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Curso: Português EF: 7º ano > Unidade 1
Lição 1: Português brasileiro: normas e usos- O que é a norma-padrão?
- O que é o preconceito linguístico?
- As variedades do português falado
- Norma-padrão, preconceito linguístico e variedades do português falado
- Recursos para evitar repetições na escrita: coesão referencial
- Recursos para evitar repetições na escrita: coesão referencial
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As variedades do português falado
Nesta videoaula, apresentamos informações sobre as variedades do português brasileiro falado. Versão original criada por Khan Academy.
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- ISto Aqe PO qe isto vedo aUgus ERus DI POtgays Meloren(2 votos)
- mandioca macaxeira e aipim(2 votos)
- vOcEys ZAo muItO BUrrUS esCREVy dyREitu(1 voto)
- nss man, pq vcs falão assim?(0 votos)
- ain chavinho ai ai ai
chavinho(0 votos) - epa epa epa, só para esclarecer a diferença:
Mandioca não pode ser consumida normalmente, primeiro precisa ser tratada por que e è venenosa, e ela tem um gosto mais amargo, ja a Macaxeira, pode ser consumida sem problemas, e ela e mais adocicada.(0 votos)- Mandioca e Macaxeira São mesma a coisa entendeu!(2 votos)
Transcrição de vídeo
RKA2G Oi, tudo bem com você? Na aula de hoje, a gente vai falar
sobre as variedades do português falado. Você já reparou que existem diferentes modos de falar? Isso acontece porque o sotaque, o vocabulário
e as estruturas gramaticais que utilizamos dependem do meio ao qual nós vivemos. Ou seja, a língua que nós falamos é um resultado do contexto em que a gente vive. Vamos compreender, neste vídeo, o que são
as variedades do português falado. Mas, antes disso, vamos ler um curto trecho escrito pelo professor Ronald Beline, que fala sobre a variação das línguas. O texto é o seguinte. "As línguas variam". "O que se quer dizer com 'as línguas variam'? Em sentido bastante amplo, podemos de início
pensar nas diferentes línguas que existem no mundo. Falamos português no Brasil. Praticamente em qualquer região de fronteira
em que estejamos em nosso país, sabemos que do outro lado falam
outra língua - o espanhol. Sabemos também que dentro de nosso país
ainda há indígenas que se comunicam, quando estão em suas aldeias,
em suas línguas, e não em português. Podemos atravessar o Atlântico,
ir para outros continentes, e citar um sem-número de outras línguas diferentes." O que o autor quis dizer
nesta primeira parte do trecho é que, tanto dentro do Brasil quanto fora do Brasil, nós temos diferentes línguas
e diferentes variações dentro destas línguas. Vamos continuar com o texto. "Se afunilarmos um pouco nosso foco, contudo, podemos nos lembrar de um fato linguístico
com que sempre convivemos, mas ao qual talvez nunca tenhamos
dado tanta importância: o fato de que detectamos diferenças
entre o português que falamos em São Paulo e o português que se fala na cidade do Rio de Janeiro, ou nas cidades de Salvador e Porto Alegre. É claro também que tais diferenças não impedem
que nos comuniquemos entre nós." Já na segunda parte deste trecho, o autor ressalta a diferença que podemos perceber no português falado
em diferentes cidades do nosso país. Ele cita São Paulo, Rio de Janeiro,
Salvador e Porto Alegre como exemplos. Além disso, o autor diz para a gente que tais diferenças não impedem que nos comuniquemos. Ou seja, mesmo que o português
seja diferente nestas diferentes cidades, nós conseguimos, ainda assim, nos comunicar. Nós podemos perceber que existem
diferentes línguas no mundo, como o espanhol, línguas indígenas,
ou a nossa língua, o português aqui do Brasil. Porém, além disso, é importante que a gente saiba que, em cada língua, existem variações na sua fala. No caso do português, se formos
para diferentes cidades do nosso país, ou até mesmo em diferentes regiões
em uma mesma cidade, conseguiremos perceber as variedades
do português quando ele é falado. Vamos ver alguns exemplos
de variação dentro do português e tentar compreender, enfim, por que isso acontece
na nossa língua e em todas as outras. Muitas coisas implicam para que
o português seja bastante variado. Alguns tipos de variação na língua dependem,
por exemplo, de características como diferenças regionais, grupos sociais, faixa etária e variação histórica. As diferenças regionais se referem aos diferentes territórios, às diferentes regiões em que aquela língua funciona
e, por isso, pode acabar variando, como, por exemplo, o português que percebemos
em São Paulo, no Sudeste do nosso país, ou em um outro estado do Nordeste. Já a variação causada por grupos sociais se refere a diferentes contextos sociais. Ou seja, referente às diferentes
realidades culturais e até de ensino. Já a variação linguística causada pela faixa etária é causada por conta das diferentes idades
entre crianças, jovens e adultos, que possuem um vocabulário diferente entre si, mesmo que todos portem a mesma língua. Além disso, a variação histórica é, também, uma variação
que podemos perceber na nossa língua. Com o tempo, as palavras e as formas
de se expressar em uma língua mudam. Um bom exemplo é o da palavra "você",
que surgiu há muito tempo atrás e era pronunciado e escrito como "vossa mercê", mas que, com o tempo, se transformou para "vosmecê" para algumas pessoas da época. E, hoje, tanto escrevemos
quanto falamos apenas "você". Um outro exemplo que podemos perceber a diferença na língua, a depender da região do nosso país, é em relação a alguns alimentos,
como, por exemplo, estes dois, que eu conheço como "mandioca" e "abóbora", mas que, em outros estados do nosso país, podem ser conhecidas como "macaxeira" ou "aipim" ou, no caso da abóbora, como "jerimum". Compreendeu que as línguas variam? Este vídeo serviu para mostrar para você que as línguas dependem tanto
de um contexto para se adaptarem quanto de uma gramática que as normativize. Isso porque uma gramática serve para apresentar
as regras de uma língua e como ela funciona em um contexto de formalidade. Porém, com este vídeo, aprendemos
que a língua varia a depender do contexto e essa variação é percebida na língua falada. É por isso que devemos combater
qualquer forma de discriminação linguística. Mesmo que exista uma gramática
adequada em contextos informais, todos nós temos uma forma de expressar o português. Espero que você tenha compreendido
o conteúdo do vídeo. A gente se encontra em uma próxima aula, tudo bem? Até lá e bons estudos!