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Maison Carrée

Maison Carrée, c. 4-7 d.C., Colonia Nemausus (moderna Nîmes, França)
Maison Carrée, c. 4-7 d.C., Colonia Nemausus (moderna Nîmes, França)
A chamada Maison Carrée ou "casa quadrada" é um templo Romano antigo situado em Nîmes, no sul da França. Nîmes foi fundada como uma colônia Romana (Colonia Nemausus) durante o século I a.C. A Maison Carrée é um edifício Romano antigo extremamente bem preservado e representa um exemplo quase didático de um templo Romano conforme descrito pelo escritor arquitetônico Vitrúvio.

Projeto e Planta

Planta e elevação da Maison Carrée, c. 4-7 E.C. (foto: Penn State University Library, CC BY-NC 2.0)
Planta e elevação da Maison Carrée, c. 4-7 d.C. (foto: Penn State University Library, CC BY-NC 2.0)
O templo frontal é um exemplo clássico do templo em estilo Toscano, conforme descrito por Vitrúvio (que escreveu De Architectura no século I a.C.). Isto significa que o prédio tem uma única cella (sala de culto), uma varanda profunda, um frontal, orientação axial, e é assentado em um pódio elevado. O pódio da Maison Carrée se eleva a uma altura de 2,85 metros; a planta do templo mede 26,42 por 13.54 metros na base.
O edifício foi construído no estilo Coríntio (facilmente identificado pelos temas de folhas de acanto no capitel) e é hexa-estilo no sua planta (significando que ele tem seis colunas ao longo da fachada); vinte colunas incrustadas nos flancos, produzindo um arranjo pseudoperíptero (as colunas da frente são independentes, mas as colunas nos lados e atrás, estão incrustadas, ou seja, fixadas na parede).
Exemplo do tema ovo e dardo (fonte)
Exemplo do tema ovo e dardo (fonte)
O templo tem um pronaos (varanda) profundo. A superestrutura é decorada com temas de ovo e dardo, com a arquitrave dividida em três zonas. A varanda profunda que põe uma ênfase na frente do templo e o arranjo pseudoperíptero diferenciam claramente este templo de um templo Grego antigo.
diagrama
O templo trazia uma inscrição dedicatória que foi removida na Idade Média. Seguindo a reconstrução da inscrição feita em 1758, estudiosos acreditam que a consagração do prédio homenageava os netos de Augusto e herdeiros presumidos, Caio e Lúcio César. Na inscrição dedicatória se lê, em tradução, "Para Caio César, filho de Augusto, Cônsul; para Lúcio César, filho de Augusto, Cônsul nomeado; para os príncipes da juventude"(CIL XII, 3156). Embora não especialmente comum na Itália durante o tempo dos Júlio-Claudianos, o culto ao imperador e à família imperial era mais comum nas províncias do Império Romano.
O templo de Augusto e Lívia do final do seculo I a.C., localizado em Vienne, França (um antigo assentamento de Alóbrogos que recebeu uma colônia Romana) tem uma planta muito semelhante á da Maison Carrée. Este templo foi consagrado originalmente apenas a Augusto, mas em 41 d.C. o imperador Claudio reconsagrou o prédio para incluir Livia, sua avó (e a esposa de Augusto). Juntos estes dois templos nos mostram não só exemplos bem preservados da arquitetura do início da era Imperial, mas eles também o nível como as elites locais investiam em construções monumentais para celebrar o imperador e os membros de suas famílias. Assim como templos honoríficos em Roma foram patrocinados pelas elites, as construções nas províncias também contavam frequentemente com membros da elite da comunidade para preencher o papel de patrono artístico.
Templo de Augusto e Lívia, Vienne, França, final do século I A.E.C. (foto: Carole Raddato, CC BY-SA 2.0)
Templo de Augusto e Lívia, Vienne, França, final do século I a.C. (foto: Carole Raddato, CC BY-SA 2.0)
Ensaio do Dr. Jeffrey Becker

Recursos adicionais
Robert Amy, “L’inscription de la maison carrée de Nîmes”, Comptes rendus des séances de l’Académie des Inscriptions et Belles-Lettres 114.4 (1970) pp. 670-686.
Robert Amy and Pierre Gros, La Maison Carrée de Nîmes (Supplementa à “Gallia”; 38) (Paris: Éditions du Centre national de la recherche scientifique, 1979).
James C. Anderson, jr. “Anachronism in the Roman Architecture of Gaul: the Date of the Maison Carrée at Nîmes,” Journal of the Society of Architectural Historians, vol. 60 (2001) pp. 68-79
James C. Anderson, jr., Roman Architecture in Provence (Cambridge & New York: Cambridge University Press, 2013).
Jean-Charles Balty, Études sur la Maison Carrée de Nimes (Bruxelles-Berchem, Latomus, revue d’études latines, 1960).
Pierre Gros, “L’augusteum de Nîmes”, Revue archéologique de Narbonnaise 17.1 (1984) pp. 123-134.
Pierre Gros, L’architecture romaine : du début du IIIe siècle av. J.-C. à la fin du Haut-Empire. 1, Les monuments publics (Paris: Picard, 2001).
John Bryan Ward-Perkins, “From Republic to Empire: Reflections on the Early Provincial Architecture of the Roman West”, The Journal of Roman Studies, 60 (1970), pp. 1-19.

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