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Curso: Português EF: 7º ano > Unidade 4
Lição 6: Recursos paralinguísticos e oralidade- Rima e ritmo
- Rima e ritmo
- Leitura expressiva: sonoridade e outros recursos paralinguísticos
- Leitura expressiva: sonoridade e outros recursos paralinguísticos
- Linguagem corporal na arte outros recursos paralinguísticos
- Linguagem corporal na arte e outros recursos paralinguísticos
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Leitura expressiva: sonoridade e outros recursos paralinguísticos
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RKA2G - Olá, pessoal! Tudo bom com vocês? Hoje nós vamos observar a leitura expressiva. Você já reparou que, quando lemos algum texto, acabamos interpretando as pausas, entonação e sentimentos contidos nele? Vejamos um exemplo. Temos aqui um quadrinho da Turma da Mônica. "- Ôôô... Ôôôô... - Cebolinha!
- Com ajuda não vale! - Hum... Só falta alguém!
- Risc-risc! - Achei a Marina!
- Ops! Ih, é mesmo! Mais uma vez
esqueci que estava na brincadeira e fiquei desenhando! Quer ver? Desenhei a paisagem
aqui no campinho! O sol batendo nos telhados das casas,
nas copas das árvores..." Neste trecho dos quadrinhos
da Turma da Mônica, temos diferentes elementos
que interpretamos na leitura. Um deles é a onomatopeia "risc-risc"
dos rabiscos de Marina. Sem ela, não conseguiríamos entender
como Dorinha encontra sua amiga. As onomatopeias, embora sejam palavras que representam
sons naturais de animais ou objetos, também são lidas nos textos e nos ajudam
a criar a sonoridade deles. Além disso, a interação entre
os elementos não verbais, como o desenho e a caracterização
de Dorinha com a venda e o bastão, junto com os elementos verbais
dos balões de fala e da onomatopeia, também nos ajudam a construir
este sentido do texto e dar mais expressividade a ele. Essa expressividade também pode
ser encontrada em outros gêneros textuais, como os contos, por exemplo. "Começou como uma brincadeira.
Telefonou para um conhecido e disse: - Eu sei de tudo. Depois de um silêncio, o outro disse: - Como é que você soube? - Não interessa. Sei de tudo. - Me faz um favor. Não espalha.
- Vou pensar. - Por amor de Deus.
- Está bem. Mas olhe lá, hein! Descobriu que tinha poder sobre as pessoas." Neste trecho, temos uma conversa ao telefone e, conforme seguirmos a leitura, percebemos que se trata
de uma conversa entre conhecidos, com um clima de mistério sobre
o que seria este "tudo". Durante a leitura, também interpretamos
alguns sinais presentes no texto. Por exemplo, na pergunta
"Como é que você soube?", não precisa estar escrito
qual entonação é necessária. Apenas pelo ponto de interrogação,
já sabemos que esta entonação é uma entonação de pergunta e deve ser diferente da entonação
de uma afirmação, por exemplo. Essa leitura dos sinais gráficos, como pontos de interrogação,
dois pontos ou até exclamação, são feitas através da nossa entonação. Ou seja, na variação de tom com que falamos e também a variação de ritmo. Perceba que, por se tratar
de uma situação de suspense, fazemos algumas variações no ritmo, deixando mais acelerado, como
nas falas marcadas pelo travessão, como "Não interessa. Sei de tudo." e mais lento nas intervenções do narrador, como "Descobriu que tinha poder
sobre as pessoas." Esses elementos ajudam a deixar
o texto mais claro, esclarecendo para o leitor quem
está falando cada uma das frases: se é um personagem, ou a resposta
de outro personagem, ou até se é o narrador. E também esclarece para um possível
ouvinte, no caso de leituras em voz alta ou uma leitura teatral. Nos poemas, também encontramos
essa expressividade. Temos aqui um exemplo de poema
que fala sobre uma bailarina. "A Bailarina Esta menina tão pequenina
quer ser bailarina. Não conhece nem dó nem ré, mas sabe ficar na ponta do pé. Não conhece nem mi nem fá,
mas inclina o corpo para cá e para lá. Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri. Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar. Põe no cabelo uma estrela
e um véu e diz que caiu do céu. Esta menina, tão pequenina,
quer ser bailarina. Mas depois esquece todas as danças e também quer dormir como as outras crianças." Você consegue ouvir o ritmo
que o poema nos coloca? Esse ritmo que nos dá a fluidez do texto
e imita a bailarina dançando é proporcionado devido às rimas
que temos no poema. Como nesta estrofe: "Esta menina,
tão pequenina, quer ser bailarina . Não conhece nem dó nem ré,
mas sabe ficar na ponta do pé." Essas rimas também são recursos
que nos ajudam a dar mais expressividade e ampliam o sentido do poema
além das palavras escritas nele. Essa sonoridade e o jogo com as palavras também podem ser encontrados em piadas. "O que um tijolo disse para o outro? Há um ciumento entre nós." Nesta piada, o efeito de sentido de humor é provocado pela semelhança
da sonoridade de "ciumento", referente à pessoa que tem ciúmes, e a sonoridade de "cimento", que é o material que junta
os tijolos na construção. Sem o uso da expressividade
e dessa sonoridade, o sentido da piada não ficaria completo
e, assim, não teríamos este efeito de humor. Ou seja, a expressividade está presente
em diversos gêneros, como histórias em quadrinhos, poemas,
contos, histórias, entre outros e tem o objetivo de ajudar a construir
o sentido do texto. Quando fazemos uma leitura expressiva, precisamos respeitar as pausas
indicadas pelos sinais de pontuação, enfatizar as palavras-chave, variar o tom de voz e o ritmo de leitura
para que a leitura se torne mais dinâmica e trazer diferentes propósitos,
como emocionar os ouvintes, dar mais clareza e objetividade ao texto ou até expressar as emoções contidas nele. Esta leitura expressiva pode acontecer
em diferentes contextos, como recitais, dramatizações, podcasts,
programas de televisão, mas também nas suas leituras silenciosas. Agora tenho certeza que você vai observar mais a expressividade contida nos textos que lê por aí. Aproveite para praticar nos exercícios
da nossa plataforma. Nós nos vemos em uma próxima aula
e bons estudos!