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Descrevendo o que você vê: Escultura (Henry Moore, figura reclinada)

Descrevendo o que você vê: Escultura Henry Moore, Figura Reclinada, 1951, gesso e corda, 105,4 x 227,3 x 89,2 cm (Tate Britain). © Fundação Henry Moore. Este gesso foi o resultado de uma encomenda do Conselho de Artes da Grã-Bretanha para o Festival da Grã-Bretanha. Um único bronze foi produzido a partir dele. Narração em inglês: Dra. Beth Harris e Dr. Steven Zucker. Criado por Beth Harris e Steven Zucker.

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Descrever algo pode parecer muito simples, mas descrever uma obra de arte pode demorar, e deveria demorar, porque quanto mais você descreve uma coisa, mais você entende o que está vendo. E mais perto você fica de interpretar o que você vê. Por isso descrever é uma das primeiras habilidades que os historiadores da arte aprendem. E qualquer pessoa que vá a um museu deveria conversar sobre o que vê. E as associações que isso traz à mente, em adição à pura descrição. Então isto é o que NÃO vamos fazer. Não vamos falar sobre quando a escultura foi feita, não vamos falar do contexto histórico, não vamos falar da biografia do artista. Só vamos descrever o que nós vemos. Eu vejo um corpo humano e ele é grande. É um corpo abstrato, não é uma representação cuidadosa da anatomia humana. Eu vejo o que parecem ser braços e pernas, e um corpo reclinado. Não há dúvida, nós reconhecemos imediatamente as pernas, os joelhos, o tronco, os ombros, o pescoço. Mas quanto mais olhamos para as partes individuais do corpo, mais vemos as escolhas que o artista fez. Mais reconhecemos que este não é um ombro real, não é um pescoço, não é uma cabeça. Mas ainda a vemos assim. E o mais óbvio que faz com que isto não seja um corpo real é a enorme cavidade, o espaço aberto gigante onde deveria haver um tronco. Mas antes de começar a descrever os elementos individuais da escultura, acho que é importante fazer algumas observações sobre o material e a superfície. A escultura é um branco sujo, e é tão lisa que nos convida a tocá-la, embora o museu prefira que a gente não faça isso. Ela tem essas formas curvilíneas adoráveis que parecem ser muito agradáveis ao toque. Mas essa cor branco sujo nos parece ser ossos, parece algo orgânico. E isso é complicado, porque os ossos ficam do lado de dentro, mas o que estamos vendo está do lado de fora. Ou isto é um fóssil? A carne foi removida? Exceto que a figura parece animada. Parece que ainda está intacta. Quando olhamos de perto vemos formas que parecem estar faltando. Mãos, ou pelo menos os dedos. Pés e partes do corpo também parecem duplicadas. O que parecem ser seios aparecem em dois lugares nesta escultura. O que parecem ser os quadris aparecem em dois lugares na escultura. Então não podemos ser muito literais. Você disse agora há pouco que não há dedos. Mas há uma referência a dedos, mas os dedos foram abstraídos. Se você olhar para a mão esquerda da escultura, ela parece ser um punho com os dedos enrolados para dentro, descrito por um oval feito por um cordão que está incrustado na superfície. No entanto o artista decidiu não nos dar dedos. Decidiu não nos dar o calcanhar e um pé com dedos e um arco. Mas ainda é um pé, por causa do ângulo em que a perna termina. Me parece um salto, ou dedos do pé. E eu tenho a sensação de saber onde estaria o calcanhar. É como se o artista me convidasse para preencher o que ele deixou de fora. De certa forma o espaço negativo, o espaço entre as formas, parece tão substancial quanto a forma. O espaço onde deveria estar o tronco, que é vazio. A maneira do que parece ser a coluna ou a parte superior das costas estar suspensa, já que a forma parece estar apoiada nos cotovelos. Este belo espaço negativo que nos dá a sensação do corpo se levantando. E por conta disso não só os cotovelos e antebraços, mas algo nos outros membros indeterminados, me dão a sensação que isso não é só humano é um tipo diferente de criatura, quase um inseto que pode se mover para a frente. de quatro ou talvez seis apoios. Também há uma tensão entre as formas redondas orgânicas e essas linhas retas que parecem chamar nossa atenção para um seio, um cotovelo, um ombro. Um contorno. Este é um desenho na forma. Quando eu olho para esta escultura, não posso deixar de pensar na figura humana, mas também tenho a sensação que estou olhando para uma paisagem. Que os joelhos são montanhas distantes, que de alguma forma isto é uma unidade, da forma humana e da própria terra. É engraçado como você diz isso porque quando eu vejo essa escultura, eu imediatamente imagino uma pessoa numa praia. Então não imaginei só um corpo inclinado, imaginei o lugar onde ela está, do lado de fora. Tomando sol. Na verdade, se levantando para pegar os raios do sol. A forma que parece uma almofada no centro da escultura, que pode ser lida simultaneamente como um peito, seios, talvez um tronco, uma forma indeterminada, me dá uma sensação. É a sensação que eu tenho quando inclino as minhas costas. Quando eu olho para essa escultura, eu sinto aquela atração no meu corpo. O artista usou a ferramenta mais simples. Ele usou a própria forma, ele usou a linha que ele construiu com um cordão. E ele é capaz de criar em mim uma associação com uma memória física. Algumas visões da escultura parecem reclinadas e relaxadas outras têm uma sensação de tensão. Se olharmos para o que parece ser a cabeça vemos duas formas circulares com uma identação no centro que parece um olho. E aquela boca que parece estar bocejando e quase chorando. Então gastamos apenas alguns minutos olhando para a escultura, mas criamos todo um conjunto de associações. Encontramos palavras que descrevem o que vemos. E essas palavras criaram a fundação para a nossa interpretação pessoal. E eu acho que gastar tempo descrevendo, se eu gasto um tempo olhando atentamente, mesmo uma obra de arte que inicialmente parece difícil e confusa, que talvez eu não tenha gostado à primeira vista, isso muda e uma apreciação do que o artista atingiu começa a se desenvolver.