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Português EF: 7º ano
Curso: Português EF: 7º ano > Unidade 3
Lição 4: Funcionamento da língua (2)- Verbos transitivos e intransitivos
- Verbos transitivos e intransitivos (Transitividade verbal)
- Objetos direto e indireto (complementos verbais)
- Objetos direto e indireto
- Modo verbal: Imperativo
- Modo imperativo
- Regência verbal
- Regência verbal
- Regência nominal
- Regência nominal
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Objetos direto e indireto (complementos verbais)
Nesta videoaula, apresentamos informações sobre complementos da oração: objeto direto e objeto indireto. Versão original criada por Khan Academy.
Transcrição de vídeo
RKA2G - Bom dia, boa tarde, boa noite pessoal! Hoje a gente vai falar sobre complementos verbais: o objeto direto e o objeto indireto. Para falar sobre eles, vamos lembrar
um pouquinho o que era sujeito e predicado. O sujeito da oração é quem pratica a ação e o predicado é a própria ação. O verbo dentro desse predicado
pode ter complemento ou não. Vamos lembrar também o que é transitividade verbal, ou seja, a relação de sentido
dos verbos com estes complementos. O verbo transitivo é aquele que
possui um sentido que transita, ou seja, um sentido continuado, que, sem o complemento, a gente
não entende muito bem o que ele quer dizer. O sentido não está completo. E o verbo intransitivo não precisa de um complemento. Esse complemento tem a função
de fornecer uma informação que falta. Por exemplo: "Eu adoro". A gente sabe que o verbo adorar
tem este sentido de dar valor, de gostar. Mas, se a pessoa fala só "eu adoro",
logo a gente pergunta: "o quê?" "Eu adoro chocolate." "Chocolate" é o complemento deste verbo. Por isso, é sempre muito importante a gente prestar atenção no contexto
em que estes verbos estão inseridos. Em alguns contextos, eles vão
ser transitivos. Em outros, não. O complemento verbal acompanha verbos transitivos. E estes, por sua vez,
podem ser verbos transitivos diretos, que têm como complemento o objeto direto, ou verbos transitivos indiretos, que têm como complemento o objeto indireto. Vamos ver este exemplo aqui. "A música popular brasileira engloba
o samba, a bossa nova, o rock, o forró, o sertanejo e o brega,
entre outros estilos." Vamos tentar identificar o sujeito
e o predicado desta oração. Isso mesmo, o sujeito é "A música popular brasileira" e o predicado, "engloba o samba, a bossa nova,
o rock, o forró, o sertanejo e o brega, entre outros estilos". A gente tem, como verbo principal, o "engloba" e todo o resto é o complemento deste verbo. E este outro exemplo? "Os gregos antigos acreditavam em muitos deuses, imaginando-os como seres humanos maiores,
mais bonitos e mais poderosos, que moravam no monte Olimpo, no norte da Grécia." Vamos focar nesta primeira oração:
"Os gregos antigos acreditavam em muitos deuses". Quem é o sujeito? Isso mesmo: "Os gregos antigos". E o predicado, "acreditavam em muitos deuses". O verbo principal desta oração, que faz a gente entender a relação entre "os gregos antigos" e "muitos deuses", é o "acreditavam". E "em muitos deuses" é o complemento deste verbo. Agora vamos ver os dois. Você percebeu
alguma diferença entre estes complementos? Isso mesmo: aqui a gente tem
um conector que não tem no primeiro exemplo. Este conector é uma preposição. A presença da preposição é o que difere
o objeto direto do objeto indireto. O objeto direto não é acompanhado de preposição e o objeto indireto é acompanhado de preposição. Vamos entender um pouquinho melhor. Objeto direto é um complemento verbal
que pode vir acompanhado de outras classes gramaticais, ou ser composto por elas, como artigo,
adjetivo, pronome, mas não de uma preposição. A gente pode falar, por exemplo,
que "a MPB engloba o samba", "a MPB engloba músicas bonitas", "a MPB engloba meu gosto musical". O objeto indireto também é um complemento verbal, mas que vem acompanhado de uma preposição, se relacionando, assim, de forma indireta com o verbo. O verbo que a gente viu anteriormente,
por exemplo, pede a preposição "em". Você pode falar: "acredito em fantasmas", "acredito em você", "acredito em meus amigos", "acredito em lindos unicórnios". Você viu que, além do substantivo, aqui a gente também pode usar pronomes como "você", "meus" e adjetivos, como "lindos". Mas, em todos estes exemplos,
a gente tem a presença da preposição "em". Em alguns casos, a gente também pode ter
objeto direto e indireto na mesma frase. Em uma conversa, você pode contar
para alguém: "Comprei um presente." Se a pessoa perguntar para quem,
você responde: "Comprei para você". Vamos encontrar os objetos destas orações? Isso mesmo: "um presente" e "para você". "Um presente" é objeto direto,
porque não tem preposição. E "para você" é indireto,
porque a gente tem a preposição "para". Mas a gente pode dar a informação completa também: "Comprei um presente para você." Os dois tipos de objeto continuam aqui:
"um presente" é objeto direto, "para você" é objeto indireto. Resumindo, os objetos direto e indireto
são complementos verbais de verbos transitivos, ou seja, verbos que têm um sentido continuado, que precisam de um complemento
para a gente entendê-los. E diferença entre esses dois objetos é que o direto não tem a presença
da preposição e o indireto tem. Ainda pode acontecer do complemento
ser composto por um objeto direto e um indireto. E a gente não pode esquecer que a necessidade
da preposição é criada pelo contexto. Ou seja, você só vai saber se você ler
e interpretar o texto e ver qual é a relação do verbo transitivo
com o seu complemento. Bons estudos e até mais!