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Português EF: 7º ano
Curso: Português EF: 7º ano > Unidade 3
Lição 4: Funcionamento da língua (2)- Verbos transitivos e intransitivos
- Verbos transitivos e intransitivos (Transitividade verbal)
- Objetos direto e indireto (complementos verbais)
- Objetos direto e indireto
- Modo verbal: Imperativo
- Modo imperativo
- Regência verbal
- Regência verbal
- Regência nominal
- Regência nominal
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Regência verbal
Nesta videoaula, abordamos o conceito de regência verbal, apresentando exemplos e entendendo os efeitos de sentido do uso de determinadas preposições. Versão original criada por Khan Academy.
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Transcrição de vídeo
RKA22JL -
Olá, como vai? Hoje, iremos conversar
um pouco sobre regência verbal. Esse é um tema
muito importante, pois quanto mais domínio
tivermos acerca das regras de regência, melhores serão as nossas
produções escritas no que se refere à norma padrão,
que é avaliada em provas e exames. Você deve se recordar que o verbo
precisar admite duas regências que dependem do sentido
atribuído a ele. Observe esta frase:
Eu preciso de ajuda na cozinha. Nesse caso, o verbo precisar
passou a ideia de necessidade e quando é assim, usualmente,
requisita a preposição antes do complemento, pois quem
precisa, precisa de alguma coisa. Logo, o verbo precisar, em situações
dessa natureza, é transitivo indireto. Agora, observa esta outra frase:
“Eu precisei os relógios”. Aqui, o verbo precisar tem
o sentido de exatidão. Ou seja, eu coloquei
os relógios na hora certa. E quando o verbo precisar
passa essa ideia de determinar algo com exatidão,
ele é transitivo direto. Isto é, não pede preposição
antes do complemento. O verbo querer também admite
duas regências. Quando passa o
sentido de desejar, ansiar por algo,
ele é transitivo direto. Ou seja, não há preposição
antecedendo o complemento. Por exemplo:
"ele queria viajar." Agora, quando o verbo
querer transmite a ideia de gostar, ter estima por alguém ou algo,
ele é transitivo indireto, pois pede preposição
antes do complemento. Por exemplo,
“a mãe quer aos filhos”. Isso ocorre porque quem quer,
quer a algo ou a alguém. Aqui, temos a junção da preposição "a"
com o artigo "o" no plural. Vamos analisar agora
algumas regências de outros verbos. “Botafogo agrada o Internacional e avança
para fechar com o zagueiro argentino”. O verbo agradar,
nesse caso, transmitiu a ideia
de contentamento, satisfação. O Botafogo satisfez
às expectativas do Internacional. Devido a esse sentido, o verbo agradar,
geralmente, pede o objeto indireto. Isto é, um complemento
com preposição. Isso se dá porque quem agrada,
agrada a alguma coisa. “União de catadoras gera
renda e ajuda o meio ambiente”. O verbo ajudar, nesse exemplo,
foi regido por objeto direto. O elemento não é
acompanhado por preposição. Aqui, note que o complemento
aparece de forma direta: "As autoridades turcas
informaram que 122 pessoas precisaram ser hospitalizadas
por aspirar fumaça". Observe que, nesse caso, o verbo
aspirar passou o sentido de tragar, inalar, e quando é assim, ele é
transitivo direto, não pede preposição. Agora, quando sentido é desejar,
o verbo aspirar é transitivo indireto, ou seja, pede preposição
antecedendo o complemento. Como é possível
perceber neste exemplo: "12 candidatos aspiram
à presidência da França". Aqui é necessário o uso
da preposição antes do complemento, pois quem aspira,
aspira a alguma coisa. Nesse exemplo, a preposição
uniu-se ao artigo "a". “Auxílio Brasil. Cartão ainda não chegou?
Veja o que pode ter acontecido”. Note que, nesse caso,
o verbo chegou conseguiu transmitir uma ideia sem a necessidade
de complemento. Logo, ele é um
verbo intransitivo. Ele passa uma
informação completa. “Defesa Civil tem dificuldades para
chegar a locais em Petrópolis, RJ”. Neste exemplo, podemos perceber
que o adjunto adverbial de lugar referente ao verbo chegar
é regido pela preposição "a", logo, este verbo, quando
passa a ideia de alcançar um determinado lugar, é
transitivo indireto, pois requer uma preposição
antes do complemento. Porém, embora haja
essa norma gramatical, é comum que em contextos
informais, ao falar, utilizemos a preposição em
no lugar do "a". É mais recorrente, por exemplo, ouvirmos
alguém falar que chegou em São Paulo. Também é válido destacar que o verbo chegar,
geralmente, concorda com o sujeito. “As medidas obedecem às recomendações
da Organização Mundial da Saúde, com métodos básicos de higiene para
evitar a proliferação do Coronavírus (covid-19).” Aqui, temos o verbo obedecer,
que é transitivo indireto. Devido a isso, ele
requer complemento, o que é feito na maioria
das vezes pela preposição "a", que aqui uniu-se
ao artigo "a" no plural. Já que quem obedece, obedece
a alguém ou a alguma coisa. Por fim, vamos observar a regência
do verbo preferir no seguinte exemplo. “Cachorros preferem elogios
à comida, revela estudo.” Aqui, o verbo preferir
é transitivo direto e indireto, admitindo, portanto, dois
complementos, o direto, sem preposição, e o objeto indireto,
com preposição. Pois quem prefere, prefere
algo em relação a uma outra coisa. E aí? Deu para entender
um pouquinho mais sobre regência verbal? Espero que sim. Aproveite
agora e faça alguns exercícios. Bons estudos e
até a próxima!