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Quando usar a vírgula?

Nesta videoaula, apresentamos alguns usos da vírgula. Para tanto, também serão abordados o vocativo e o aposto.

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Transcrição de vídeo

RKA - Bom dia, boa tarde, boa noite, pessoal! Hoje a gente vai ver sobre a vírgula. A vírgula tem muitas funções, mas hoje a gente só vai ver três delas. A gente vai falar da vírgula na enumeração, vocativo, e um aposto. A vírgula é uma pontuação, e normalmente você ouve que ela representa as pausas na escrita. Isso é verdade, mas ela também é usada em outras situações. Na enumeração, a gente usa vírgula para separar os termos ou a sequência de fatos. Por exemplo, se você for explicar para alguém que você foi na feira, pode falar "eu fui na feira e comprei banana, uva, maçã, pêssego..." Na escrita, isso vem separado por vírgulas para a pessoa saber que são várias as coisas que você comprou. Nesse caso, ela exerce uma função parecida com a de uma lista. E aqui, um exemplo de sequência de fatos. Você pode, por exemplo, descrever o seu dia para alguém em uma carta, escrevendo: "Acordei, tomei banho, escovei os dentes e saí de casa." Aqui, a gente tem o exemplo de um trecho de um artigo que usa a função da vírgula para isso. Eu vou ler para vocês: "Apesar de pequenos, os seres da meiofauna têm um importante papel na natureza: além de servirem de alimento para animais maiores como caranguejos, moluscos e alguns peixes, por exemplo, eles também trabalham no processo de decomposição de resíduos, contribuindo para manter o meio ambiente limpo." Você conseguiu achar onde a vírgula tem essa função de enumeração? Isso mesmo, quando separa "caranguejos" de "moluscos". Nesse caso, ela está enumerando quais são esses animais maiores. Outra maneira de a vírgula aparecer é depois do vocativo. Você lembra o que é vocativo? É quando você chama alguém, e se refere diretamente ao interlocutor. Aí, você usa vírgula para separar esse chamamento do final da frase. Por exemplo, "Maria", vírgula, "você vai na viagem?" O vocativo nem sempre precisa ser um nome, pode ser um objeto ou então um adjetivo. Por exemplo: "Querido, volto mais tarde." Logo após "querido", a gente bota uma vírgula porque ele é um vocativo. Em vez de falar o nome da pessoa, chamou ela de querido. Olha aqui esse outro exemplo: "Ele não era em absoluto grande guerreiro: na verdade era um homem nervoso e preocupado. Naquele dia estava particularmente nervoso e preocupado porque tivera um problema sério com seu trabalho, que consistia em retirar a casa de Arthur Dent do caminho antes do final da tarde. — Desista, Sr. Dent, o senhor sabe que é uma causa perdida. O senhor não vai conseguir ficar deitado na frente do trator o resto da vida. — Tentou assumir um olhar feroz, mas seus olhos não eram capazes disso. Você encontrou o vocativo do texto? Isso mesmo. Ele está aqui, entre vírgulas: "Sr. Dent", que é com quem o homem nervoso e preocupado está falando. Ele está no meio da frase, mas continua sendo o vocativo. Nesse caso, ele vem entre vírgulas. Agora vamos falar da função da vírgula no aposto. Você lembra o que é aposto? Além de normalmente vir entre vírgulas no meio da frase, ele serve para explicar alguma coisa. Pode dar uma informação a mais ou então trazer um sinônimo de algo que já foi dito. Por exemplo: "Sofia, a vizinha, fez o bolo". "A vizinha" está explicando quem é Sofia. Por isso vai entre vírgulas, e a gente chama isso de aposto. Vamos ver esse exemplo de mais um trecho tirado do artigo do exemplo anterior. "Acreditamos que o número de espécies ainda não conhecidas pode estar na ordem de milhares, aposta o biólogo marinho Gustavo Fonseca, professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo." E aí, achou o aposto? Isso mesmo, ele está aqui: "professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo". Tudo isso para explicar quem é Gustavo Fonseca. A vírgula está aqui. E só não vem entre vírgulas porque está no final da frase. Se estivesse escrito "Gustavo, professor da USP, disse que tem milhares de espécies desconhecidas", o aposto "professor da USP" teria que vir entre vírgulas porque ele ainda está explicando quem é Gustavo. Resumindo, a vírgula é uma pontuação com algumas regrinhas para se utilizar. A gente pode usá-la com enumeração, com vocativo e com aposto. Na enumeração, a gente isola os termos da sentença. Tem uma função parecida com a lista. No vocativo, a vírgula vem logo depois do nome ou de qualquer outra palavra que esteja exercendo a função de vocativo. Ou seja, com quem a gente está falando. E o aposto é aquela explicação ou informação a mais que vem quase sempre entre vírgulas. Essas são as regrinhas que a gente aprendeu aqui, mas também há outros momentos para se usar a vírgula. Isso fica para outro dia, está bom? Sua vez. Que tal você fazer um texto sobre o seu dia e colocar nele uma sequência de fatos? Um diálogo que você teve com alguém... Para você poder usar o vocativo ou detalhar alguma coisa que você quer explicar para a gente. Bons estudos e até mais.