If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Concordância verbal e nominal

Nesta videoaula, apresentamos informações sobre concordância nominal e sobre concordância verbal, ressaltando os contextos em que a concordância é importante e disponibilizando exemplos. Esta aula (7º ano) é um aprofundamento do que já foi estudado anteriormente (playlist "Língua Portuguesa 6º ano"). Versão original criada por Khan Academy.

Quer participar da conversa?

Nenhuma postagem por enquanto.
Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA1JV - Olá, tudo bem? Na aula de hoje, apresentaremos informações sobre a concordância nominal e a concordância verbal e sua importância para a leitura de textos. Quando estou lendo por lazer ou fazendo minhas pesquisas em enciclopédias, faço uso de inúmeras ferramentas linguísticas para que não tenha dúvidas quanto ao conteúdo. Uma dessas ferramentas é a concordância. A concordância pode ser nominal, quando classes de palavras acessórias, como artigos, adjetivos, numerais e pronomes, são usados para caracterizar um substantivo. Para isso, precisam ter as mesmas características. Você deve estar pensando: “Mas, Professor, eu não lembro o que são classes de palavras”. Fique tranquilo, vamos lá. Substantivos dão nomes a tudo, são informações que podem receber detalhes adicionais feitas por classes de palavras acessórias como os artigos, que, além de indicarem se o substantivo é masculino, feminino, singular ou plural, podem especificar ou generalizar o nome. Por exemplo, os artigos definidos “o, a, os, as” e os indefinidos “um, uma, uns, e umas”. Ou também os adjetivos, responsáveis por atribuir características aos substantivos. “Uma pesquisa importante”, não é só uma pesquisa. Tem também os numerais, que podem quantificar nomes ou estabelecer ordem numa sequência. “Dois livros me chamaram atenção. O primeiro livro que li era sobre energia elétrica”. E os pronomes, eles podem substituir substantivos já mencionados como em: “Albert Einstein foi um dos maiores cientistas de todos os tempos. Ele revolucionou a Física”. Podem também acompanhar um nome indicando uma relação de posse, por exemplo: “Meu trabalho de ciências vai ficar incrível”. Pois bem, agora que relembramos algumas classes de palavras, devemos ter em mente que um substantivo masculino singular precisa de acessórios que devem estar, também, na forma masculina e singular. Essas características das palavras devem ser iguais para que ocorra a concordância entre as classes nominais. A concordância pode ser verbal, nesse caso, o verbo, classe que expressa ações, estados, fenômenos da natureza, entre outros usos, se relaciona com o assunto. Esse assunto é chamado de sujeito. O sujeito deve estar sempre na mesma pessoa gramatical que o verbo. Por exemplo: "eu estudo, tu estudas, ele estuda", 1ª, 2ª, e 3ª pessoas do singular. Vamos ver como a concordância nominal e a verbal contribuem para uma leitura mais clara, sem ambiguidades. Isso é muito importante para quem produz ou revisa textos. Imagine como é importante expressar-se com clareza para quem trabalha com informações como na mídia, e ideias, como em palestras e debates. Por exemplo, fui pesquisar a palavra “trabalho” no dicionário. Observe o trecho do verbete: “trabalho” conjunto de atividades produtivas ou intelectuais exercidas pelo homem para gerar uma utilidade e alcançar determinado fim. “Ele sempre se dedicou ao trabalho acadêmico”. O verbete supõe que “trabalho” é um conjunto de atividades, “conjunto” é um substantivo masculino e singular. “Atividades” é um substantivo feminino e plural. Quando vemos os adjetivos “produtivas” e “intelectuais” exercidas na forma plural, não temos dúvidas de que são informações que se referem a atividades, e não a conjunto. Foi a concordância nominal que permitiu a leitura com precisão. Este trecho a seguir conta um pouquinho da vida do grande pintor brasileiro Cândido Portinari. “Em 1948, Portinari se exilou no Uruguai e começou a pintar murais com temas históricos como a primeira missa no Brasil de 1948 e Tiradentes de 1949, premiado em Varsóvia na Polônia. No trecho, há referência a dois murais: a primeira missa no Brasil de 1948 e Tiradentes de 1949. O termo premiado deixa claro que apenas um desses murais, Tiradentes, no caso, recebeu a premiação. Evitando qualquer outra interpretação. A concordância verbal também deve ser tratada como importante ajuda a quem lê ou escreve textos. Vamos dar uma olhada com atenção em uma passagem sobre dança que encontrei em uma enciclopédia. "Alguns estilos de dança exigem determinados tipos de roupas, calçados ou adereços, dançarinos podem usar, por exemplo, armas, máscaras e maquiagem para enfatizar danças de guerra ou de caça. O uso de certos trajes em danças rituais também pode deixar claro que se trata de uma ocasião Sagrada". Quando o autor afirma que o uso de certos trajes em danças rituais também pode deixar claro que se trata de uma ocasião Sagrada, observe que a forma verbal “pode deixar” encontra-se no singular. Vemos termos no plural, “certos trajes”, “danças rituais”, mas, pela concordância verbal, entendemos que nem os trajes, nem as danças, sozinhos, têm possibilidade de deixar claro que a ocasião é Sagrada. Mas sim o uso desses trajes nessas danças rituais. O que permitiu essa interpretação foi a concordância entre o verbo e o sujeito. Veja mais esse exemplo. Estava consultando o dicionário, e o que li sobre o vocábulo “qualidade” me chamou a atenção. Qualidade: "um conjunto de características que fazem parte da personalidade de um indivíduo e que o diferenciam de todos os outros. Caráter, índole, temperamento. Suas principais qualidades são a paciência e a generosidade. Faltam-lhe as qualidades de um líder”. O verbete explica que qualidade é um conjunto de características. Veja, “conjunto” está no singular, “características” está no plural, e “fazem parte da personalidade de um indivíduo e o diferenciam de todos os outros”. Viu os verbos no plural? Então, não é um conjunto, mas sim as características que formam indivíduos com personalidade única. É legal quando a gente entende com clareza o que lê. Existem casos em que a concordância verbal admite mais de uma combinação. Dizemos que é um caso de concordância facultativa. Se eu digo, por exemplo: “O professor e os alunos saíram.” Meu assunto ou meu sujeito são dois, “professor”, que está no singular, e “alunos”, que se encontra no plural. Como eles estão colocados antes do verbo, no caso, “saíram”, só há uma forma correta de combiná-los, que é usar o verbo no plural. Mas se eu fizer uma inversão no posicionamento do sujeito do verbo, o plural ainda se mostra correto: “Saíram o professor e os alunos”. No entanto, surge uma nova possibilidade de concordância, combinar o verbo com o termo mais próximo, no caso, “professor”. Dessa forma, teremos: “Saiu o professor e os alunos”. Devo reforçar que embora as duas com concordâncias estejam corretas quanto a disposição de um sujeito composto depois do verbo, a forma plural é preferível. Outra observação interessante acontece quando fazemos uma enumeração e a resumimos com pronomes como tudo, nada, todos ou ninguém. Veja o exemplo: “Festas, jantares, viagens, nada a alegrava”. Festas, jantares e viagens são sujeito, todos os termos estão no plural. Em seguida, eu os resumi com o pronome no singular: “nada”. O que aconteceu com o verbo? Concordou com o termo resumitivo. Entendeu como é legal ver que a linguagem, quando bem empregada, transmite informações de maneira clara? A concordância nominal e verbal ajudou muito nesse processo. Resumindo a aula de hoje: Vimos que a concordância entre termos na frase ajuda na compreensão do que lemos. Ela pode ser nominal, quando os temos acessórios do substantivo, artigos, adjetivos, numerais e pronomes têm as mesmas características, singular ou plural, masculino ou feminino. Pode também ser verbal, quando o sujeito, que é o assunto, e o verbo combinam no singular ou no plural. Quando o sujeito é composto por elementos no singular e no plural, e esses elementos são colocados depois do verbo, podemos concordar o verbo no plural, que é a forma preferível, mas também no singular, caso o termo mais próximo esteja no singular. Em enumerações com pronome que resumam sequência, o verbo concorda com o pronome. Que tal aplicar o que aprendemos hoje nas suas próximas leituras e pesquisas? Você pode, também, fazer as atividades da plataforma. Obrigado, bons estudos e até a próxima aula. Tchau!