdote-chefe do estado, não fosse ele mesmo adorado como um Deus, seu "numen," o espírito do seu poder e autoridade, era.
A imagem do soberano e a informação sobre suas realizações foram espalhadas principalmente através das moedas. Além disso, estátuas e bustos, em pedra e bronze e ocasionalmente até mesmo metais preciosos, foram colocados em vários lugares oficiais e públicos. Eles variavam em tamanho: colossal, tamanho natural e menor. Tais imagens simbolizavam o poder do estado e a unidade essencial do Império.
Assim como a importância política das representações do Imperador, sua aparência física e da sua consorte e família eram conhecidos pelas pessoas por todo o Império. Isso influenciou a moda e tais representações podem ajudar o arqueólogo e o historiador da arte modernos. Por exemplo, barbas tornaram-se chiques após a ascensão de Adriano, e os penteados das Imperatrizes e outras mulheres Imperiais podem ser vistos nos retratos privados e na arte decorativa, mesmo em províncias remotas como a Bretanha.
Logo do Museu Britânico
© Curadoria do Museu Britânico

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