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Vírgula antes do "que": orações adjetivas explicativas e restritivas

Nesta videoaula, explicaremos a diferença de sentido em frases com ou sem vírgula antes do termo "que", formando orações adjetivas explicativas ou restritivas. Versão original criada por Khan Academy.

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Transcrição de vídeo

RKA2JV - Olá! Tudo bem? No vídeo de hoje vamos aprender a diferença entre orações adjetivas explicativas e restritivas. Observe o exemplo: "Depois da acusação, o deputado apresentou os documentos que o inocentavam." O que podemos entender a partir dessa frase? Escrita como está, entendemos que o deputado tinha outros documentos, que não foram entregues, que poderiam provar que ele cometeu algum crime. Agora compare: "Depois da acusação, o deputado apresentou os documentos, que o inocentavam." Nesta frase, que também está escrita de maneira correta, temos a ideia de que o deputado é inocente e entregou todos os documentos que provavam sua inocência. "Mas professor, como pode haver diferença de sentido se temos apenas uma vírgula de diferença entre as duas frases?" O que temos nos dois exemplos são informações que se vinculam a um substantivo: "documentos". Portanto, adquirem valor de adjetivo, pois trazem um atributo ao nome. Como esses termos caracterizadores têm verbo, são chamados de orações adjetivas. Mas esse vínculo ocorre de maneiras diferentes. No primeiro caso, sem a vírgula, entendemos que é um grupo específico, documentos que o inocentavam. A ideia é semelhante a se eu dissesse "documentos antigos". Você entende que só me refiro a documentos que tenham sido elaborados há um bom tempo. Os atuais, por exemplo, estão em outro grupo. Assim, dizemos que a oração adjetiva restringe o sentido do substantivo. No segundo caso, com a vírgula, temos outra compreensão. O deputado entregou os documentos. Note como não há nada até aqui que modifique a ideia. Portanto, esses documentos seriam todos os disponíveis. Aí, em seguida, eu trago uma informação adicional sobre esses papéis. Isso poderia ser feito assim, em dois períodos separados. "Depois da acusação, o deputado apresentou os documentos. Os documentos o inocentavam." Percebeu que, lidas assim, temos a sensação de que o segundo período, "os documentos o inocentavam", explica a função dos documentos, mas sem criar um grupo restrito? Então, o que eu fiz? Em vez de repetir o substantivo "documentos" e criar duas frases separadas, eu troquei o substantivo por um pronome relativo: "que". Até aqui, igualzinho ao que eu fiz no primeiro caso. Mas, ao usar a vírgula, eu deixei claro que a oração adjetiva "que o inocentavam" não restringe, ou seja, não particulariza um grupo, mas explica o substantivo por meio de uma informação adicional. Então, usar ou não vírgula antes de uma oração adjetiva é correto, mas é importante saber que o efeito de sentido obtido é diferente. Sem a vírgula: restrição. Com a vírgula: explicação. Vamos ver se você entendeu. A frase a seguir foi dita pelo importante ativista estadunidense Martin Luther King. "Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam." Martin Luther King quis dizer que todas as coisas importam, ou apenas algumas coisas especificamente? Viu que não há vírgula entre o substantivo "coisas" e a oração adjetiva? Pois é. Desta forma tem-se um grupo específico. No caso, respeito e igualdade, por exemplo. Portanto, temos uma oração restritiva. Muito obrigado, bons estudos, e até o próximo vídeo da Khan Academy Brasil. Tchau!