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Português EF: 7º ano
Curso: Português EF: 7º ano > Unidade 3
Lição 3: Funcionamento da língua (1)Prefixos e sufixos: formação de palavras
Nesta videoaula, apresentamos prefixos e sufixos que podem ser úteis para formar novas palavras, ressaltando os sentidos que eles ajudam a criar e compartilhando estratégias para deduzir o sentido de outros afixos.
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Transcrição de vídeo
RKA2G - Olá a todos! Sejam muito bem-vindos
à nossa aula de hoje sobre afixos. Esses morfemas, ou pequenas partículas, que equilibramos todos os dias
para formar as palavras que utilizamos no nosso dia a dia. Estudaremos o prefixo, aquele que vem
antes do radical ou base das palavras, e também o sufixo, que é o afixo que vem
depois da base ou radical das palavras. É muito importante entendermos
um pouco mais da origem da nossa língua. Por isso, a etimologia irá nos apresentar um panorama sobre a origem
e evolução das palavras. E nós vamos descobrir que ela vem
do latim e também do grego. Por isso, vamos aprender um pouco mais sobre a influência desses afixos
na nossa vida diária. Você já ouviu falar alguma vez
sobre neologismos? Pois é o surgimento de palavras novas com base nas palavras
que já existem na língua. Observem comigo esta célebre frase: "O plano é imexível", que foi dita pelo então ministro do trabalho
nos anos 90, Antônio Rogério Magri. Ele criou a palavra "imexível"
que, logo depois, se tornou dicionarizada. Observe agora que isso também
acontece na poesia e na música, como em um fragmento da música
O Leãozinho, de Caetano Veloso, com a palavra "desentristecer". Ele criou essa palavra para falar
desse sentimento. Note que isso também acontece
o tempo todo nas mídias sociais, como neste post "Pratique o Deboísmo",
criado pelos internautas. Para compreendermos melhor,
vamos estudar agora os prefixos, aquelas partículas que vêm
antes do radical das palavras e que têm suas origens no latim
e no grego principalmente. Cada prefixo apresenta o seu sentido
ou significado próprio. O processo de formação das palavras
com base na adição de prefixos é chamado de derivação prefixal.
Já ouviu falar nela? Acompanhe comigo a leitura do poema para entendermos melhor
este processo em contexto. "Apareceu não sei como. Queria por toda lei
desaparecer num relâmpago. Foi encurralada
e é recolhida, ao pátio dos pavões estupefatos. Lá está, infeliz, roendo o tempo. Eu faço o mesmo."
Carlos Drummond de Andrade. Vamos destacar aqui as palavras
que apresentam prefixos. "Desaparecer", "encurralada", "recolhida", "estupefatos" e "infeliz". Todas essas palavras já estão
com seu prefixo destacado. Agora, irei destacar para você possibilidades de significados
ou sentidos para estes prefixos. Em azul, separação ou ação contrária. Em laranja, movimento para trás ou repetição. Também podemos ver, em branco,
o estado anterior. Em amarelo, nós iremos destacar aqueles
que têm posição anterior ou para dentro como sentido. E, em rosa e por último, a negação
ou privação de algo. Convido você a antecipar comigo o sentido ou significado desses prefixos
destacados, de acordo com a legenda. Aceita o desafio? Vamos começar com "infeliz": negação ou privação de algo
(de felicidade, neste caso). "Encurralada": posição anterior ou para dentro. Que tal "recolhida"? Movimento para trás ou repetição. "Estupefatos": estado anterior. Eles ficaram paralisados,
pararam de fazer o que estavam fazendo. E, por último, "desaparecer", que é a ação contrária de aparecer. Percebeu? É importante estudar
os prefixos dentro do contexto. Isso também irá se aplicar
ao próximo afixo: os sufixos. Eles vêm depois do radical
ou base das palavras, apresentam, também, sentidos próprios e são divididos em três: os nominais, os verbais e os sufixos adverbiais. Acompanhe comigo a leitura do próximo texto para entendermos melhor
esses sufixos em contexto. "Vicente Matheus foi um dos personagens
mais controversos do futebol brasileiro. Esteve à frente do Paulista Corinthians
em várias ocasiões entre 59 e 90. Voluntarioso e falastrão, o uso que fazia da língua portuguesa
nem sempre era aquele reconhecido pelos livros. Uma vez, querendo deixar bem claro
que o craque do Timão não seria vendido ou emprestado
para outro clube, afirmou que 'o Sócrates
é invendável e imprestável'. Em outro momento, exaltando
a versatilidade dos atletas, criou uma pérola da linguística
e da zoologia: 'jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático e gramático'." Durante a leitura, já comecei a destacar para você
algumas palavras que apresentam sufixos. É o caso de "voluntarioso", que apresenta
o sufixo "oso", formador de adjetivo. Já "falastrão" apresenta o sufixo "ão", que é formador de aumentativo. Já o sufixo "vel" é formador de adjetivo
que provém de verbo, como "tico", que é formador de adjetivo
que vem de substantivo. Perceba agora a palavra destacada:
"invendável". Você observou essa palavra? Percebeu que ela não existe
na língua portuguesa? Foi um neologismo criado pelo jogador. Igualmente, nós temos "imprestável",
que foi ressignificada: é uma palavra que existe, mas não foi
atribuída ao seu sentido original. Estes foram exemplos de sufixos nominais. Agora, vamos ver um pouco
da formação dos sufixos verbais. Geralmente, eles são acompanhados
pelo sufixo "ar", mais adjetivo e substantivo para formar um verbo. É o caso de "esqui", que é um substantivo,
mais "a": "esquiar". "Nível", "nivelar". Percebeu? Em geral, é assim que acontece. Agora, para o sufixo adverbial, que termina em "mente"
e é um sufixo único, só existe este sufixo
formador de advérbio. Geralmente ele é formado
por um adjetivo ou substantivo, mais a partícula "mente". Feliz, felizmente. Cruel, cruelmente.
Amorosa, amorosamente. Percebeu? Muito bem,
que tal recapitularmos tudo o que aprendemos até agora? Os afixos são esses pequenos
morfemas ou partículas. Nós aprendemos um pouco mais sobre
os prefixos (aqueles que vêm antes do radical) e os sufixos (aqueles que vêm depois
do radical ou base das palavras). Lembrando que eles atuam em contexto e, assim, nós conseguimos inferir
ou descobrir o seu sentido ou significado. Eles são os formadores da maioria
das classes de palavras que conhecemos. Familiarize-se com eles e, assim, você vai estar mais e mais atento à formação de palavras novas da língua e, quem sabe, também vai poder contribuir
para a formação desses neologismos? Que tal utilizar tudo que aprendemos
no nosso dia a dia? Vamos praticar? Até logo!