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Modos verbais: Indicativo e Subjuntivo

Nesta videoaula, apresentamos informações sobre dois modos verbais: indicativo e subjuntivo (afirmativo e negativo). Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA4MC – Olá, tudo bem? Nesse vídeo aprenderemos as diferenças entre os modos verbais do indicativo e do subjuntivo. Na língua portuguesa, temos três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo. Eles mostram nossa intenção quando nos comunicamos. Também compõem os mais variados tipos de textos, sejam eles formais ou informais. O modo indicativo expressa afirmações com valor de verdade. Por exemplo, quando você lê notícias de jornal: ”Seleção ganha campeonato mundial” Ao usar o verbo “ganha”, o jornal afirma a conquista feita pela seleção. É o modo indicativo. O modo subjuntivo apresenta ideias de dúvidas, desejos, hipóteses, condições. É uma informação condicionada a outro fato. Por exemplo, quando você cria hipóteses conversando com os amigos: “Se eu fosse um animal, seria um tigre”. Observe a hipótese de ser um animal. Ela não tem valor de verdade. É o modo subjuntivo. E tem também o modo imperativo. Sempre utilizamos o imperativo quando temos a intenção de convencer, orientar, aconselhar ou dar ordens à pessoa com quem conversamos. É o modo verbal predominante em textos publicitários, sejam eles comerciais ou sociais. Como, por exemplo, uma campanha de doação de sangue: “Doe sangue”. Como vimos, o indicativo, por conter valor de verdade, afirma como as coisas são, como elas acontecem. Na manchete de jornal que vimos note como o verbo expõe fatos ocorridos em virtude do campeonato da seleção. É o valor de verdade. Por isso é muito usado para compor leis e estatutos, pois contém o valor de verdade. Vou ajudá-lo a compreender melhor mostrando alguns exemplos. Observe esse trecho do ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente. No capítulo segundo, que trata do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade, o artigo 15 afirma: ”A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais, garantidos na constituição e nas leis” Nesse trecho, o uso do verbo “têm” afirma os direitos assegurados aos jovens e adolescentes. A afirmação semelhante com o valor de verdade é verificada neste trecho da Constituição Federal Brasileira. Quando trata dos princípios fundamentais, o artigo primeiro no parágrafo único afirma: “Todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição.” Ao afirmar que todo poder emana do povo, o texto deixa claro a quem pertence o poder e como ele é exercido. No caso, por meio de representantes escolhidos por meios democráticos. Em outro trecho da Constituição Federal encontramos um uso do indicativo na sua forma negativa, além de um uso do subjuntivo: “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”. Observe que a estrutura "não excluem" deixa claro que pode haver outros direitos e garantias que vêm de acordos internacionais. E veja que nesse trecho a condição para aceitação de outros direitos é a de que o país seja parte de outros acordos e tratados internacionais. Essa condição expressa pelo verbo “seja” se apresenta no modo subjuntivo. Vamos ver outros exemplos do modo subjuntivo? “Quando eu for adulto, respeitarei as crianças”. Note que aí se estabelece uma hipótese: primeiro, para respeitar as crianças, deve-se ser adulto. “Se eu tivesse uma tartaruga de estimação, o nome dela seria Flecha.” Nesse caso, existe uma condição: para que se dê o nome de Flecha a um animal, esse animal deve existir. “Espero que você não tenha dúvidas”. Neste caso, fica o meu desejo expresso pelo subjuntivo negativo de que ao final desta aula, você tenha entendido todo o conteúdo. Mas fique atento: há momentos em que o indicativo e o subjuntivo podem ser confundidos. É o que acontece nesses dois exemplos abaixo. “Procuro uma sorveteria que vende sorvete de caju” e “Procuro uma sorveteria que venda sorvete de caju”. Parece que as duas frases trazem a mesma ideia, não é mesmo? Mas não trazem. Vou lhe mostrar. Na primeira frase com o verbo no indicativo não se discute a existência da sorveteria, apenas sua localização. Já na segunda frase em que se empregou o verbo no subjuntivo, a sorveteria uma suposição, é um desejo. Resumindo a aula de hoje, vimos que os modos verbais do indicativo e do subjuntivo são essenciais aos mais diversos tipos de textos. O indicativo apresenta valor de verdade. O subjuntivo cria dúvidas, desejos, hipóteses e condições, criando vínculos de dependência com outras informações. Bons estudos e até a próxima aula! Tchau!