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Vocativo e aposto (4º ano)

Nesta aula, apresentamos dois termos da oração: os vocativos e os apostos. Aprender esse conteúdo será importante para que, mais tarde, os alunos conheçam as regras para o uso da vírgula. Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA3JV - Olá! Tudo bem com você? Na aula de hoje, a gente vai falar sobre o vocativo e sobre o aposto. Você sabe como eles são, como eles funcionam no nosso português e como encontramos exemplos de vocativo e apostos nos textos que lemos? Bom, tanto o vocativo quanto o aposto são palavras ou expressões que utilizamos no nosso texto, mas para fins diferentes. O vocativo nós utilizamos constantemente nos textos ou conversas que trocamos no nosso dia a dia, quando precisamos chamar algo ou alguém. Para isso, demarcamos o nome da pessoa, ou a coisa que estamos nos referindo, no texto em que escrevemos. O nome dado é isto é vocativo. Um bom exemplo de vocativo é a seguinte frase. "A ordem, meus amigos, é a base do governo." Nesta frase, do escritor brasileiro Machado de Assis, nós temos um exemplo de vocativo. E ele está entre as duas vírgulas da frase, sendo o trecho "meus amigos". Isto é um vocativo, porque é uma invocação, vamos dizer assim, daquele a quem eu me refiro. Quando digo: "A ordem, meus amigos, é a base do governo", eu estou chamando a atenção aos meus amigos que leem ou que escutam o que eu digo. Como uma forma de ênfase, compreende? Em outro exemplo de vocativo, conseguimos perceber o seu funcionamento, trata-se de um verso do poeta Fagundes Varela. O trecho é o seguinte: "Correi, correi ó lágrimas saudosas". Neste trecho, diferentemente do primeiro, não nos referimos a pessoas como aos "meus amigos", mas sim às "lágrimas saudosas". Quando eu leio, "Correi, correi ó lágrimas saudosas", do poema de Fagundes Varela, eu percebo que o que "corre" são as "lágrimas". As "saudosas lágrimas". Lágrimas de saudade. O autor está chamando pelas lágrimas e, por isso, elas aparecem como um vocativo. Já o aposto, funciona de maneira diferente. Ele serve para nos explicar, para nos esclarecer algum trecho da frase. Podemos perceber alguns exemplos de aposto nas duas frases que eu trouxe para o vídeo de hoje. Vamos vê-las, como fizemos com o vocativo e, então, compreender o funcionamento do aposto também, tudo bem? Bom, a primeira frase é a seguinte, "Prezamos, acima de tudo, duas coisas: a ordem e a liberdade." Bom, neste exemplo, o aposto pode ser facilmente perceptível a partir do sinal de dois pontos que temos no meio da frase. Quando lemos o trecho "prezamos, acima de tudo, duas coisas", nos perguntamos: quais são estas duas coisas? Logo em seguida, para nos esclarecer a respeito do significado da frase, temos um aposto servindo para nos explicar, para nos mostrar o que são estas duas coisas que nós prezamos tanto, "a ordem e a liberdade". Este é o trecho do aposto nesta frase. Outro exemplo que podemos perceber, mas não com dois pontos e sim com a vírgula, é a frase "No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente." O aposto, nesta frase do escritor Mário de Andrade, surge no fim com o trecho "herói da nossa gente". Quando nós lemos "No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma", nos perguntamos imediatamente: quem foi Macunaíma? Logo em seguida, ainda que não conheçamos o personagem por inteiro, já sabemos alguma característica sobre ele a partir do aposto que vem para complementar o sentido da frase dizendo "herói da nossa gente". Compreendeu a função do aposto? Ele vem para esclarecer, para nos explicar, para expandir o significado de um trecho da frase. Bom, espero que tenha compreendido o conteúdo da aula de hoje. A gente se encontra, então, em um próximo vídeo. Até lá, e bons estudos!