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Sarcófago de batalha Ludovisi

Batalha dos romanos e bárbaros (sarcófago de batalha de Ludovisi), ca. 250-260 d.C. (Museo Nazionale Romano-Palazzo Altemps, Roma) Oradores: Dr. Steven Zucker e Dra. Beth Harris. Criado por Beth Harris e Steven Zucker.

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(piano ao fundo) Steven: Ao olhar isso fica claro, quem os romanos são, os mocinhos, e quem são seus inimigos, provavelmente os góticos. Beth: Os romanos também perpetuam-se como os mocinhos aqui. Parecem mais nobres e heroicos. Suas feições são mais ideais, Os góticos, seus inimigos, parecem quase personagens com narizes e bochechas inchadas, com expressões selvagens em suas faces. Steven: Eles são os bárbaros e é interessante já que isso é algo que os romanos estão emprestando diretamente dos antigos gregos. Ainda assim, esse é o estilo que se distancia das tradições da antiguidade clássica. Beth: Ou seja, não temos um senso de espaço livre ao redor deles. Ao invés disso, eles estão amontoados uns em cima dos outros. Steven: Exato, eles perderam sua autonomia no mundo. Eles não têm espaço para se mover. Invés disso, temos uma densa tapeçaria de figuras. Estamos diante do Sarcófago da Batalha de Ludovisio. É uma tumba grande. Uma peça gigantesca de mármore, que foi esculpida neste relevo incrivelmente profundo. Beth: A habilidade na hora de esculpir, é uma das coisas mais notáveis da obra. Não só o fato de cada área do sarcófago estar coberta com figuras, cavalos e escudos, mas existem lugares que foram esculpidos tão profundamente que as formas, membros, cabeças de cavalos, são completamente deslocadas do fundo. Existem duas para três ou quatro camadas de figuras e formas. Steven: É um emaranhado tão denso que demora um instante para podermos seguir cada corpo e entender onde um corpo começa e onde termina. Beth: Quando olhamos de perto, o que vemos na parte central do topo é, obviamente, o herói. Ele aparece em seu cavalo e está se contorcendo para abrir seu braço e trazer seu cavalo consigo. Olhe como ele está deslocado de seu cavalo. que parece quase selvagem e passional, mas ele parece calmo. Steven: Seu corpo está espalhado. O pano de sua armadura cria uma radiação. Ele parece uma explosão de luz no centro da composição. Beth: Sim, se movimentando ao mesmo tempo. Tudo está se move aqui. Steven: É quase impossível lembrar que isso é uma pedra estática, porque a superfície está tão ativa. Beth: Quando olhamos de perto, vemos que os romanos parecem rígidos e sérios. Por exemplo, a figura na extrema esquerda. Ele está marchando para batalha, Portanto existe um senso de seriedade da batalha. Steven: Existem momentos de escolhas morais a serem feitas. Olhe o soldado romano que capturou o gótico preso pelo pulso. Ele segura seu queixo, segurando a parte de trás de sua cabeça, e você sente que ele está tomando uma decisão, quanto a ser misericordioso ou matar o prisioneiro. Beth: E estranhamente, se olharmos para o fundo do sarcófago, as figuras ficam menores ao invés de maiores. Algo esperado. Os cavalos na extremidade são menores. As figuras que estão matando ou machucadas também são um pouco menores. Steven: É como se olhássemos para baixo em um inferno superior. Temos uma perspectiva interessante que foi construída aqui, certamente não uma perspectiva linear, mas uma perspectiva organizador que faz sentido nesta superfície complexa. Uma das questões que eu achei mais interessantes é a maneira com que os escudos e outros elementos criam uma cobertura que molda figuras individuais, e atraí nossos olhos profundamente nesta composição. Beth: Olhe para a figura que vemos de perfil. Cuja cabeça está emoldurada por dois escudos. Steven: Exato, espiando este momento maravilhoso. Beth: E aquela sombra escura atrás dele. O incrível do sarcófago é a alternação de luz e escuridão que anima a superfície. Onde vemos mais sombras e maior profundidade da escultura, é no cabelo dos góticos, em suas faces, e a suave superfície do mármore está reservada para os romanos, que foram mais profundamente esculpidos. Steven: Exato, a textura é associada ao inimigo e com uma certa porosidade. Beth: Vemos mais sarcófagos, plural de sarcófago, começando no começo do segundo século em Roma e continuando através do terceiro século. Steven: Certo. Antes, os romanos cremavam seus mortos mas sabemos que a partir do segundo século se tornou moda enterrar os mortos nos sarcófagos. Afinal, ele dá a oportunidade de criar essas monumentais forma esculturais. Beth: Historiadores tem tentado identificar de quem é o sarcófago e possuem algumas ideias mas não temos certeza. Deve ter sido alguém rico e poderoso, porque isso é uma obra gigantesca em mármore, que teria levado muito tempo para esculpir. Steven: Podemos ver aqui uma escolha de se afastar das esculturas gregas clássicas que associamos com grandes esculturas do Partenão que os romanos também amavam. Ao invés disso, vemos a intenção sendo colocada na interação entre essas figuras. Beth: É importante lembrar que nos segundo e terceiro século o império não estava estável como 100 ou 200 anos depois com Augusto. Houve uma guerra civil, existe instabilidade no império, em geral, e é possível associar este estilo com estas mudanças políticas e históricas. Steven: Pode ser demais dizer que a qualidade caótica disto emergindo espelha o caos do império. Eu acredito ser apropriado dizer que estamos dando as costas à tradição clássica e a aventura de um estilo mais complexo que se importa menos com a elegância do corpo do individuo humano. (piano ao fundo) Legendado por: Larissa Enohata