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Regência verbal

Nesta videoaula, abordamos o conceito de regência verbal, apresentando exemplos e entendendo os efeitos de sentido do uso de determinadas preposições. Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA22JL - Olá, como vai? Hoje, iremos conversar um pouco sobre regência verbal. Esse é um tema muito importante, pois quanto mais domínio tivermos acerca das regras de regência, melhores serão as nossas produções escritas no que se refere à norma padrão, que é avaliada em provas e exames. Você deve se recordar que o verbo precisar admite duas regências que dependem do sentido atribuído a ele. Observe esta frase: Eu preciso de ajuda na cozinha. Nesse caso, o verbo precisar passou a ideia de necessidade e quando é assim, usualmente, requisita a preposição antes do complemento, pois quem precisa, precisa de alguma coisa. Logo, o verbo precisar, em situações dessa natureza, é transitivo indireto. Agora, observa esta outra frase: “Eu precisei os relógios”. Aqui, o verbo precisar tem o sentido de exatidão. Ou seja, eu coloquei os relógios na hora certa. E quando o verbo precisar passa essa ideia de determinar algo com exatidão, ele é transitivo direto. Isto é, não pede preposição antes do complemento. O verbo querer também admite duas regências. Quando passa o sentido de desejar, ansiar por algo, ele é transitivo direto. Ou seja, não há preposição antecedendo o complemento. Por exemplo: "ele queria viajar." Agora, quando o verbo querer transmite a ideia de gostar, ter estima por alguém ou algo, ele é transitivo indireto, pois pede preposição antes do complemento. Por exemplo, “a mãe quer aos filhos”. Isso ocorre porque quem quer, quer a algo ou a alguém. Aqui, temos a junção da preposição "a" com o artigo "o" no plural. Vamos analisar agora algumas regências de outros verbos. “Botafogo agrada o Internacional e avança para fechar com o zagueiro argentino”. O verbo agradar, nesse caso, transmitiu a ideia de contentamento, satisfação. O Botafogo satisfez às expectativas do Internacional. Devido a esse sentido, o verbo agradar, geralmente, pede o objeto indireto. Isto é, um complemento com preposição. Isso se dá porque quem agrada, agrada a alguma coisa. “União de catadoras gera renda e ajuda o meio ambiente”. O verbo ajudar, nesse exemplo, foi regido por objeto direto. O elemento não é acompanhado por preposição. Aqui, note que o complemento aparece de forma direta: "As autoridades turcas informaram que 122 pessoas precisaram ser hospitalizadas por aspirar fumaça". Observe que, nesse caso, o verbo aspirar passou o sentido de tragar, inalar, e quando é assim, ele é transitivo direto, não pede preposição. Agora, quando sentido é desejar, o verbo aspirar é transitivo indireto, ou seja, pede preposição antecedendo o complemento. Como é possível perceber neste exemplo: "12 candidatos aspiram à presidência da França". Aqui é necessário o uso da preposição antes do complemento, pois quem aspira, aspira a alguma coisa. Nesse exemplo, a preposição uniu-se ao artigo "a". “Auxílio Brasil. Cartão ainda não chegou? Veja o que pode ter acontecido”. Note que, nesse caso, o verbo chegou conseguiu transmitir uma ideia sem a necessidade de complemento. Logo, ele é um verbo intransitivo. Ele passa uma informação completa. “Defesa Civil tem dificuldades para chegar a locais em Petrópolis, RJ”. Neste exemplo, podemos perceber que o adjunto adverbial de lugar referente ao verbo chegar é regido pela preposição "a", logo, este verbo, quando passa a ideia de alcançar um determinado lugar, é transitivo indireto, pois requer uma preposição antes do complemento. Porém, embora haja essa norma gramatical, é comum que em contextos informais, ao falar, utilizemos a preposição em no lugar do "a". É mais recorrente, por exemplo, ouvirmos alguém falar que chegou em São Paulo. Também é válido destacar que o verbo chegar, geralmente, concorda com o sujeito. “As medidas obedecem às recomendações da Organização Mundial da Saúde, com métodos básicos de higiene para evitar a proliferação do Coronavírus (covid-19).” Aqui, temos o verbo obedecer, que é transitivo indireto. Devido a isso, ele requer complemento, o que é feito na maioria das vezes pela preposição "a", que aqui uniu-se ao artigo "a" no plural. Já que quem obedece, obedece a alguém ou a alguma coisa. Por fim, vamos observar a regência do verbo preferir no seguinte exemplo. “Cachorros preferem elogios à comida, revela estudo.” Aqui, o verbo preferir é transitivo direto e indireto, admitindo, portanto, dois complementos, o direto, sem preposição, e o objeto indireto, com preposição. Pois quem prefere, prefere algo em relação a uma outra coisa. E aí? Deu para entender um pouquinho mais sobre regência verbal? Espero que sim. Aproveite agora e faça alguns exercícios. Bons estudos e até a próxima!