Editorias de jornais: o que vira notícia?

RKA12MC - Olá, pessoal! Tudo bem? No encontro de hoje, vamos estudar um pouco sobre os jornais, mais especificamente as seções de notícias que encontramos dentro dele, que chamamos de editorias. Desta forma, vamos analisar os diferentes tipos de editorias que podemos encontrar seja em jornais impressos, digitais ou até sites noticiosos. Assim, identificando a diferença entre eles. Para começarmos a entender para que servem as editorias em um jornal, vamos imaginar que estamos no supermercado e queremos pães. Com certeza, não vamos encontrar se estivermos procurando no setor da papelaria, correto? Por isso, os setores de um supermercado ajudam a identificar onde fica cada produto, facilitando o acesso do público. E assim funcionam as editorias, elas subdividem um jornal em diversas seções ou cadernos, facilitando o acesso do leitor à notícia do tema que ele procura. Por exemplo, temos aqui algumas editorias do jornal Folha de São Paulo, como a de Esporte, onde são noticiados os mais recentes acontecimentos do mundo dos esportes, resultados, análises etc.; editoria Ciência, focada nos avanços e pesquisas científicas; editoria Mundo, com os principais acontecimentos do exterior, informando o leitor sobre o que se passa em outros países; editoria Saúde, com notícias relevantes sobre o tema que, além de informar, ajudam o leitor a ter uma vida mais saudável. Além dessas, existem várias outras editorias como Política, Mercado de Ações, Cotidiano etc. Essas editorias variam de veículo para veículo, pois o próprio jornal escolhe quais editorias ele irá publicar se baseando em algumas escolhas internas para definir o melhor tipo de notícia para o seu público leitor. Considerando, então, este nosso exemplo, o jornal Folha de São Paulo possui um público bem variado em interesse de temas, faixa etária, classe social etc., por isso o jornal opta por possuir uma gama variada de temas, para abranger a necessidade e o interesse da maior quantidade de público possível. E, como é um veículo que pública também notícias sérias e, por vezes, trágicas, adota um ambiente de seriedade nas páginas com um padrão limpo de diagramação e apresentação da notícia, com poucas cores e foco no texto, sempre seguindo também uma linguagem formal. Além deste, há também jornais com escolhas diferentes, o que é o caso do jornal O Lance, que é um veículo focado em esportes. Analisando sua capa, podemos perceber que as suas escolhas editoriais são bem diferentes da Folha. Como seu público-alvo são os fãs de esporte, todo o seu foco é para esses leitores. Deste modo, possui uma diagramação menos padronizada, utilizando diversas cores diferentes, com uma linguagem menos formal e mais descontraída, com gírias do esporte, citações de música, tornando-se assim um veículo mais descontraído e amigável ao leitor. Vale ressaltar que as escolhas dos jornais não são aleatórias. As notícias escolhidas para serem publicadas possuem basicamente dois focos: o público-alvo e a relevância da informação. Portando, o público-alvo são os leitores a quem o jornal direciona suas publicações. Assim, estudam o perfil de quem o lê e focam nas notícias para esse público específico, baseando-se, por exemplo, nos temas de interesse como política, meio ambiente, economia etc. Em seguida, buscam as informações mais importantes sobre esses temas, sempre visando a uma maior quantidade de leitores interessados. Por exemplo, no caso dos esportes, uma notícia sobre um time de bairro não terá tanto público interessado quanto uma notícia sobre a Seleção Brasileira, não é mesmo? E, por isso, um veículo de informação grande vai focar na Seleção Brasileira. Porém, um jornal do bairro ou da cidade pode publicar sobre esse time, já que seu público-alvo é bem diferente. Apesar de os focos entre os jornais serem diferentes, todos devem possuir uma mesma responsabilidade, que é a de publicar apenas informações reais. Aqui, por exemplo, possuímos três manchetes do mesmo fato: “Nasa descobre planeta com o tamanho da Terra em zona habitável”, “Nasa descobre primeiro planeta na zona habitável de uma estrela parecida com o Sol”, “Cientistas descobrem planeta potencialmente habitável similar à Terra”. Apesar de as escolhas de palavras serem diferentes, o fato é um só: a Nasa encontrou um novo planeta que pode ser habitável. Portanto, isso faz com que possamos confiar no fato noticiado, já que é encontrado em diferentes fontes de informação. E esse é um dos primeiros procedimentos para que possamos evitar notícias falsas ou fora de contexto, como as conhecidas fake news. Hoje em dia, [com] o uso da internet e redes sociais, há uma facilidade maior na publicação de notícias, fazendo com que exista no meio virtual uma quantidade gigantesca de notícias ao mesmo tempo. Por isso, o leitor deve saber como se precaver para não ser enganado ou propagar informações falsas. Para isso, é preciso ler a notícia completa e não apenas a manchete (já que as manchetes possuem palavras para chamar a atenção e alguns veículos podem utilizar uma linha editorial sensacionalista, com notícias exageradas, parciais e com apelos emotivos), e verificar a mesma informação em diferentes fontes ou seja, procurar a mesma notícia em jornais ou sites, principalmente em portais de notícias com maior credibilidade (já que, se informação for a mesma, há uma grande possibilidade de ser verídica). Vale lembrar que o jornalista possui uma responsabilidade ética com a veracidade dos fatos, além de possuir um papel social importantíssimo, considerando que é ele que informa sobre o que está acontecendo atualmente com a sociedade à nossa volta e refletindo na nossa vida. Assim, o jornalista é responsável por nos informar de forma ética e imparcial, deixando com que criemos nossa própria opinião. Existem, porém, algumas exceções, o que faz com que o leitor fique atento às fake news e analise o que está lendo para não ser convencido por uma notícia falsa. Agora que vocês já sabem o que são editorias, já podem escolher aquelas de temas que vocês acham interessantes e se manterem bem-informados. Desejo a todos uma ótima leitura e até a nossa próxima aula! Tchau, tchau!