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Elementos de uma entrevista

Nesta videoaula, apresentamos informações sobre as entrevistas, orientando sobre as etapas necessárias para fazer uma entrevista e produzir um texto finalizado. Versão original criada por Khan Academy.

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Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA2G - Olá! Tudo bem? Me diz uma coisa: você já assistiu, já ouviu ou já leu alguma entrevista? Estou te perguntando por quê? Porque o tema da nossa aula de hoje é este: entrevista. O que é uma entrevista, exatamente? Primeiro: é um gênero textual, claro. Mas é um gênero textual que tem algumas características bem interessantes. Na verdade, uma entrevista é uma conversa, em um local previamente combinado, que tem o objetivo de conseguir informações, conseguir esclarecimento sobre alguma coisa. A entrevista tem a função de buscar avaliações, buscar opiniões de alguém sobre alguma coisa. É como se fosse uma entrevista de emprego. O que é uma entrevista de emprego? Existe o empregador e existe o candidato, certo? O empregador quer saber a competência, quer saber as habilidades, quer saber a experiência do candidato. E como ele vai fazer isso? Entrevistando esse candidato. Eu vou fazer perguntas a esse candidato e, pelas respostas do candidato, eu vou saber se ele se adéqua à posição que eu estou buscando ou não. Só que, no nosso caso, a gente vai falar muito mais sobre o aspecto jornalístico da entrevista. A entrevista é, por excelência, um gênero textual muito utilizado no jornalismo. E, nesse caso, ela se divide em dois aspectos. Eu posso ter a entrevista noticiosa, que é o quê? Aconteceu alguma coisa, o jornalista vai até o local onde essa coisa aconteceu e conversa com as pessoas que estavam envolvidas, com as pessoas que viram o que aconteceu. Ou seja, o jornalista transforma o fato em notícia. A segunda maneira de pensar em entrevista sob o aspecto jornalístico é a pesquisa de opinião. O que é pesquisa de opinião? No que ela difere da entrevista noticiosa? Primeiro, ela não está falando de fatos. Ela está falando de opiniões. A pesquisa de opinião vai ouvir alguém a respeito de um assunto que essa pessoa conhece muito bem e sobre o qual ela pode opinar, sobre o qual ela pode contar alguma coisa. A informação não é a respeito do fato, mas a respeito do que alguém pensa sobre determinado assunto, sobre determinada situação, sobre determinada pessoa. Ok? Ou entrevista noticiosa, ou pesquisa de opinião. A entrevista não pode ser simplesmente "feita". Para fazer entrevista, primeiro é preciso estruturar. Você não sai perguntando qualquer coisa para qualquer pessoa. Você tem que pensar, primeiro, em planejar. Dentro da estruturação, o planejamento é a primeira etapa. Que informações você quer saber? Qual é o seu objetivo ao fazer aquela pesquisa? E outra: quem é que tem informações para você? Quem são os entrevistados? Quem são as pessoas que podem dizer alguma coisa a respeito daquilo que você quer saber? Do planejamento, você vai para a segunda etapa: a produção. Você já sabe o que quer saber, já sabe quem é que vai entrevistar, mas como você vai fazer isso? De que jeito? Como você vai trabalhar essas perguntas? Quais são as perguntas-chave para que você obtenha a informação que precisa? E outra: como você vai registrar tudo isso? De que recursos você precisa? Você vai gravar? Vai filmar? Como é que essa coisa vai acontecer? Feito o planejamento e feita a produção, você vai para a parte final, que são os ajustes da revisão. Será que tudo ficou bom? Será que a gravação saiu em ordem? Será que tem algum ponto que precisa ser melhor esclarecido? Quando a gente pensa no planejamento, que é a primeira etapa de uma estrutura de entrevista, a gente tem que pensar também se essas informações vão ser obtidas de forma individual, ou seja, se é um entrevistado só, ou se é uma forma coletiva. Se é um entrevistado que vai falar com um monte de gente, ou se são vários entrevistados. E eu tenho que pensar se ela vai ser de improviso ou não. Se ela é de improviso, é de um jeito. Se não é de improviso, o entrevistado normalmente tem acesso às perguntas antes, para poder se preparar. No caso da produção, eu tenho que pensar o seguinte: como eu vou fazer essas perguntas? Eu vou construir as perguntas e vou falar todas elas, seguindo um roteiro? Ou eu vou organizar as ideias que me interessam e vou deixar a conversa fluir normalmente, até buscando outras informações que originalmente eu nem pensava obter? A entrevista pode ser como eu falei. Filmada, pode estar gravada em um podcast que você vai ouvir mais tarde, ou você pode ler essa entrevista. É aí que mora o perigo. Porque, quando a gente pensa que vai transcrever a pesquisa, a gente tem que ficar muito atento à forma de transcrever. Digamos que eu tivesse entrevistado você e você tivesse dito isto para mim: "Bom, então... Olha, eu acho... Eu acho que... Que vale a pena, sim!" Eu ia transcrever tudo isso? Não. Eu não preciso de "bom", não preciso de "então", não preciso de "olha", não preciso de "eu acho" duas vezes, não preciso de dois "que". Quando a gente faz a transcrição, tem que tomar cuidado com o que é fundamental da mensagem. O que é importante, exatamente? Na transcrição, o ideal é manter a essência da informação. E eu posso fazer isso de três maneiras, como esta aqui: "O que você pensa a respeito? Acha que vale a pena?" Resposta: "Eu acho que vale a pena, sim." O que a gente tem aqui? Uma transcrição da fala. Eu perguntei, você respondeu. O que você falou está ali. O que eu perguntei está ali, também. No segundo exemplo, "O entrevistado foi enfático: 'eu acho que vale a pena, sim.'" Eu não coloco a minha pergunta, eu coloco só a sua resposta. Eu pego trechos da fala e coloco esses trechos para chamar a atenção da mensagem. No terceiro exemplo, é mais diferente ainda. "Para o entrevistado, não há dúvida de que vale a pena." Você disse isso? Não, você disse: "Eu acho que vale a pena, sim". Eu transformei essa sua fala a partir da ideia do que você queria dizer. Quando eu uso trechos da sua fala, trechos da fala do entrevistado, eu coloco exatamente aquilo que o entrevistado disse entre aspas. Ou, claro, posso usar o travessão também. Mas as aspas têm essa função. E quando eu "traduzo", ou transcrevo, a ideia do que o entrevistado falou, eu estou parafraseando. Eu uso a paráfrase. É o meu texto que diz o que você disse. Olha, quanta coisa a gente viu! O gênero textual de hoje foi a entrevista, que tem uma função social muito importante: informar. Para isso, ela precisa ser estruturada. Tem que ser bem planejada, tem que ser bem produzida e tem que ser revisada com muito cuidado. Eu tenho que avaliar se essa entrevista vai ser individual ou coletiva, tenho que avaliar se essa entrevista vai ser improvisada ou não, tenho que avaliar se ela vai ser roteirizada ou não e tenho que adaptar a entrevista ao veículo. Espero que você tenha gostado de tudo. Um abraço e até a próxima aula!