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Jornalismo sensacionalista e outras linhas editoriais

Nesta videoaula, apresentamos informações sobre diferentes propostas editoriais, com destaque para o jornalismo sensacionalista e para o jornalismo investigativo, propondo uma reflexão sobre os recursos usados e o modo como podem comprometer uma análise crítica do fato noticiado. Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA2G - Olá, pessoal! Tudo bom com vocês? No vídeo de hoje, vamos estudar o jornalismo sensacionalista. Sensacionalismo, segundo o dicionário Michaelis, significa: "uso, feito e divulgação de notícias exageradas ou que causem sensação, que choquem o público, sem nenhuma preocupação com a verdade." Então, o jornalismo sensacionalista é aquele que traz notícias com interpretações parciais, exageradas e com alto apelo emotivo. Vejamos alguns exemplos. "Nasceu o diabo em São Paulo". Ao lado da manchete, vemos este desenho de vários homens em frente a um carrinho de bebê e, ao lado, um balão de fala com as possíveis características dele. Esta notícia foi veiculada em um jornal popular em 1975 e deu início a uma série de notícias sobre o tema veiculadas nesse mesmo jornal. A escolha de palavras associadas ao bebê, como "diabo", já chama a nossa atenção e é feita propositalmente para provocar esta impressão e choque no leitor. Este choque e exagero da manchete também é observado na imagem. Observe os traços grosseiros e as cores usadas. Além disso, o balão de fala ao lado também traz essa carga de pânico, mistério e terror, com os dizeres: "bebê com chifres, rabo e falando". Observe que a notícia não pretende somente informar o leitor sobre um acontecimento (no caso, o nascimento deste bebê tão diferente), mas também traz uma opinião. Ou seja, ela é tratada com parcialidade, trazendo esta opinião implícita e, às vezes, até explícita. Devido às palavras, imagens e interpretações utilizadas, é possível perceber se o jornal ou programa em questão fazem um jornalismo sensacionalista ou se seguem outras linhas editoriais, como, por exemplo, o jornalismo investigativo. Além disso, a escolha dos assuntos que viram notícia também traz essa parcialidade em opinião. As notícias veiculadas nestes tipos de programas geralmente são de caráter policial, sobre crimes, assassinatos e outras temáticas que já vêm associadas ao terror, mistério e suspense, que é utilizado neste tipo de jornalismo. Mas como saber a diferença entre um jornal sensacionalista e um jornal investigativo? Aqui nós temos a seguinte manchete: "O fim da praia: megaporto e termoelétricas com sócio estrangeiro ameaçam ribeirinhos e quilombolas no Espírito Santo." Neste exemplo, observamos que a manchete não traz nenhum apelo emotivo. Somente informa que o megaporto e as termoelétricas ameaçam a população ribeirinha e quilombola no Espírito Santo. Esta notícia não pretende passar qualquer interpretação, opinião implícita ou explícita, ou até exagero para o seu leitor. Apenas quer informar o que está acontecendo com a população do Espírito Santo. Esta abordagem imparcial é muito comum nos jornais escritos ou nos jornais televisivos matinais. Resumindo: o jornalismo sensacionalista é um tipo de jornalismo que tem como principais características o exagero, a parcialidade e o apelo emotivo. Ele é diferente do jornalismo investigativo porque o jornalismo investigativo busca uma imparcialidade e não traz este apelo emotivo. É importante dizer que algumas abordagens jornalísticas não são consideradas éticas, pois podem comprometer uma análise mais crítica por parte do leitor. Por isso, é preciso prestar atenção na interpretação contida e qual a veracidade ou exagero presente nas notícias que você lê. Nós nos vemos em uma próxima aula e bons estudos!