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Movimento

pelo Dr. Asa Mittman
Movimento refere-se a uma sensação de deslocamento à medida que o olho é guiado por uma obra de arte. Isso pode ser feito mostrando figuras em movimento ou simplesmente por meio de elementos visuais.
Akbar a cavalo, caçando animais dentro de um cercado, ilustração do Akbarnama, c. 1590-95, Império Mughal, Índia, aquarela opaca e ouro sobre papel, 32,1 x 18,8 cm (Victoria and Albert Museum, London)
Akbar a cavalo, caçando animais dentro de um cercado, ilustração do Akbarnama, c. 1590-95, Império Mughal, Índia, aquarela opaca e ouro sobre papel, 32,1 x 18,8 cm (Victoria and Albert Museum, London)
Uma iluminura indiana — ou seja, uma pintura num livro feito à mão — do Akbarnama mostrando Akbar durante a caça num cercado demonstra os dois tipos. Assim como nos entalhes de Dürer, Quatro Cavaleiros do Apocalipse, o cavaleiro avança rapidamente da esquerda para a direita cruzando a imagem. Os animais menores se espalham, correndo velozmente em todas as direções e também caçando uns aos outros. Seus movimentos geram uma forte sensação de movimento ao longo da imagem. Entretanto, há elementos formais que intensificam isto.

Diagonais

Akbar a cavalo, caçando animais dentro de um cercado, ilustração do Akbarnama, c. 1590-95, Império Mughal, Índia, aquarela opaca e ouro sobre papel, 32,1 x 18,8 cm (Victoria and Albert Museum, London)
Akbar a cavalo, caçando animais dentro de um cercado, ilustração do Akbarnama, c. 1590-95, Império Mughal, Índia, aquarela opaca e ouro sobre papel, 32,1 x 18,8 cm (Victoria and Albert Museum, London)
Assim como as linhas horizontais atrás dos cavaleiros do entalhe de madeira de Dürer sugeriram o seu movimento para a frente, também aqui, as linhas e as cores ajudam a transmitir a movimentação de pessoas e animais. Existe um ziguezague forte que nos leva de cima para baixo, ou de baixo para cima.
Começando no canto superior direito, as cercas formam uma diagonal forte, acompanhada por um toque de verde que representa um riacho. Estes se encontram na borda esquerda, onde o impulso segue Akbar em seu grande cavalo branco, também enfatizado pela linha de terra mais escura que se move em diagonal para baixo a partir da boca do cavalo. Esse movimento então reverte a direção, em uma diagonal descendente, de volta à borda esquerda, que por sua vez retorna à borda direita inferior.
Nossos olhos, portanto, se movem pela imagem, não só porque as figuras nele contidas são retratadas em movimento, mas também devido à manipulação dos elementos visuais.

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  • Avatar blobby green style do usuário Paulo Aguiar
    Podemos considerar as maravilhosas miniaturas do Império Mongol indiano como antepassadas das histórias em quadrinhos?
    (1 voto)
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    • Avatar piceratops tree style do usuário ArthurBarbosa
      Essa é uma questão interessante e complexa. As histórias em quadrinhos são um tipo de arte que narra histórias através de desenhos e textos em sequência, normalmente na horizontal. Elas têm uma origem muito antiga, que remonta às pinturas rupestres, às representações egípcias e gregas, e às ilustrações medievais e renascentistas.

      No entanto, as histórias em quadrinhos no formato que conhecemos hoje surgiram no final do século XIX, nos Estados Unidos, com a publicação de “The Yellow Kid”, de Richard Outcault, na revista Truth. Essa história narrava as aventuras de uma criança pobre que vivia nos guetos de Nova Iorque, usando uma linguagem coloquial e crítica social.

      As miniaturas do Império Mongol indiano, também conhecido como Império Mogol, foram um tipo de arte que floresceu entre os séculos XVI e XIX na Índia, sob o domínio dos mongóis. Essas miniaturas eram pinturas feitas em papel ou marfim, que retratavam cenas da vida cotidiana, da história, da religião e da literatura dos mogóis.

      As miniaturas do Império Mongol indiano tinham algumas semelhanças com as histórias em quadrinhos, como o uso de cores vivas, a representação de personagens e cenários, e a presença de textos explicativos. No entanto, elas também tinham diferenças importantes, como o formato vertical, a ausência de balões e onomatopeias, e a influência de estilos artísticos orientais e ocidentais.

      Portanto, podemos considerar as miniaturas do Império Mongol indiano como antepassadas das histórias em quadrinhos apenas em um sentido muito amplo e genérico, pois elas não possuíam todas as características que definem esse gênero textual. As histórias em quadrinhos foram uma invenção original e moderna, que se desenvolveu em um contexto histórico e cultural diferente do das miniaturas mongóis. Espero ter ajudado.
      (4 votos)
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