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Curso: Português EF: 4º ano > Unidade 1
Lição 5: Funcionamento da línguaVocativo e aposto (4º ano)
Nesta aula, apresentamos dois termos da oração: os vocativos e os apostos. Aprender esse conteúdo será importante para que, mais tarde, os alunos conheçam as regras para o uso da vírgula. Versão original criada por Khan Academy.
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- O aposto basicamente faria uma função de adjetivo? Algo assim?(2 votos)
- o que e vocativo e oque e aposto(2 votos)
- Pense em algo difícil? É vocativo e aposto! Mas se entendeu assistindo uma vez, parabéns!(2 votos)
- super fácil vocativo e aposto(1 voto)
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Transcrição de vídeo
RKA3JV - Olá! Tudo bem com você? Na aula de hoje, a gente vai falar
sobre o vocativo e sobre o aposto. Você sabe como eles são, como eles funcionam
no nosso português e como encontramos exemplos
de vocativo e apostos nos textos que lemos? Bom, tanto o vocativo quanto o aposto são palavras ou expressões
que utilizamos no nosso texto, mas para fins diferentes. O vocativo nós utilizamos constantemente nos textos ou conversas que
trocamos no nosso dia a dia, quando precisamos
chamar algo ou alguém. Para isso, demarcamos
o nome da pessoa, ou a coisa que estamos nos referindo, no texto em que escrevemos. O nome dado é isto é vocativo. Um bom exemplo de vocativo
é a seguinte frase. "A ordem, meus amigos,
é a base do governo." Nesta frase, do escritor brasileiro
Machado de Assis, nós temos um exemplo de vocativo. E ele está entre as duas
vírgulas da frase, sendo o trecho "meus amigos". Isto é um vocativo, porque é uma invocação,
vamos dizer assim, daquele a quem eu me refiro. Quando digo: "A ordem, meus amigos,
é a base do governo", eu estou chamando a atenção
aos meus amigos que leem ou que escutam o que eu digo. Como uma forma de ênfase, compreende? Em outro exemplo de vocativo, conseguimos perceber o seu
funcionamento, trata-se de um verso
do poeta Fagundes Varela. O trecho é o seguinte: "Correi, correi ó lágrimas saudosas". Neste trecho, diferentemente do primeiro, não nos referimos a pessoas
como aos "meus amigos", mas sim às "lágrimas saudosas". Quando eu leio, "Correi, correi ó lágrimas saudosas", do poema de Fagundes Varela, eu percebo que o que
"corre" são as "lágrimas". As "saudosas lágrimas". Lágrimas de saudade. O autor está chamando
pelas lágrimas e, por isso, elas aparecem
como um vocativo. Já o aposto, funciona
de maneira diferente. Ele serve para nos explicar, para nos esclarecer algum trecho da frase. Podemos perceber alguns
exemplos de aposto nas duas frases que eu trouxe
para o vídeo de hoje. Vamos vê-las, como
fizemos com o vocativo e, então, compreender
o funcionamento do aposto também, tudo bem? Bom, a primeira frase é a seguinte, "Prezamos, acima de tudo,
duas coisas: a ordem e a liberdade." Bom, neste exemplo, o aposto pode ser facilmente perceptível a partir do sinal de dois pontos
que temos no meio da frase. Quando lemos o trecho "prezamos, acima
de tudo, duas coisas", nos perguntamos: quais são estas duas coisas? Logo em seguida, para nos esclarecer a respeito
do significado da frase, temos um aposto servindo
para nos explicar, para nos mostrar o que
são estas duas coisas que nós prezamos tanto, "a ordem e a liberdade". Este é o trecho do
aposto nesta frase. Outro exemplo que podemos perceber, mas não com dois pontos
e sim com a vírgula, é a frase "No fundo do mato virgem nasceu
Macunaíma, herói da nossa gente." O aposto, nesta frase do
escritor Mário de Andrade, surge no fim com o trecho
"herói da nossa gente". Quando nós lemos "No fundo do mato virgem
nasceu Macunaíma", nos perguntamos imediatamente:
quem foi Macunaíma? Logo em seguida, ainda que não conheçamos
o personagem por inteiro, já sabemos alguma característica
sobre ele a partir do aposto que vem para complementar
o sentido da frase dizendo "herói da nossa gente". Compreendeu a função do aposto? Ele vem para esclarecer, para nos explicar, para expandir
o significado de um trecho da frase. Bom, espero que tenha compreendido
o conteúdo da aula de hoje. A gente se encontra,
então, em um próximo vídeo. Até lá, e bons estudos!