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Mediterrâneo Antigo
Império: jardim pintado, Villa de Livia
Jardim pintado, Villa de Livia, afresco, 30-20 a.C. (Museo Nazionale Romano, Palazzo Massimo, Roma). As espécies de plantas incluem: pinho guarda-chuva, carvalho, abeto vermelho, marmelo, romã, murta, oleandro, tamareira, morango, louro, viburno, azinheira, buxo, cipreste, hera, acanto, rosa, papoula, crisântemo, camomila, samambaia, violeta e íris. Criado por Beth Harris e Steven Zucker.
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Transcrição de vídeo
[Introdução musical] É um dia quente em Roma,
mas, você sabe, os antigos romanos descobriram
como deixar o dia fresco. Estamos numa sala que reconstitui
um quarto na casa de campo de Livia. Livia era a esposa do
imperador Augusto. É uma amável casa de veraneio,
uma espécie de resort, e nessa casa de campo,
havia um quarto parcialmente subterrâneo,
escavado na rocha, o que significava que eles ficariam
muito mais frescos no verão. E podemos realmente
apreciar isso hoje! Mas a sensação de frescor
viria não somente da temperatura real,
mas também da decoração. Das cores frias com
as quais esta sala está pintada. O que o artista fez foi pintar
uma ilusão incrível de uma paisagem, um jardim,
como se as paredes não fossem paredes,
mas sim vistas para fora, além da cerca,
além do muro. Há árvores e arbustos, e frutas,
e plantas e pássaros. Como se as paredes
tivessem se dissolvido e este é um grande exemplo do segundo
estilo romano de pintura de parede. O primeiro estilo era caracterizado
por uma tentativa de recriar na pintura e estuque paredes de mámore,
material dos palácios gregos decorados. Um tipo de mármore falso ou
técnica "engana o olho". Exatamente. Agora, aqui,
em vez da ilusão do mármore, o artista criou uma
ilusão da natureza. E natureza espalhada
ao nosso redor. E não é uma natureza ameaçadora.
É uma bela natureza cultivada. Está cheia de
pássaros divertidos, há frutas nas árvores, há flores em todos os lugares,
e há luz! O artista usou a
perspectiva atmosférica, para que as árvores e as folhas
que estão mais próximas fossem mais nítidas do que
a vegetação ao fundo. A única arquitetura real,
que é representada é, como você mencionou,
uma cerca, talvez de palha ou algo que parece
mais substancial. Numa espécie de
rosa acizentado, o artista usou essa
parede exterior, a fim de criar uma sutil
interpretação da perspectiva. Pode-se ver que a parede se
estende em um par de lugares para incluir árvores que estão
apenas nas margens. Vemos papoulas, rosas, íris,
romãs, marmelos, então, há uma verdadeira sensação
de variedade nas plantas, e nas flores, nos frutos
e nas aves que vemos. As posições das aves: algumas
com suas asas esticadas para trás, outras pousadas em silêncio,
algumas no céu... Há uma busca real pela
variedade da natureza. Minha parte favorita é esta árvore,
que está enquadrada por esta parede
rosa acizentada. Os ramos se movem casualmente,
como a árvore cresce, e há lugares onde vemos luz
sobre folhas e ramos e outros lugares onde as folhas
estão ensombreadas. É como se, de fato, uma brisa
viesse ao seu encontro e soprasse algumas folhas,
revelando um lado mais prateado. Percebemos as sombras mais
escuras das copas das folhas. Portanto, há um senso real
do momentâneo e de este ser um dia
ventilado, bonito. Você quase pode ouvir o
sussurro das folhas no vento. Acho que a minha planta favorita
é provavelmente o acanto que cresce em torno de um pinheiro,
em um dos menores lados da sala. O outro elemento que acho
mais interessante é que há, neste espaço a céu aberto,
empoleirada precariamente nessa parede exterior,
uma gaiola de pássaro. Ao longo deste quarto inteiro,
há pinturas de aves livres, voando pelo céu aberto. Todavia, aqui, temos
um pássaro numa gaiola, que me lembra que, embora as paredes
se dissolvam, ainda estou numa sala. [encerramento musical] Legendado por: [Noemia Monteiro Bito]
Revisado por: [Sophia Bento]